Capítulo 17 - Caverna Pré- Histórica.

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Link passou a mão no ombro onde recebera um tapinha de boa sorte de um dos gorons. A Caverna Dodongo mais parecia um único corredor comprido e escuro.

- E ai mano, pronto para enfrentar os terríveis dodongos - Navi imitou o jeito de falar dos gorons.

- Você não é engraçada Navi - Link respondeu rabugento.

- Olha aqui garoto, não abusa da minha boa vontade, se quiser começo a dissertar sobre as propriedades das pedras da caverna que eu acabei de analisar - Navi ameaçou. - Acredite... Vai demorar.

- Desculpa! - Link respondeu triste. - Queria ter tido mais tempo com Saria...

- Hum... Realmente fiquei preocupada com o que ela falou sobre as fadas e os kokiris.

Já fazia um tempo que Link sentia a temperatura aumentar ao seu redor, mas agora ele também conseguia ver o fim do corredor brilhar com uma luz laranja avermelhada.

- Aqui é quente... - Link reclamou.

- E bem amaldiçoado... Consigo sentir a energia maléfica - Navi respondeu. - Ganondorf com certeza é poderoso, não quero nem imaginar do que ele seria capaz se ele encontrasse a Triforça...

O corredor se abriu numa caverna enorme, havia uma plataforma de pedra grande e circular no meio, era elevada em relação ao nível do chão, a propósito, o chão estava coberto de lava. Nas paredes da caverna haviam mais plataformas de pedra que levavam à portas de ferro e algo que parecia uma madeira preta. O mais curioso da caverna era uma caveira reptiliana gigante que estava na parede do fundo e chegava até a plataforma central.

- Isso é lava? - Link se ajoelhou na beirada da plataforma onde estava e olhou para o chão flamejante que havia mais a baixo. - Que nem a do vulcão?

- Isso mesmo, não se aproxime muito! - Navi respondeu.

- Aqui é muito quente e é difícil de respirar - Link reclamou. - É melhor encontrarmos Darunia e resolvermos essa maldição.

Logo percebeu que para chegar a plataforma central teria que saltar, elas não eram interligadas.

Navi alertou:

- Muito cuidado Link, um escorregão e...

O garoto consentiu determinado. Nervoso, saltou, aterrissando perfeitamente na outra plataforma. Gritou e deu um pulo de comemoração, mas a lava não seria o último dos seus problemas. No meio da plataforma circular havia uma estátua estranha, seu corpo era oval e possuía uma cabeça redonda. Ao perceber a presença de Link a cabeça da estátua se mexeu, abrindo e revelando um olho brilhante.

No primeiro instante Link não se moveu, só observou a estátua, que piscou uma vez olhando na sua direção.

- Se abaixe Link! - Navi gritou.

O garoto não pensou duas vezes, seguia os conselhos da fada e eles costumavam dar certo. Se jogou ao chão no mesmo instante ficando num formato onde o seu escudo parecia um casco de tartaruga. Link sentiu um solavanco atingir suas costas enquanto um som agudo soava.

- O nome desse inimigo é Beamos, ele parece uma estátua comum, mas na verdade é uma terrível armadilha. - Navi falava no ouvido de Link. - Isso que está sentindo nas costas é o raio que ele atira pelo olho. O seu novo escudo está dando conta do trabalho.

- E isso vai terminar algum dia? - o menino perguntou com medo de ter que ficar ali  para sempre.

- Provavelmente... - o som do raio cessou. - agora!

Link se levantou aliviado e com as pernas doloridas.

- Rápido Link para a plataforma da esquerda, ele não vai ficar parado para sempre! - Navi alertou.

A Lenda de Zelda - A Ocarina Do Tempo. Parte IWhere stories live. Discover now