Rony

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Eu ainda não sabia porque estava tão abalada com essa viagem. Não tinha nada demais e eu já havia feito isso antes, várias vezes. Meu inglês não era dos melhores, mas era bom o suficiente para a situação. Aquele arrepio na nuca aparecia sempre que eu pensava nisso. Era inexplicável, eu só achava que não era uma boa ideia, sei lá porque.

Já estava atrasada pra degustar meus doces. Quem não gosta de doces finos e de graça, não é mesmo? Acho que essa é a melhor parte da organização de um casamento, pensei divertida.

Sai correndo e cheguei em cima da hora. A campainha mal tocou e uma adolescente me atendeu, com uma roupa extremamente curta e cabelo verde trançado com grama. Achei melhor não comentar.

-O endereço da degustação mudou. - falou ela num tom alto demais por causa do som que vinha da casa. - O endereço é esse aqui. - e me entregou um papel com o endereço do novo local. Agradeci, mas agradeci à porta, porque a guria já nem estava mais lá. Entrei no carro e, enquanto colocava o endereço no gps, reclamava da alteração de endereço repentina.

Cheguei atrasada, claro! Mas os doces eram maravilhosos, todos gostaram. Eram dourados e bem bonitos. A maioria das noivas presentes estavam com seus parceiros ou alguma amiga, só eu fui sozinha. Reparei nisso, sem dar muita importância. Minha mente ainda estava naquela viagem.

Saindo de lá, pensei em ligar pro Rony, mas achei melhor esperar chegar em casa. Ainda tinha que lhe contar sobre Atlanta. Não sabia qual seria a reação dele. Lembro-me que na última viagem ele reclamou por dias, não queria que eu fosse e, quando voltei, ainda estava emburrado. E tudo isso porque tive que viajar com José, um ex colega de trabalho. José era solteiro e vivia na farra, mas me respeitava muito. Não importava, Rony morria de ciúmes. Isso há pouco mais de 1 ano, tivemos uma conversa séria e isso parou. Parou por completo. Totalmente!

Não gosto de ciúmes em excesso, mas um pouco não cai nada mal, né? Mas nem isso Rony demonstrava. Bem, fui eu quem pedi, né? Melhor que aquele Rony ciumento de antes.

O gps me indicou um caminho diferente para a volta e eu, toda obediente (e desorientada), segui fielmente. Estava tão preocupada em contar ao Rony que tive a impressão de vê-lo numa lanchonete no caminho. Senti meu coração bater forte, quase sair pela boca. Era bobagem, eu sabia. Mas era tão parecido... Cogitei dar volta no quarteirão só pra ter certeza. De onde vinha isso? Cruzes..

Abandonei a ideia e segui reto. Do nada, virei 3 quarteirões a frente, voltando para passar, bem devagar, na frente da lanchonete. Parecia demais com ele, mas não podia ser. Ele estava com outra mulher. Morena, cabelo curto, com uma roupa colada demais e havia muita intimidade entre os dois. Não podia ser ele. Pensei em pedir uma coca. Tava com sede por causa dos doces e aquele cara era parecido demais com meu noivo que não saiu comigo para jogar futebol.

Estacionei o carro e desci como quem não quer nada, óbvio. Pelo menos tentei disfarçar. O sósia estava de lado, com a cabeça virada pra linda morena sarada,entre beijos e carícias, ou seja, tive realmente que entrar na lanchonete e pedir uma coca. Quando ele vira o rosto, meu coração para.

-RONY???


Oi, gente, como vcs estão?

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Ela quer mais.Where stories live. Discover now