Capítulo 8

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Isaac nos deixou dormir em sua casa. Ele deixou a mim e a Alana em um quarto, enquanto Gabriel dormiu na sala.

—O que você vai fazer?

—Eu não sei Alana. Tenho que tirar Anne e meus pais de dentro do palácio.

—Como você vai fazer isso?

—Vou pensar em uma solução.

—Gabriel vai ajudar você, não faça nada sem falar com ele.

Não respondi nada, ainda estava com a conversa de ontem na cabeça, o que o Gabriel e a Alana estavam escondendo de mim? Eu precisava descobrir, mas primeiro iria dar um jeito de tirar meus pais e Anne do palácio.

Não consegui dormir então resolvi levantar e ir lá fora.

A noite esta calma, milhões de estrelas enfeitavam o céu e a lua estava tão brilhante e redonda que nem precisava da luz artificial que iluminava o vilarejo, a luz natural era muito mais linda.

—Apreciando a noite, princesa?— a voz de Gabriel tirou-me de meus pensamentos.

—Perdi o sono, estou preocupada.

—Eu vou ajudá-la não se preocupe.

—E como pretende fazer isso?— Me viro para encará-lo. — Nem os guardas do meu pai que são altamente treinados conseguiram.

—Vou pensar em algo prometo. Agora pare de se preocupar.

—Você diz isso como se fosse fácil.

—Nicolly, minha mãe também está lá também. Você não acha que estou preocupado? Será que dá pra você descer do pedestal e parar de achar que ainda está no palácio e que somos seus empregados? Todos estamos preocupados.

—Não acho que estou no palácio, eu fugi de lá por que estava sendo ameaçada de morte. Pare de jogar tudo isso na minha cara você não sabe o que eu vivi.

—Realmente não sei o que você viveu, só sei que você esta se comportando como uma garota estupida que coloca emoção na frente da razão.

Levantei minha mão para dar outro tapa, mas dessa vez ele segurou e chegou mais perto de mim.

—Já deixei você me bater antes, não vou deixar de novo.

Minha respiração fica ofegante nos meus ouvidos, meu coração acelera.

—Me solta.— Falo, mas minha voz não sai tão corajosa quanto eu quero.

—Vossa majestade fica melhor de boca calada, mas posso dar um jeito nisso.

Então ele me beija.

Seus braços agarram minha cintura e me levam para mais perto dele.

O beijo não foi delicado, como deve ser o primeiro beijo de uma garota.

Foi feroz e arrebatador. Minhas mãos ganham vida e vão para o seus cabelos.

Ele foi me empurrando até eu estar encostada no muro.

Entre os beijo ele sussurra:

—Deveria ter feito isso antes.

Então eu o empurro e saio de perto dele.

—É melhor eu entrar. —Caminho para dentro da casa.

—Nicolly! —Gabriel chama, mas eu o ignoro, entro e fecho a porta.

O sorriso dos meus lábios não iria embora tão cedo.

DESTINO (LIVRO 1)Where stories live. Discover now