Queria Muito Te Odiar - Livro 02

Capítulo 59

Clara: Meu papai não vai trabalhar amanhã? - questionou assustada.

Henrico: Amanhã não - respondeu e Clara franziu a testa estranhando.

Clara: Porque não? - questionou seria.

Dulce: Por que seu irmão nasceu e ele tem que ajudar sua mãe - explicou paciente.

Clara: Tudo agora é esse irmão - resmungou cruzando os braços e todos voltaram a rir.

Henrico: Chega de drama mocinha, vamos já para cama, as duas - levantou pegando Alana do colo de Thissi. Clara se despediu de Dulce com um beijo e das duas avós e seguiu com Henrico, Alana já estava apagada.

Arthur voltou para o berçário deixando Anahí muito triste, mas ter Alfonso com ela já consolava.

Anahí: Amor? - chamou e Alfonso saltou da poltrona assustado a fazendo rir, estava quase dormindo, estava cansado - Deita aqui comigo? - chamou sentindo pena por ele estar dormindo todo torto.

Alfonso: Annie isso pode causar problemas, melhor ficar aqui mesmo - Anahí fez bico e ele sorriu se dando por vencido acabou deitando, ela se aconchegou como pode e os logo estavam dormindo.

*****

Dulce voltou para casa e sentiu o apartamento vazio demais, era doloroso nessas horas e inevitável não se entregar as lágrimas. Quando se deitou sua mente viajou ao passado, as lembranças do dia em que se conheceram no bar, o inicio do namoro, o casamento e todos os anos de convívio, porque logo agora que estava gravida estava tudo de pernas para o ar?

Dormiu assim que tomou uma decisão, era hora de colocar Ucker contra a parede, se ele não voltasse para casa nos próximos dias, não precisaria mais. Voltaria para a casa dos pais, ao menos lá teria companhia.

*****

Na manhã seguinte Alfonso e Anahí despertaram com a chegada de Arthur aos berros, Anahí rapidamente se sentou e estendeu os braços pegando o filho, Arthur se acalmou rapidamente assim que Anahí colocou o seio em sua boca.

Alfonso: Esfomeado - disparou rindo.

Anahí: Não fala assim papai - imitou a voz de bebê e Alfonso riu deslumbrado, não conseguia tirar os olhos dos dois, seu filho era seu pequeno milagre, o símbolo do recomeço da vida dos pais.

Passava da hora do almoço quando Alfonso chegou ao hospital com as filhas, Alana entrou no quarto da mãe correndo, estava sentindo falta dela, Clara entrou cabisbaixa parecia zangada.

Anahí: Minhas princesas - sorria. Alfonso ajudou as filhas a beijar a mãe - Clara o que você tem filha? - Perguntou preocupada ao notar a filha triste.

Clara: Nada - deu com os ombros - Anahí apertou os olhos, sabia que ela estava escondendo alguma coisa. Alfonso abaixou na altura da filha.

Alfonso: O que foi filha? - perguntou olhando nos olhos da menina.

Clara: Não é nada não - repetiu constrangida. Alfonso e Anahí se olharam preocupados, mas como ela não queria falar, o que poderiam fazer?

Minutos depois Arthur chegou no quarto, Clara e Alana olhavam o bebê com curiosidade, mas as duas estavam quietas demais o que deixou o casal em alerta. O que será que estava passando na cabeça das duas?

Anahí: Meninas ele não é lindo? - questionou querendo quebrar o gelo, Clara e Alana se olharam e assentiram.

Alfonso: Clara você quer segurar seu irmão? - questionou e ela negou - Porque filha? - perguntou estranhando.

Clara: Porque eu não quero - considerou seria.