Parte 1: Começando do começo

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"Abro os olhos e há sangue por toda parte... minhas mãos estão ensanguentadas, o que aconteceu aqui? Por que não me lembro de nada?"

Aqui estou eu mais uma vez procurando informações sobre mim, porque, bom, eu não sei quase nada, muito menos meu verdadeiro nome, me chamam de Hacker e o prazer é todo seu. Tenho... Espera, eu tinha quatro anos quando... Bom então já faz... Mais dois anos que... Dezesseis, isso, dezesseis anos. Eu tenho dezesseis anos, não ligue é que eu não comemoro meu aniversário, enfim, não tenho muito a dizer sobre mim, sou só uma garota simples... Ou nem tanto.

Sou procurada por várias pessoas, algumas querem meu serviço, outras me prender por alguns "crimes" cometidos, nada de mais juro, só invadi alguns arquivos confidenciais, mas em minha defesa eu estava procurando respostas sobre mim e minha verdadeira família. Nunca conheci eles, nem um tio ou primo, nada. Hacker foi o nome que "meus amigos" me deram, foi o nome que mais gostei, as famílias que me adotavam sempre mudavam eu odiava isso, teve uma família que colocou meu nome de Rex, isso mesmo, R-E-X, eu por acaso pareço um cachorro? Não responda. Depois eu falo mais sobre mim, ou minhas famílias loucas, alguém chegou aqui.

Xxx: Ei garota, preciso de você e seu cérebro de gênio.

Hacker: Carlos. Como me encontrou?

Carlos: Não é tão difícil quanto pensa.

Hacker: Claro.

Deixa eu explicar, Carlos é o criminoso que domina essa parte da cidade, esse jeito meio porto-riquenho dele é meio engraçado mas se você rir dele fica sem dentes.

Carlos: Preciso de um pequeno trabalho, só isso.

Hacker: O que eu ganho com isso?

Ele ri debochadamente.

Carlos: Eu poderia te dar dinheiro, mas você não é muito de aceitar essas coisas. Que tal proteção?

Hacker: Proteção? Eu por acaso pareço com alguém que precisa de proteção?

Ah, eu posso ser um pouco (muito) magra, mas sei me virar muito bem.

Carlos: Só estou falando, caso você se meta em problemas.

Hacker: Eu sempre me meto em problemas, você mais do que ninguém deveria saber disso, certo?!

Já havia entrado numa confusão com a gangue dele alguns anos atrás.

Carlos: Aceite o acordo, menina.

Hacker: É pra já.

Fiz meu trabalho, nada de interessante, pelo menos não vi nada, só alguns arquivos e códigos que parecem que devem ser muito importantes para alguém, mas não pra mim. Agora tenho outro "cliente" para atender, um tal de júnior_kps@hotmail.com me enviou isso:

"Preciso da sua ajuda com algo muito importante, você pode mudar uma vida com isso, por favor, me encontre no café da Mars às 3pm. Venha, e dinheiro não é problema. ;)"

Isso me pareceu interessante, então é claro que eu vou ao tal café, chego e não vejo ninguém que parece "especial", digamos assim. Tinha um senhor de uns 60 anos, uma mulher jovem de uns 30 anos que parecia mais interessada no livro que estava lendo do que em tomar seu café que já estava frio pelo jeito, e uns três garotos que pareciam ter a minha idade e estavam com jaquetas do time do colégio da cidade. Acho que a pessoa que me chamou ainda não chegou, peço um café e espero, quando eu vejo aqueles três garotos se aproximam. Ah, não.

Xxx: Hacker?

O mais gordinho pergunta sorrindo simpaticamente, mas agora já tava parecendo um psicopata.

Hacker: O InícioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora