Capítulo 9

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Por sorte, meu carro também estava atrás do galpão, sendo mais fácil arrastá-la até ele sem chamar atenção.

- Seu louco, o que você tá fazendo? Me solta!

- Entra no carro, Megan. - Mandei

- Não. - Ô coisa marrenta viu. Não tive escolha, a peguei pelas pernas e coloquei dentro do carro, travando as portas para que eu pudesse dar a volta e entrar também. Quando eu entrei, fui estapeado.

- Ôu para! - Segurei seus braços até que ela parrasse. Liguei o carro e saí dali cantando pneu.

- Justin Bieber, para o carro! - Ela já havia falado aquilo umas 30 vezes e eu a ignorava, mas se é isso que ela quer...

- Desce. - Parei o carro no meio da estrada deserta e totalmente escura, a fazendo me olhar incrédula.

- Você não pod...

- Desce logo. - Falei firme, quero ver o que ela vai fazer agora.

- Ai como você é um babaca! Qual é a sua? Eu estava lá, me divertindo tentando esquecer o que pra você foi apenas uma pegação depois do colegio e agora você me vem com essa! - Ryan tem que aprender a ficar com a piriquita fechada, merda. Fiquei calado e não disse nada, apenas liguei o carro e saí dali, indo para um lugar que eu amava quando eu era pequeno, minha antiga casa.

- Vem. - Desci do carro, ela apenas me seguiu, sem falar nada, o que foi estranho.

Entramos no que restava daquilo, e fomos até o terraço, lugar que eu passava horas e horas olhando as estrelas.

- Que lugar é esse? Fantástico... - Ela disse admirada.

- Minha antiga casa. - Respondi ainda olhando o céu.

- Sua casa? Mas...o que houve aqui? - Eu sabia que ela iria perguntar, já estava preparado. Suspirei e contei tudo.

- Tudo aconteceu quando eu tinha seis anos, estavam todos dormindo quando os fios elétricos da casa pegaram fogo e o mesmo se alastrou pela casa. O meu quarto e o da Madalena, nossa empregada, ficavam no térreo mas o dos meus pais ficavam no segundo andar, onde o fogo já tinha tomado conta. Madalena chegou no meu quarto me carregando para fora, e nos salvando mas eu vi que nem tudo se salvara, meus pais não se salvaram, eles morreram da pior forma possível, queimados. Quando os bombeiros chegaram não havia mais nada a ser feito, eles apagaram o fogo e tiraram o que restou dos corpos. Eu presenciei tudo, foi horrível. Depois disso eu fui morar com o meu avô, do qual eu chamo hoje de pai, porque ele fez e faz até hoje o impossível por mim. Após a morte dos meus pais, eu entrei em depressão e até hoje sofro com isso. Tenho ataques momentâneos e fico descontrolado, por isso me tornei o cara que sou hoje, porque eu quero preteger as pessoas do monstro que eu sou ou que posso me tornar a qualquer momento.

POV. MEGAN

Justin me contou tudo e quando havia terminado eu vi que estava chorando. Então eu entendi o porque dele ter se descontrolado na casa dele depois que eu falei dos pais...

- Justin, eu sinto muito e você não é um monstro, nunca mais diga isso. - O abracei forte, como se eu pudesse segurar seu mundo em minhas costas. Ele me abraçou também.

- Desculpa... - ele disse baixinho abraçado a mim e mexendo no meu cabelo.

- Você não tem com o que se desculpar, desabafar é uma coisa que todo mundo merece e eu... vou estar aqui sempre que você precisar. - disse colocando minha cabeça ma curvatura do seu pescoço, inalando seu perfume masculino. - Apartir de hoje, vamos acabar com qualquer desavença que há entre nós, vamos ser... amigos. - Ele deu uma risada fraca concordando e me olhou, segurando meu rosto o alisando com os polegares e me dando um beijo na testa e logo depois voltou a me encarar.

- Amigos fazem isso? - Ele desceu uma de suas mãos para a minha cintura, me puxando para si, enquanto a outra foi para trás da minha nuca me trazendo para um beijo ardente, com vontade. Nossas línguas faziam um encaixe perfeito, e só paramos devido a falta de ar.

- Justin...

- Shh... - Ele me abraçou, acariciando minha cabeça. Nós deitamos lá mesmo, e ficamos apreciando as estrelas e Justin ficou contando suas histórias patéticas, que me faziam rir, mas aí ele ria mais ainda da minha risada. Seu sorriso era maravilhoso, contagiante.

- Justin, para de rir de mim!

- Megan, sua risada parece de uma hiena com dor de barriga! - Ele gargalhou, me fazendo deitar para o outro lado, fingindo estar brava. Ele me surpreendeu me abraçando por trás, e assim nós ficamos, de conchinha, apenas com carícias, até os dois sem noção pegar no sono lá mesmo, no terraço.

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Afraid To Love You - Justin Bieber FanfictionWhere stories live. Discover now