Normal People Scare Me

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Agora eu já estava em outra sala, outra aula, química para ser específica, o professor é um mala, por incrível que pareça o Crawford até agora é das mesma salas que eu, isso é muito chato, o garoto fica me apurrinhando toda hora, fica me dando cantada, e eu é claro que só dou patada.

- Que isso princesa, você é difícil - o Crawford disse, chegando mais perto de mim.

Nossas mesas eram juntas, e não foi eu que escolhi isso, foi o professor, isso significa que ele vai ser minha dupla até o final do ano.

- Não se preocupe, eu adoro garotas difíceis. - ele sussura no meu ouvido.

- E eu adoro quando você fica longe de mim - o empurro, afastando o mesmo.

Ele ri de mim, quando ele faz isso suas covinhas aparecem, o que deixa ele fofo, acabo sorrindo com isso, não sei o porque mas, ele me fez sorrir.

- O que é isso? - ele olha para mim - Um sorriso, eu consegui arrancar um sorriso seu, nossa ...

- Ai garoto, você não sabe ficar quieto não? Caramba tem como você calar a boca? - já digo irritada interrompendo ele.

- Não, mas se você quiser, você pode calar ela - ele sorri para mim com um sorriso malicioso.

- É melhor você continuar a falar mesmo, eu não estou afim de gastar mais a minha voz nem a minha mão com você. - disse olhando agora para o professor, tentando apresentar atenção na aula.

- Okay princesa, já vi que você não está mais afim de falar comigo, mas uma dica, sorria mais, seu sorriso é lindo.- ele sussura no meu ouvido. Tudo bem, posso dizer que fiquei arrepiada.

Já que o idiota de covinhas parou de falar comigo e eu não estava afim de ouvir o professor, resolvo pegar meu caderno e desenhar um pouco, coisa que eu geralmente faço, começo a rabiscar, não sabendo o que isso vai dar, me sinto sendo observada, estou nem ai, continuo a desenhar, mas uma voz me interrompe, que saco!
Me viro para saber quem é o ser que está interrompendo a minha criatividade, me assusto um pouco, era o professor.

Caramba, ainda bem que eu não falei nada antes de ver quem era, porque eu ia falar uma merda se fosse o Crawford e essa merda ia me levar para a detenção no primeiro dia de aula.

- Senhorita Lívia, creio que eu não sou o professor de artes, para você estar desenhando na minha sala - disse

-Ah desculpa - disse fechendo meu caderno de desenhos.

- Que isso não se repita mais - disse ele indo devolta para o quadro - Onde eu estava? Ah sim, como estava dizendo ... - ele continuou com sua explicação.

Tentei aprestar atenção no que ele falava mas não deu muito certo, 5 minutos depois a aula acaba isso significa que era hora do intervalo, logo todas as pessoas que se encontravam naquela sala se desesperaram a sair dela.

O Crawford não estava mais do meu lado e naquela sala só tinha restado eu e uma garota que guardava seus materias com nenhuma pressa e eu estava fazendo a mesma coisa.

Logo que eu termino de arrumar minhas coisas na mochila, pego meu celular coloco o fone no ouvido e dou play na música do One Republic.

- Olá - a garota fala me assustando, nem tinha percebido ela ali bem na minha frente - Oh me desculpa não queria te assustar. - disse preocupada.

- Tudo bem - falei simples, começando a andar até a porta da sala, querendo sair logo dali.

- Sou a Morgana, mas pode me chamar de Morg - ela vem atrás de mim.

- Já percebi que você não vai sair de perto de mim - sussurro e tiro meus fones, resolvendo não ouvir música.

- Desculpa não ouvi, o que você disse? - ela pergunta.

Ainda bem que não ouviu, vou dar uma chance pra essa garota, gostei do cabelo dela, ela é ruiva e o nome até que é legal.

- Nada não, meu nome é Lívia, mas pode me chamar de Lív - disse.

- Prazer, então é seu primeiro dia de aula né? - ela pergunta.

- Sim, não conheço muitas coisas, só a diretora, a diretoria e aquela sala que nós estavamos - disse

- Entendi, mas não se preocupe eu te mostro as coisas aqui e o funcionamento dos grupos - ela fala e nós entramos no refeitório.

Pegamos as nossas bandejas pra colocar as comidas que nós iamos escolher, são tipo aquelas bandejas do McDonalds e entramos na fila.

- Como assim grupos ? - não estava entendendo aquilo.

- São como se fosse divisões, espera ai que quando nós sentarmos em uma mesa eu explico. - ela diz pegando um hambúrguer.

Pego um também, pego ketchup, uma lata de refrigerante e canudo, e esse se torna o meu lanche super nutritivo.

Eu e a Morgana nos sentamos em uma mesa afastada de todo mundo, melhor assim, não gosto muito de comer com um monte de pessoas diferentes em uma mesa só.

Pego meu hambúrguer e dou uma mordida, meu pai que delícia.

- É bom né? As cozinheiras daqui são as melhores - ela diz rindo da minha cara de "morri e cheguei ao paraíso".

- Caramba, como isso é bom, da onde essas cozinheiras vieram? Da casa de Deus? - pergunto.

- Eu sei lá - ela ri de mim.

- Mas e então, sobre os grupos... - queria logo saber o que era isso.

- Ah sim, os grupos como eu falei são como divisões e aqui na escola tem muitas divisões, como aqueles ali - ela aponta discretamente para umas pessoas que estavam sentadas em uma mesa.

As pessoas que estavam naquela mesa eram nerds, uns usavam o óculos, outros aparelhos, outros usavam aparelhos e suspensórios, alguns usavam roupas dos Star Wars o que eu achei muito legal.

- O que tem eles? - pergunto.

- Eles são um dos grupos, eles fazem parte dos grupos dos nerds - ela fala - aqueles ali são os Skatistas e os Surfistas - ela aponta para outra mesa onde tinha pessoas com bermudas, pulseiras de pano, gargantilhas bem diferentes.- aqueles ali são os punks, os rockeiros - calças rasgadas, roupas escuras, cabelos de diferentes cores, blusas com caveiras, blusas de bandas - eles ali são os "normais" - ela faz aspas com os dedos.

- Como assim normais? - eles usavam roupas comuns, conversavam normalmente e riam entre eles.

- São os normais porque eles não são tão estranhos como os outros, eles gostam de músicas diferentes, vêem series, as vezes são os que tem mas acesso aos populares e os que mais ajudam a eles com algumas informações que precisam, é formado por riquinhos, eles também podem ser amigáveis ou nada amigáveis, alguns tem caras de amigáveis mais não são, eles fazem de tudo para os populares são tipo os puxa sacos, mas puxa sacos misteriosos. - ela diz a descrição deles toda para mim.

- Normal People Scare Me - disse citando American Horror Story.

(Pessoas normais me assustam)

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Hey guys desculpa a demora, próximo capítulo eu posto logo, já tenho boa parte dele escrita, bjs, desculpa qualquer erro.

FELIZ ANO NOVO !

Continua...

Social Casualty - Crawford Collins Onde as histórias ganham vida. Descobre agora