O quanto a amizade é importante pra você? O quanto esse relacionamento é necessário ao ser humano?... Essa tal força é a chave pra ao menos amenizar o quê nós chamamos de vida...
Lydia Bennett e Dylan Williams se conheceram quando criança com seus...
Depois da madrugada divertida com minha mãe, quando acordei, enfim lembrei o que faria neste sábado. Hoje é o primeiro jogo do Dylan pelo time de futebol. Por incrível que possa parecer acordei cedo mas fiquei deitada no sofá de olhos fechados só absorvendo a preguiça, mesmo sabendo que fui dormir tarde não restava muito sono. Minha mãe e eu dormimos no sofá, as costas certamente iriam doer. Meu celular tocou me assustando, acabei derrubando a vasilha de pipoca pelo chão, em protesto me despertando uma hora dessas... Atendi prontamente, sem nem ver quem era...
— Alô? – a voz rouca entregava que eu acabara de acordar. —Abre aqui pra mim... —São 8h da manhã de um sábado Dylan... – falei me espreguiçando e indo até a porta. – o quê aconteceu? Não me respondeu, quando abri com o celular na orelha, visualizei um Dylan com uma mala que parecia absurdamente cheia. Estava com cara de quem não havia dormido, mas logo tratou de rir do meu estado. —O que você tá fazendo aqui? – disse fechando meus olhos por conta do sol que fazia questão de machucá-los. Ele ja havia desligado o celular, mas nem percebi que ainda segurava o meu na orelha. Não funcionava muito bem de manhã... —Meus pais não estão sociáveis... Posso dormir aqui? – o jogo dele era hoje, o relógio marcava 8h da manhã e ele ainda não tinha dormido? Como assim?
Seus olhos já me disseram tudo. Os pais de Dylan esse ano andam brigando muito, chegam a ser feias onde a vizinhança toda para pra ouvir e ele do jeito que é não suporta esse ambiente pesado e acaba sempre correndo pra minha casa. Fiz com a mão pra que ele entrasse e fechei a porta devagar pra não acordar minha mãe, olhei a situação da sala cheia de pipoca e vi que teria que limpar rapidamente antes que ela acordasse e tivesse um troço.
—Vem. – puxei seu pulso levando ele até a cozinha. – Vamos tomar café antes... – sussurrei.. – Hoje é a minha vez de retribuir o favor que me fez aquele dia...— sorri lembrando da última vez que veio aqui. Deixei ele quieto na cozinha enquanto fui trocar o pijama, escovar meus dentes e o cabelo. Sai rapidamente pelo corredor ainda podendo ouvir os roncos de meu pai do quarto, o que me tirou umas risadas. Chegando na cozinha, Dylan estava com a cabeça deitada no balcão, visivelmente cansado. — Você já comeu? – perguntei olhando intrigada, ele só negou com a cabeça. Peguei a famosa cafeteira enquanto ele se ajeitava na bancada e comecei a fazer o café, também tratei de colocar uma água pra ferver, pois iria fazer um chá pra ele. Abri a geladeira tentando escolher uma coisa rápida pra comer mas Dylan vai precisar de um café da manhã reforçado pra hoje...
Coloquei meu celular pra tocar umas músicas baixinho, sabia que ele não estava afim de conversar. Liguei o fogão e com a frigideira na mão tratando de enche-las de presuntos e queijos, dançando no ritmo da música completamente desengonçada, de reflexo olhei Dylan que prestava atenção sorrindo em cada movimento que eu fazia..
Quando começa a tocar "Pussycat Dolls". Olho pra cara dele com espanto, começo a cantar e dançar, estava tão empolgada que nem vi os frios quase queimarem na frigideira. Só deu pra ouvir o garoto gargalhando e murmurando um: "meu Deus".
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