Cap 12

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Mike

Você pode sair com mil mulheres. Pode ser um cafajeste como eu. Não aguentar ver uma mulher bonita sem desejá-la na sua cama. O que você não pode é iludir uma mulher e fazer promessas que não são reais. O que você não pode é esquecer que o que aconteceu deve ficar entre quatro paredes.
Esse é o problema do Leon. Promete um milhão de mentiras, transa com as mulheres e depois senta um uma mesa com os amigos e conta coisas que não pertencem só a ele. A primeira vez que sai com ele e com o Joe, ele contou varias coisas que tinha feito com a Mayla. Sim ele também já pegou a Mayla.
Não que ela seja um exemplo de mulher, a mais honrada. Mas você chegar em um bar, saber que aquelas pessoas vão encontrá-la, como o Joe no trabalho, e dizer que a mulher é boa de cama, contar em detalhes o que ela faz e o que ela não faz, é muita sacanagem.
A Clarisse disse que não sou a pessoa ideal para falar do Leon. Ela tem razão em algumas partes. Só que eu tenho algo que ele desconhece. Caráter.
Então quando eu vejo que ela está combinando de ir no apartamento dele, eu piro. Não me pergunte o porque, ainda não descobri a resposta, só sei que não quero ela com ele, nem que para eu isso, eu precisei cortar os dois pneus do carro dela com uma faca que guardei no bolso, da casa da Julie. Eu não roubei, depois vou devolver, em outro jantar. Ninguém vai perceber.
Como sempre ela não levou isso para o bom humor e nesse exato momento está caminhando em minha direção com os pulsos cerrados, como se estivesse segurando uma faca, os olhos estão irados e testa bem franzida. Então ela para. Não entendo. Volta para o carro. Entra, da partida e vem. Feito. Uma. Louca.
E tromba com tudo na traseira do meu Porshe, que não tem um mês de uso.
Precisei me afastar para não ser atropelado.
- você enlouqueceu- grito com muita raiva. Abro a porta do carro dela e a tiro de lá a força.
- isso foi para você entender, que VOCÊ- ela berra e tenta soltar os braços que estão presos na minha mão- é que está brincando com fogo. Você não me conhece. Eu não tenho limites. Não conheço essa palavra.
- posso saber porque você acabou de destruir meu carro e o seu?- pergunto tentando manter a calma. Minha vontade é tirar a sinta e bater nela.
- não antes de você me responder porque cortou os pneus do meu carro.
- eu?- pergunto me fazendo de ofendido- eu não fiz nada. Como pode pensar que fui eu? Os pneus furaram, você deve ter passado em cima de algo antes de chegar aqui.
- olha aqueles buracos Mike- ela aponta- aquilo foi cortado. Se estava com ciúmes, porque não foi se ferrar? Vai atrás de alguma vagabunda e me deixa em paz.
- você não conhece o Leon. Um dia vai me agradecer por isso- adverti-a enquanto soltava seus braços que já estão vermelhos pela pressão exercida por mim sem perceber.
- é o que você vai fazer o que agora? Me sequestrar e me prender? Porque amanhã se eu quiser saio com ele, durmo com ele, faço o que eu quiser.
- você está agindo por impulso hoje. Deite no travesseiro e lembre do que estou te dizendo. Se quiser consulte o Joe. Ele vai confirmar o que estou dizendo.
- não vou consultar ninguém. Faço o que eu quiser da minha vida, não sou mais criança. Agora olha o meu carro. Não anda mais Mike, como vou embora? Não tem táxi por aqui.
- meu carro anda. Eu te levo- digo abrindo um sorriso, mas fico sério assim que vejo a cara dela.
- prefiro ir a pé, do que com você.
- não tem como ir a pé Clarisse, esse condomínio é muito afastado da sua casa.
- como sabe onde eu moro?
- eu sei de tudo- respondo
- já disse que você é um imbecil né?- ela pergunta já afirmando. Entra no meu carro e bate à porta com tanta força, que coloco a mão no retrovisor para ver se ele não caiu.
- achei que você tinha geladeira em casa.
Ela não responde e não fala mais comigo.
Ligo o som e seguimos o caminho em silêncio. Quando nos aproximamos da casa dela, que por sinal, sei o endereço porque pedi para o Joe antes de sair- ele não entendeu e eu não expliquei- percebo que ela está chorando.
