Capítulo 01

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ATENÇÃO! Essa não é a melhor história que você vai ler na sua vida. Eu, Gabriel Cutrim, escrevi "As Viagens da Minha" quando eu estava deprimido e escrever de certa forma foi o meu único remédio. Depois que eu escrevi essa história, eu comecei a sonhar em ser escritor e finalmente descobrir que tenho um dom (e que gosto dele), que é escrever. Não esperem grandes questionamentos nessa história, nem coisas politizadas. Eu escrevi essa história apenas para sair do mundo real. Estou pretendendo escrever uma nova versão dessa história, então considere isso um rascunho. Resolvi compartilhar porque essa história é meu xodó e eu espero ainda fazer uma trilogia com ela. Mas por enquanto... divirtam-se com o que tem! :)

Eu estava muito nervoso. Eu acabara de chegar à cidade e já teria que enfrentar a escola nova. O meu voo saiu quase às nove da noite e chegou ao aeroporto de Brasília em pouco mais de duas horas onde eu iria fazer conexão. Meu primeiro voo atrasou, só deu tempo de eu sair de um avião e entrar em outro. Cheguei uma e meia da madrugada no aeroporto de São Luís.

- Olá, São Luís! – falei sozinho quando vi as luzes do aeroporto pela janela do avião ao pousarmos.

Esta seria a minha nova cidade e a partir de hoje eu teria novos amigos, uma nova escola, uma nova casa, uma nova rotina. A partir daquele momento eu teria uma vida nova.

Nós – eu, minha irmã e minha mãe - pegamos nossa bagagem e avistamos meu pai que estava nos esperando. Meu pai já tinha viajado pra São Luís um mês atrás para se acostumar com o clima, conhecer a cidade e organizar a casa. Meu pai me abraçou, abraçou minha irmã e logo depois deu um beijo em minha mãe. Ele estava muito animado.

Chegamos em casa quase as três da manhã – a demora foi por causa da bagagem – e eu fui tomar um banho. Perguntei para o meu pai qual era o nome do bairro em que nós morávamos e ele disse Cohafuma. Cohafuma? Que diabo de nome é esse? Resolvi imediatamente esquecer a nomenclatura do bairro e me focar em ir ao meu banho e dormir. Estava exausto.

Iríamos morar em um apartamento dentro de um condomínio. O apartamento era maior que a nossa casa em Curitiba, mas eu não posso compará-los. A vila onde eu morava era aconchegante.

- Vamos dormir todos que amanhã é dia. – meu pai disse batendo palmas.

- Pai, só o senhor vai trabalhar amanhã. – minha irmã disse.

- Negativo – meu pai soltou um sorriso – Já matriculei vocês na escola e vocês tem aula amanhã bem cedo, as sete.

- Mentira. – resmunguei – Pai. Não vamos pra escola não, né?

- É claro que vão, conversei com a diretora da escola e ela disse que como é uma escola que as vagas são disputadíssimas, todos os alunos de lá devem ser exemplares. Só é permitido três faltas por ano.

- Ah não, pai. Que escola é essa? – minha irmã perguntou.

- Não me lembro. Só sei que é uma instituição que sobrevive por filantropia. Recebe altos investimentos.

- Escola pública! – confirmei com certo desprezo. – Qualquer um pode estudar lá.

- Só os melhores estudam lá. – comenta meu pai.

- Meu Deus, só pode ser castigo. – disse minha irmã sentando no sofá.

Eu não tenho problemas com instituições públicas. Mas no Paraná os professores de escolas públicas não são muito valorizados, assim como todo o Brasil. É triste. Eu quero ser professor.

- Podemos pelo menos jogar videogame até chegar a hora de ir pra escola? – eu já tinha aceitado a situação, não dava pra fazer muito mesmo.

- Pode sim, Júlio. Só não brigue com sua irmã.

As Viagens da Minha Vida (Romance Gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora