ser gay não é ofensa

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-Bom dia Galerinha agora são 7:15 e pra animar seu dia agora vou tocar uma coletânea do grande Mestre Michael- o rádio despertador toca como se fosse o dia mais feliz do mundo, eu realmente odeio esse cara e essa rádio, não sei porque ainda tenho essa droga.
Eu rolo na cama e chuto meu despertador, em seguida me arrasto até o banheiro onde me preparo para ir ao Centro de tortura ao qual apelidaram de escola.
Gay, viado, Bambi esses são meus apelidos carinhosos, eu realmente não vejo ofensa em ser gay, o viado pra mim é a criatura que tem mais classe. Se tudo se resumisse em agreções verbais eu não me importaria.
-Oi Bambi!- David o meu querido" colega de classe me empurra contra o armário. Ele é alto, magro e pálido, sofreria bullyng se não fosse o melhor atleta daquela escola de merda. Ele consegue intimidar professores e alunos desde que chegou.
-Oi Richard- Anne Sorri sem graça pelo que seu irmão fez, Ela é minha melhor amiga, nós compartilhamos gostos a respeito dé música, filmes e de como a escola parece um campo de concentração estilo Hitler.
-Eu sei que ele me ama, mas peça a ele pra controlar isso- ela sorri e dá um tapa em meu ombro.
-Um dia caso com seu sarcasmo- bem de uns tempos pra cá percebi que ela me considera além da amizade mas finjo nem notar.
-Rich eu preciso falar com você...- o sinal toca a tempo exato de me salvar.
-Depois você me conta flor- dou um beijo em sua testa e corro pra minha sala.
No fim das aulas eu peguei meu matérial e corri tentando não encontrar Anne mas ela já me esperava no portão. Seus olhinhos arregalados com a expectativa.
-Rich...- ele segura minha camisa.
-Pode falar Anne- Eu sorrio, mas é falso, ela é minha melhor amiga, não quero magoa-la.
-E que... bem eu... eu gosto de você mais que como amigo- Eu me afasto um pouco.
-Bem Anne,você é minha melhor amiga e já deveria saber que meu tipo é musculoso e tem bem mais que um buraco entre as pernas- ela parece ofendida e lágrimas escorrem em seu rosto.
- Então você é Gay? Realmente? -
-Sim flor... não chore... - ela se aproxima de mim e me dá um tapa no rosto, enquanto isso David saí do carro onde esperava a irmã e vem verificar se está tudo certo.
-Eu te odeio- Ela cospe as palavras e eu não consigo me mexer, como ela pode estragar nossa amizade?
-Faz um favor pra mim David? - ele concorda sorrindo- MATA ESSE VIADO!
-Com prazer maninha- Ele acerta meu rosto enquanto ela entra no carro, a pior dor está em meu coração... como ela pôde ser tão fria?
O sangue escorre por meu nariz e minha boca, enquanto ele continuava a me acertar, minha visão já escurecia quando um guarda interrompeu meu massacre, e nesse momento eu desmaiei.
E foi assim que com 16 anos, meu maior trauma surgiu.

Narrações de Richard (Yaoi)Where stories live. Discover now