Então me dou conta que sou um idiota e ver ela chorando foi algo que me machucou por dentro. Encosto o carro e pego no seu braço gentilmente antes que ela desça.
- Clarisse, não chore criança. Porque está chorando?
Ela não responde e está com o rosto virado. Coloco a mão no seu rosto e o viro para mim. Ela deve estar chorando faz tempo e não percebi. Claro ,como sempre, só sei olhar meu próprio nariz. Seus olhos estão vermelhos e as lágrimas descem em constância.
- me perdoe. Se foi pelos pneus, vou comprar outros, também mando consertar seu carro. Eu só faço burrada quanto estou perto de você. Não sei o porque.
- porque você me odeia- sua voz sai engasgada pelo choro- eu nunca ti fiz nada. Agora eu chego em casa, já tenho um inferno pessoal para viver e você piora. Já tenho tristezas suficientes e inimigos implacáveis, não preciso de mais nada. Porque você me odeia?
Fico por um minuto absorvendo suas palavras. O que há de errado com a vida dela? Ela tem tudo. Olha a mansão que ela mora. Mas seu sofrimento é real e está estampado no seu rosto , transcrito em suas palavras e derramado pelos seus olhos.
- eu não te odeio. Impossível odiar você Clarisse- passo o dedo tentando conter uma lágrima que escorre pela suas bochechas rosadas- você provoca um monte de sentimentos em mim que não sei compreender e nem explicar, so sei que não é ódio.
Ela está tão frágil que sinto vontade de abraçá-la e dizer que vai ficar tudo bem, mas não posso. Não sei se vai ficar tudo bem. Não sei o que está acontecendo com ela e não sou bom o suficiente para prometer coisas que não consigo cumprir.
- quer me contar o que está acontecendo?
Ela balança a cabeça negando.
- será que você pode me perdoar? Pergunto agoniado, me sentindo impotente.
Ela assente e abaixa os olhos, fixando em suas mãos. Ergo carinhosamente seu rosto fazendo ela me encarar de novo e me aproximo. Beijo as lágrimas que escorrem, beijo seus olhos e por fim encosto meus lábios nos seus. De leve, com carinho.
- eu sou tudo que você diz. Babaca, idiota, imbecil. Tudo. Ainda falta alguns adjetivos a acrescentar. Não sei ser diferente. Mas se você me perdoar, quero tentar ser diferente. Por você e com você- meu lábios encostam novamente nos seus e seu hálito é o perfume mais doce que já exalei no meu existir.
Deixando um rastro de beijos até seu pescoço, sussurro em seu ouvido:
- eu sou um cara que sempre soube da minha rota, do meu destino. Com você almejo ficar perdido. Quero que você seja meu ponto fraco e quero ser o seu pecado, seu maior erro. Não sou a melhor pessoa e sou tão egoísta que não quero abrir mão de você.
- Mike.....-ela tenta falar, mas cubro seus lábios com os meus e a beijo de verdade, com o desejo de um pecador e com a ferocidade  de um avalanche.
- eu não sou bom e não vou ser seu anjo. Mas deixa eu tentar, sem promessas e sem amanhã- digo separando meus lábios dos seus- porque simplesmente não consigo me controlar perto de você e te desejo, te desejo muito.
Beijo sua boca enquanto minhas mãos descem pelas suas costas fazendo ela se curvar para frente. Continuo percorrendo meus dedos por todo seu corpo, de maneira lenta e íntima.
- Mike.....- ela pronuncia meu nome com a voz rouca.
Me apodero da sua boca novamente e enredo meus dedos por seus cachos macios. Puxando a cabeça dela para o lado, deslizo minha boca por seu pescoço frágil e sinto sua respiração acelerar, no ritmo das batidas do meu coração.
- ah Clarisse, nunca pensei....
Paro diante do meu pensamento. Nunca pensei desejar mais que uma noite com uma mulher. Nunca sonhei me perder em sentimentos como agora.
Quando minhas mãos deslizam abrindo o zíper do seu vestido, sei que estou abrindo muito mais, abrindo meu coração e deixando de ser cem por cento Mike!!!!!

Quero comentários de monte hem!!!! Se não, não consigo continuar a escrever kkkkkk
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O doce sabor da justiça (degustação)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن