Guerras existem

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P.O.V. Saphira

Estar ali, com ele, era maravilhoso. Ele ronronava e fungava quando eu parava de acariciar seu pelo, me faz rir. Era engraçado ver que, na verdade, quando estava comigo ele não parecia nem um pouco assustador, na verdade era difícil imagina-lo matando todos aqueles lobisomens e massacrando todas aquelas alcateias e clãs de vampiros. Ele disse que não era um bom garoto, mas eu confiava que pra mim ele seria.

-Sei que pode ser. Eu estou curiosa sobre uma coisa. -murmurei.

-Diga-me. - ele levantou a cabeça devagar e me olhou com expectativa.

-Mais cedo, depois do baile, -falei o olhando. -Aaron falou sobre uma reunião, você foi com meu pai e nós não nos falamos mais. Aaron não quis falar do que se tratava. O que era?

Ele me olhou por um instante e depois voltou a encarar a lua, parecia preocupado.

-Era uma reunião com alguns dos líderes que vieram ao seu baile de apresentação. Você sabe, precisamos discutir os assuntos de nossa Nação. Muitas coisas estão acontecendo. -ele suspirou.

Talvez a situação estivesse pior do que eu imaginava, eu nunca soube muito sobre os assuntos da Nação, meu pai não falava sobre isso comigo. Mas sempre há comentários pela alcateia, sobre a guerra.

-É uma guerra? -perguntei preocupada e o senti tenso sob meu toque.

-Guerras existem, meu amor. - ele disse com pesar. -Estamos passando por um momento de tensões, sabe. Momentos difíceis.

-Quer falar sobre isso? -perguntei vendo-o colocar a cabeça em meu colo outra vez, falar sobre isso o deixara preocupado, acariciei seus pelos e o senti suspirar pesadamente. -Eu não sei muita coisa sobre o que está acontecendo ou sobre guerras.

-E não deve. -ele disse em tom sério. -Guerras são perigosas, essa em particular talvez seja ainda pior, e eu não gosto nenhum pouco da ideia de você a par de algo assim. Batalhas, são terríveis, nada que você vá gostar. Eu tenho que lidar com isso porque sou o Alfa, você não tem. É difícil liderar tropas, organizar estratégias de batalha, treinar soldados, lutar na guerra e depois limpar a bagunça que ela deixa.

-Você tem que cuidar da... -engoli em seco. -Entrega dos corpos dos soldados mortos. As famílias devem ficar desoladas.

-Olhar nos olhos deles, e dizer que seus filhos, marido, irmãos, pais morreram na guerra, morreram por uma guerra que eu os treinei para batalhar. Melhor seria que eu morresse no lugar deles. -eu arfei com o pensamento, não, nunca. -Eu não tenho mais uma família comigo há muito tempo, ninguém que vá chorar por mim, eu deveria morrer no lugar deles.

-Não diga bobagens James! -exclamei horrorizada e apertando uns fios de seu lindo pelo cinzento entre meus dedo, não suportaria perdê-lo para guerra nenhuma. -Eu choraria por você.

-Sei que sim. -ele sorriu tristemente. -Mas não se preocupe, eu sempre voltarei pra você, agora eu tenho por quem voltar.

Eu sorri abertamente, minha loba me acompanhou.

-Eu estarei sempre esperando por você. -sorri, sinto isso genuinamente em meu coração, a intensidade dos meus sentimentos por ele e a forma como me invadem é assustadora. -Embora não goste nada da ideia de você em uma guerra. Devo confessar que... Bem, -hesitei e James levantou a cabeça e virou-a olhando pra mim confuso com meu nervosismo. -eu sentia medo de você.

-Medo de mim? Você disse isso quando nos conhecemos. -ele virou a cabeça para o outro lado, chegava a ser engraçado. -Mas por que?

Minha [Em Atualização]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora