Apaixonado pela "Mimada"

Professor?

Se existe algo que me tira do sério, é quando meu pai fala que tem algo para mim contar e fica me enrolando, já fazia meia hora que ele falava e falava, no entanto não deixava nada claro.
–Bom como você deve saber, semana que vem acabam as férias, o ano letivo se iniciará, eu tomei a liberdade de lhe matricular em uma faculdade de medicina de minha confiança. –Então era isso, meu pai não desiste da idéia de me fazer uma médica, bom, mas tudo bem, eu mesma estava pensando em ir atrás de algumas faculdades.
–Posso saber qual é a faculdade?.
–É a faculdade de Santa Luzia. –Meu pai só podia estar louco, se eu não passei nem na outra nessa que eu não passo mesmo, é muito difícil se formar em medicina, principalmente na faculdade de Santa Luzia.
–Amber, por favor, prometa que irá se esforçar mais, não deixe as coisas pra última hora, se dedique. –Sim, ele estava certo, é tão ruim ver os outros progredindo, e você ficando para trás, não quero experimentar tal sentimento de novo, uma vez basta.
–Eu prometo pai, e me desculpe se falhei com você. –Me desculpo, não queria decepcionar meu pai, ele é tudo pra mim, minha família, quem cuidou e cuida de mim.
–Você nunca me decepcionou minha filha. –Meu pai fala me abraçando, eu retribuo o abraço, era bom saber que meu pai me entende, poder contar com ele, eu vou da o meu melhor dessa vez, vou orgulhar meu pai e me torna uma médica.
–Bom você tem que ir na faculdade, assinar uns papéis, e comprar seu material escolar. –Meu pai fala com um sorriso no rosto, era bom ver ele sorrindo empolgado.
–Tudo bem eu vou lá. –Falo sorrindo também.
–Eu te deixo lá, é caminho. –Meu pai fala, apenas confirmo com a cabeça, digo ao meu pai que me espere pois vou pegar minha bolsa com meus documentos, ele diz que me esperará no carro, subo ao meu quarto e organizo tudo que jugo precisar, em seguida vou direto para fora de casa, meu pai já me esperava do lado de fora em seu carro prata luxuoso, o bom dessa faculdade é que não era muito longe, quando meu pai para o carro para eu descer, ele me deseja boa sorte, a faculdade Santa Luzia era sem dúvidas uma das mais bonitas, um prédio enorme cheio de andares, lindo, me encaminhei para dentro da faculdade, não tinha muita gente no primeiro andar, logo de início tinha a recepção/secretaria.
–Bom dia, eu vim ver o que está faltando para concluir minha matrícula. –pesso a informação, tinha duas secretárias no local uma mais jovem outra um pouco mais velha, ambas olhavam com atenção para o computador.
–Seu nome completo, por favor. –A mulher, aparentemente mas velha pede. A outra nem se move, continua a encarar o monitor do computador.
–Amber Lauren Moura Ficher. –A mulher em questão, parece digitar meu nome em seu computador, o que provoca um barulho irritante vindo do teclado.
–Sua taxa de matrícula já foi paga. Aparentemente você só tem que passar por uma entrevista com o reitor da faculdade. –Menos mal, achei que passaria a manhã inteira aqui resolvendo isso, mas levando em consideração que é apenas uma entrevista, creio eu que será rápida.
–Bom, Srt:Ficher o reitor infelizmente não se encontra na instituição, pedirei para um professor lhe atender. –Ela pega um telefone sem fio, da cor cinza, disca alguns números, e em seguida parece pedindo a alguém para fazer minha entrevista.
–Tudo certo, Srt: Ficher, pode se encaminhar a quarta sala, a sua esquerda. –Dito isso, não me demoro mais no local, vou em direção a sala, não é difícil de encontrar, observo, pendurado na porta, uma plaquinha escrito “Direção”, bato delicadamente na porta e ouso.
–Entre. –Adentro a sala.Noto como ela é grande, espaçosa e organizada, haviam pilhas e pilhas de papéis devidamente organizadas, sobre uma grande mesa.
–Amber?. –A mesma voz que mandou que eu entrasse, chama minha atenção.
–Sim. –Minha surpresa, era evidente, sem sombra de dúvidas, sentado em uma cadeira, junto a grande mesa, estava Victor.
O que?, O que ele faz aqui?.
–Então, é você que veio concluir sua matrícula na área de medicina?. –Ele parecia mais surpreso do que eu, afirmo com a cabeça, eu queria falar alguma coisa, no entanto, as palavras fugiam de minha boca.
–Você, estuda aqui?. –É o que eu consegui dizer, Victor mantinha um pequeno sorriso divertido no rosto, talvez se divertindo com minha cara de surpresa.
Filho da mãe! Rindo as minhas custas!
–Não exatamente, eu sou professor daqui.–Minha boca se abriu em um perfeito oh oh, ele tinha dito que é professor daqui?, ou eu escutei mal?.
–O que?. –Pergunto feito uma imbecil.
–Eu leciono aqui. –Ele repete com calma, talvez, esteja falando devagar para eu compreender.