Cap. 10 - Oráculo

631 44 3
                                    

Eu acordo com o som de alguém batendo na porta. Se bem que isso tá mais pra ruído. Eu pisco enquanto meus olhos se acostumam com a claridade que entra pelas janelas e me reviro na cama.

O barulho não parece ter acordado um de nós pelo menos.

Eu me sento e depois de ficar de pé vou cambaleante até a porta. Coço os olhos tentando espantar o sono e abro uma fresta.

-Olá? -Annabeth sorri pra mim do outro lado e eu fecho a porta. Pego a primeira coisa que vejo pela frente ( um dos pés do meu all star roxo de cano medio) e jogo na direção de Percy. Ele acerta a parede e cai em sua barriga fazendo ele se erguer em um pulo, contracorrente transformada em caneta.

-O que?! -ele exclama e parece demorar alguns segundos pra se dar conta de que não há perigo algum.

-Limpa a baba bonitão. -eu sorrio voltando até a porta e abrindo-a. -Desculpe. -eu aceno para a Annabeth impaciente do outro lado e aceno pra que entre.

Eu fecho a porta assim que ela começa a ir na direção de Percy e puxo meu cabelo pra cima pra prendê-lo.

-Esse é a sua forma de dar bom dia? -Percy indaga massageando a barriga e jogando o all star na minha direção, mas ao que parece a mira dele é ainda pior que a minha.

-Foi a primeira coisa que pensei. -eu dou de ombros. -Desculpe.

-Acho que não fomos apresentadas. -Annabeth estende a mão pra mim e eu comprimento-a. -Annabeth Chase.

-Luna Engels. E eu já sabia. -eu digo antes de virar para minha cama e começar a arrumá-la.

-É um prazer. Eu sempre quis saber como seria uma filha de Poseidon, embora achasse impossível. -ela senta ao lado de Percy e eu puxo o lençol.

-Como assim impossível? Só porque filhos dos três grandes são raros? -eu arrumo o travesseiro de volta no lugar e sento de frente pra eles.

-Não. Porque teoricamente Poseidon não deveria ter filhas, não filhas semideusas pelo menos.

-Como assim? -pronto, agora estou confusa.

-A minha mãe o amaldiçoou. -ela explica e eu pisco absorta.

-Ela o que?

-Foi uma punição por ele se encontrar com a namorada dele no templo dela. Então tecnicamente você devia ser uma ilha, ou algo assim.-ela explica.

-Vai ver ele conseguiu quebrar a maldição de algum jeito. Fez algum acordo com sua mãe, sei lá! De algum jeito eu estou aqui. -eu digo depois de um tempo e ela dá de ombros.

-Acho melhor irmos tomar o café da manhã. -Percy diz coçando os olhos e eu concordo notando o vazio em meu estômago.

-Eu estou morrendo de fome.

-Então vamos. -Annabeth nos chama se levantando e nós nos trocamos e a seguimos até o refeitório.

-Nunca chove aqui? -pergunto olhando pro céu quando nos aproximamos do pavilhão e ela sorri.

-Já choveu sim, uma vez.

-Quando? -indago quando eles sentam em lugares a minha frente à mesa de Poseidon depois de oferecermos parte da comida a nossos progenitores.

-Quando eu cheguei aqui. -Percy responde antes de morder um pedaço de peito de peru.

-Ahhh... -exclamo lembrando da história que ele me contara na noite passada. Eu já sabia algumas coisas, mas era bem melhor ter a história completa em primeira mão.

-Bom dia Percy, Annabeth. -um garoto loiro de olhos azuis diz aproximando-se e sentando a minha esquerda, do lado de Percy, sendo acompanhado por uma garota bonita de cabelos cor de chocolate ao leite.

A Herdeira PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora