Dois dias se passaram desde o incidente com Artur, ele se desculpou pelo corte em minha mão e tentou me explicar que enlouqueceu ao saber que era o mesmo David, ele achou que David estivesse me ameaçando para conseguir algum tipo de lucro com isso. Após algumas horas de conversa sincera eu contei sobre as coisas que sentia e pedi para ele se afastar. A nossa história tinha ficado no passado e devia continuar lá.
Todas as vezes que eu passava no quarto de David ele estava dormindo, o que era estranho porque ele só teve algumas fraturas, nada tão grave. A polícia fez algumas perguntas mas David não quis dar queixa e o caso foi encerrado por falta de provas, assim que o investigador saiu e eu entrei ele fingiu dormir. Já estava ficando chato isso então fingi sair também e fiquei esperando na porta ele ligar a Tv.
Assim que eu entrei ele tentou se esconder com lençol mas não deu tempo.
-Sabe David, uma hora você vai ter que parar de fugir- digo sentando ao lado dele na cama e puxo o lençol.
O rosto dele esta vermelho, não ficou muito bom em contraste com a pele arroxeada ao redor dos olhos. Os lábios dele estavam inchados, eu tinha vontade de morde-los.
- Eu esperava que a hora não fosse agora- ele suspira sentando e olhando em meus olhos.
- Chega pro lado- digo deitando junto a ele e o abraço. Ficamos algum tempo deitados em silêncio, na Tv passava um programa de relacionamentos a distância. Teoricamente eles faziam casais virtuais se encontrarem, o que as vezes era uma decepção porque o parceiro não correspondia as expectativas. O casal de hoje foi bem sucedido e o rapaz ia pedir a garota em namoro ao vivo, mas antes David desligou.
- Ei! Eu tava vendo- ele me olha de jeito estranho.
- É isso? Você me constrange ficando perto, me diz que estou fugindo do assunto. Mas você também não diz nada.
- E o quê eu deveria dizer?- suspiro.
- você deveria me responder...
- Sobre como eu sou um viadinho? Ou como você teve ciúmes de um viadinho? Como ver você machucado me assustou? Ou sobre o momento em que meu coração acelerou por você dizer que me ama? Te dizer que eu também te amo e tive medo de ser bobo mais uma vez...- Antes que eu completasse o discurso sobre o meu amor David me beijou, foi repentino e sincero. Ele colocou a mão em meu cabelo e brincava com minha lingua, o beijo estava cada vez mais intenso e eu senti meu membro irrigecer, sei que aquele não era um bom momento para aquilo pois era um hospital e ele estava machucado.
Paramos um pouco o beijo e ambos respirávamos pesadamente. Ele sorriu um pouco.
- É muito bom ser correspondido- ele apoia o rosto em meu ombro e percebo que através do finho tecido da roupa hospitalar, o pênis de David estava ereto. Não pude deixar de sorrir. Não era só eu que estava animado.
Eu coloquei minha mão sob o tecido e comecei a acariciar, vi o rosto de David se contrair e ele me olho.
-Ei Rich... Aaaah- ele gemeu baixinho enquando eu estimulava seu pênis, não demorou muito a ele gozar enquanto eu puxava seu prepúcio.
Eu sorri ao ver seus olhos arregalados em minha direção.
- Digamos que foi seu presente de namoro- os olhos dele quase saltaram.
- Nós estamos namorando?!- eu concordo.
- Agora vamos ter algo romântico, sem tantas brincadeiras.
-Mas eu gosto das bricadeiras.
- O que foi- aperdo a bochecha dele.- você quer algo como um quarto vermelho da dor?- ele ri e beija meu rosto.
-Não, pra mim só você está ótimo.
E assim nossa vida seguiu um rumo diferente.
Fim.
