Capítulo 7

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Caminhamos o dia inteiro.

Meus pés estão me matando.

Quando Gabriel diz que poderíamos dar uma pausa a noite já está começando a cair.

Gabriel diz que encontraríamos um amigo dele amanhã.

Passei o a viagem toda conversando com Alana, ela tinha algo que me fazia querer protegê-la. Ela era divertida e super inteligente também.

Se eu tivesse uma irmã eu queria que ela fosse igual a Alana.

Estou deitada olhando o céu estrelado e preocupada com meus pais e com a Anne.

Não sei como posso tirar eles do palacio, como entrar ali sem ter uma arma disparada contra mim.

Então escuto vozes alteradas.

—Você tem que contar pra ela.— Escuto Alana dizendo.

—Entenda, Alana, não é minha obrigação contar à ela.

—Mas ela merece saber, Gabriel, você sempre quis descobrir a verdade.

—Sim, mas ela que me contou. Não adianta Alana, eu não vou falar uma palavra sobre esse assunto e você também não.

—Mas ela é...

—Eu disse não!

Pelo tom de voz dele o assunto estava encerrado.

Escuto os passos de Gabriel se afastando e logo depois os de Alana. Eu não sei sobre o que eles estavam falando, mas com certeza era sobre mim.

Na manhã seguinte não comento nada sobre o assunto, eu iria descobrir o que era mais cedo ou mais tarde.

Conforme fomos caminhando entramos em um vilarejo, Gabriel me disse para continuar a usar o manto, pois ele escondia o meu rosto e sem ele eu seria reconhecida.

Andamos até uma casa simples, na frente havia um canteiro com vários tipos de flores.

Gabriel bate palmas e sai um senhor que reconheço na hora.

—Isaac!— Digo abraçando-o.

—Minha princesa! —Ele me abraça de volta.— Que honra ter você aqui em minha humilde casa.

—Que alegria ver você!

—Vamos entrar minha princesa, alguém pode vê-la aqui fora.

Isaac nos guia para dentro de sua casa.

É uma casa simples, mas muito elegante. Tem várias esculturas e quadros de artistas famosos.

—Já imagino o que os trouxe aqui. — Isaac diz me servindo um pedaço de bolo e um copo de suco.

—Você tem notícias dos meus pais?

—Fardiem está em guerra com Ariem, alteza. Sua fuga é noticia no reino inteiro. Depois que a senhorita sumiu os homens do rei Raphael atacaram o palácio, infelizmente os guardas do rei William não conseguiram conter o atentado. Houve muitas mortes, vários nobres perderam suas vidas na tentativa de contra-atacar.

—E meus pais?

—Reféns do rei Raphael. Sinto muito princesa.

Meus olhos se enchem de lágrimas, fico sem respirar por uns minutos.

—Tenho que ir atrás deles.— Me levanto e Gabriel me segura.— Me solta eu preciso atrás deles.

—Você será morta se aparecer no palácio.

Ele pega meu rosto entre as mãos e me fez olhar dentro dos seus olhos.

—Eu vou tem ajudar, acredite em mim, mas você não pode sair sozinha de jeito nenhum.

Começo a chorar e ele me abraça forte.

—Obrigada. — Sussurro.

—Sempre vou estar aqui. —Ele diz.

DESTINO (LIVRO 1)Where stories live. Discover now