Capítulo | 18

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     4 de Julho, esse feriado americano que me deixa em êxtase desde pequena, ansiosa pelos fogos.
     Minha casa está cheia e com um cheiro de carne maravilhoso... O famoso Barbecue de Robert na churrasqueira e os acompanhamentos de dona Janine sobre a mesa. Acho que era por isso que gostava desse feriado também, a comida...

    Melanie, Troye e Dylan estavam lá conversando e eu no celular com Andrew. Ele esperava seus pais se arrumarem pra vir junto. Meus primos corriam pela casa e a música tocava. Nada deixaria um dos meus feriados preferidos ruim certo? Certo.

Abria um refrigerante quando senti mãos em minha cintura sabendo exatamente quem era... Deu um beijo em meu ombro e depois me virou.
— Oi...
— As crianças Andrew...
— Então vamos pro seu quarto. – beijou meu pescoço me dando arrepios.
— Você acabou de chegar garoto... – ele grunhiu baixo depois deu um gole do meu refrigerante, sussurrando no meu ouvido depois "converso com você á noite". Só conseguia rir da sua cara travessa, sem vergonha...

A tarde correu bem, comi muito, dancei, ri com as pessoas que gostava mas chegando perto do começo da noite e dos fogos um desespero se apossou de mim. Andrew teve uma crise respiratória e seus pais e eu fomos á noite no hospital pra ele fazer inalação, perdi os fogos do meu feriado preferido mas nada se comparava a preocupação que sentia...

 Andrew teve uma crise respiratória e seus pais e eu fomos á noite no hospital pra ele fazer inalação, perdi os fogos do meu feriado preferido mas nada se comparava a preocupação que sentia

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— Você contou pro Connor? – Era segunda-feira, uma semana se passou desde o feriado, e a agonia de não fazer nada só trabalhar estava me consumindo. Perguntei pra Melanie o quê ela resolveu em relação ao nosso bebê,  estendendo a xícara de café pra uma moça simpática de cabelos ruivos.
— Não... Boa tarde... – virou-se pra cliente ao cobrar café.

Assim que a menina saiu, colocou as mãos na testa, estava exausta, talvez seria seu 2º mês, ou ainda o 1º, não tenho muita experiência com isso, eu e Troye marcamos uma consulta com ela e iríamos ver tudo isso.
—Você sabe que ele vai perceber não vai? Caso não saiba sua barriga vai ficar maior que a sua cabeça, e olha que ela é enorme... – tentei descontrair, vai que ela melhora o humor... Recebi um dedo do meio e boas risadas.

Me contou esses dias que vai falar para os seus pais na próxima semana, eles são compreensivos, talvez entendam a situação e lidem de uma forma agradável. Assim espero pelo menos, todos esperamos.

O movimento do café estava alto, várias pessoas pra fazer o pedido, fazer os cafés que estavam á espera, fila do caixa, organizar a fila do aluguel de livros, tudo muito cheio, Troye estava meio desnorteado servindo as mesas, Melanie no balcão comigo atrás e mais uma menina que foi contratada, Kim... A Kim... Ashton pediu demissão depois do ocorrido. Não sei se realmente foi pelo que aconteceu, sei lá, não queria pensar muito sobre... Andrew quis arrancar a cabeça dele quando contei, tive que contar, não esconderia...

O mais incrível da cafeteria era que por mais que tivesse cheia, a quietude ainda prevalecia, não era aquele falatório, pessoas buscavam sossego lá, traziam seus notebooks, livros, trabalhos escolares, ou até nada só pra beber um bom café e ficar com um pouco na paz.
—Melhor você se sentar um pouco... – disse á Melanie, que agora estava de olhos fechados e suspirando.
—Estou bem. – disse Mel passando as mãos pela testa pela quinquagésima quinta vez no dia.
—Não seja teimosa... Anda, você está grávida, não sabemos se pode prejudicar a criança! Eu aguento aqui com Troye.

O Preço da Amizade.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora