Ela quer mais.

Reunião II

Brian

Estava na hora de conhecer a famosa srta. Perez. Thom e Paul falaram muito bem dela, e não estou falando de profissionalismo. Não que eles tivesse segundas intenções, bom, pelo menos não a intenção de agir. Conheço os caras desde que eu era criança. Thom era meu padrinho e Paul sempre fora amigo dele e dos meus pais. Eram casados, pessoas honestas e respeitáveis, porém não eram cegos. E eu estava curioso, talvez até esquecesse a Anna.

-Boa tarde, srta Perez - opa, tava na hora.

- Boa tarde, sr. Willian. - epa! Essa voz..

- Srta Perez, boa tarde. Desculpe-nos novamente pelo imprevisto. Esse é o sr. Campbell. Brian, essa é a srta. Perez. - PORRA!

Enquanto meu padrinho falava, eu não conseguia respirar direito.

- Ahh... ehh... srta Perez?!!!? - parecia um retardado falando. Dava pra ver que eu tava tão em pânico assim? Com certeza!

- Se.. sr. Campbell! - e pelo visto, ela também estava.

Meu padrinho não podia sonhar com o que havia acontecido entre nós. Ele era meio antiquado, tinha ressalvas em aceitar relacionamentos pessoais em ambientes de trabalho. Tanto que, entre nós, era raro qualquer demonstração de afeto em ambiente profissional, tanto que quase ninguém sabia que ele era meu padrinho. Esse contrato era muito importante para a empresa. Nos últimos meses as coisas estavam complicadas, se continuasse assim, teríamos que declarar falência, mas fechar esse negócio nos deixaria mais tranquilos. Principalmente meu padrinho. Eu tinha outros negócios, mas ele investira tudo na Silver. Se ele sonhar que eu fodi com ela o fim de semana todo e tenho mais planos pra isso, ele me capa.

Eu não conseguia parar de olhar pra ela durante a reunião. Estava linda. Usava uma saia cinza que deixava seu quadril bem desenhado, uma camisa com dois botões abertos, bem discreta, mas para mim, aquilo era convidativo demais. Eu já estava me imaginando abrindo botão por botão, bem devagar, enquanto me esfregava nela e beijava cada parte do seu colo e abdome que fosse ficando nua. Colocaria ela sentada em cima da mesa de reuniões, levantaria sua saia até a cintura e a beijaria inteira. Deixaria ela bem molhada e depois a chuparia até ela quase gozar, aí eu pararia e me enterraria nela com força e..  "Ai". Senti um chute do meu tio por debaixo da mesa. Ele quase me fuzilou com o olhar. Mas, porra, ela tava muito gostosa, e eu tava fodido demais!

- Boa tarde, srta Perez. Boa viagem de volta. Iremos nos falando no decorrer da semana.

- Obrigada, sr. Willian. Senhores, boa tarde! - ela quase saiu correndo.

- QUE MERDA FOI AQUILO, BRIAN? Caralho. Você não podia ao menos disfarçar um pouco??? Porra. Quase põe tudo a perder!

- Sinto muito.

- Ao menos me diga o que aconteceu, porra.

- Não sei explicar, sinto muito. Não irá acontecer novamente, te garanto, Thom!

- Eu espero que não. Graças a Deus ela te ignorou e não cancelou tudo. Você sabe o quanto precisamos desse contrato... porra, Brian. Toma, Paul, confere o contrato por favor.

Meu padrinho tinha ficado puto, e não era pra menos. Só durante a reunião eu tinha comido ela umas três vezes, infelizmente, só em pensamentos.

- Thom? - Paul parecia confuso.- Não deveria ter uma assinatura dela aqui? - estava faltando um local para Anna assinar.

- Eu vou atrás dela. - falei imediatamente.

-Ah, não vai não! Já foi um milagre ela não cancelar tudo enquanto você, provavelmente, fodia com ela em pensamento.. - MERDA, como ele sabia??? - Está me olhando com essa cara de besta por quê?

- Nada, eu vou atrás dela sim! Aproveito e me desculpo pelo meu comportamento..

- Brian, você vai estragar tudo, caralho!

- Não vou, Thom. - não iria. - Vou me desculpar e invento qualquer coisa pra justificar minha atitude.

- Brian, eu ligo pra ela e... - Paul me interrompeu.

-Não, Paul! Eu vou atrás dela.

Anna

Cheguei em meu quarto em estado de choque. Não sabia o que pensar, nem o que fazer, muito menos como agir se ele realmente aparecesse como combinamos. Eu não podia continuar com isso, se Rey descobrisse, poderia me demitir. Não queria sequer pensar sobre o assunto, eu precisava do meu emprego, adorava meu trabalho, por sinal. Era isso, estava acabado. Algo que mal começou já tinha chegado ao fim. Isso se ele realmente viesse. E, pela conversa que ouvi, tinha certeza que ele não apareceria. Era melhor assim. Eu não o veria mais e, se o visse, não seria nada além de profissional.

Fiquei alguns instantes parada na janela do quarto, olhando pro vazio, pensando em como aquele homem me afetava, era uma atração inexplicável. E que merda de destino, de sorte, de azar. Sorte no azar. Era isso! Sou traída numa semana e, se não bastasse, a vida resolve que foi pouco e na semana seguinte, me apronta essa. Era castigo, certeza! Castigo por ter esquecido o filho da puta do Rony tão rápido. Estava bom demais pra ser verdade. De repente, ouvi uma batida na porta. Pensei um pouco se deveria ou não abrir a porta, mas, não acreditava que seria ele. Torcia pra que não fosse. Ia ser doloroso!