Capítulo 5.2

5.6K 546 274
                                    

                 

Quando Louis acordou novamente naquela manhã, os flashes de horas atrás eram a coisa mais fresca em sua mente, acompanhados da dor em seu peito. Ele mordisca o lábio, notando o abismo saliente ao seu lado; a imersão que está vazia, e o ar que está silencioso. Ele sabe que não deveria entrar em pânico, mas há algo tão inquietante sobre Harry não estar ao seu lado quando ele acorda.

Então ele sai da cama, veste uma calça de moletom que estava no chão. Elas parecem um pouquinho folgadas para ser dele, mas é desse jeito que ele gosta delas. Abrindo a porta, e saindo para a outra parte do apartamento, ele sente o cheiro de café da manhã – bacon e queijo provolone – e alívio percorre seu corpo. Harry está aqui. Ele ainda está aqui.

Mas eis a questão:

Louis tem esse sonho, um sonho pequeno, mas indispensável. Ele quer poder caminhar por trás de Harry, envolver seus braços em volta de sua cintura, e pressionar seus lábios em seu pescoço. Sussurrar doces ou excitantes coisas em seu ouvido, mordiscar sua pele, fazer os pelos dos braços de Harry arrepiarem. Ele quer ser espontâneo com Harry, quer surpreendê-lo, tocá-lo, e sentir que cada pedacinho seu é dele também.

Mas ele não pode.

Porque ele nunca sabe o que fará Harry lembrar dele.

Ele tem medo de que se ele envolver seus braços em volta de sua cintura depois de andar por trás dele silenciosamente, o fará recuar de medo que talvez não seja Louis. Ele tem medo de que se ele tentar algo com Harry sem ser completamente honesto, ele sentirá nojo de si mesmo mais do que qualquer outra coisa.

Ele só sempre sente que tem que diretamente perguntar à Harry para tocá-lo de qualquer maneira que for.

E não é – ele nunca iria tocar em Harry quando ele não quisesse ser tocado, ele sempre iria parar por ele – mas isso não significa que ele não queira apenas abraçá-lo no sofá, e ser capaz de poder trilhar seus dedos lentamente por de baixo dos moletons de Harry, beijar seu pescoço, fazer arrepios correrem por suas veias enquanto ele esquece de tudo que está vendo na TV e foca somente nas mãos de Louis. Louis só quer fazer com que Harry se sinta bem de todas as maneiras possíveis.

Então é nisso que Louis está pensando enquanto se apóia contra a parede, assistindo Harry preparar sanduíches de café da manhã para eles dois. O ar está sendo preenchido por ele cantarolando baixinho, e Louis pode estar errado, mas parece que é o ritmo de 'XO'. Seu cabelo é uma pilha de cachinhos masculinos, e seus lábios estão tão inchados, rosa choque contra sua pele clara. Louis pode ver seus cílios causando sombras sobre suas maçãs do rosto, e seus músculos movendo por de baixo de sua pele que parece tão fluida em todos os seus passos. Tudo nele é lindo, hipnotizante.

"Bom dia, amor", ele finalmente murmura com um sorriso no rosto.

Harry olha pra cima, covinhas marcando suas bochechas e olhinhos brilhando enquanto ele faz biquinho pra um beijo. "Bom dia pra você também", ele murmura contra os lábios de Louis, dando pequenos selinhos.

E é como se a noite passada nunca tivesse acontecido.

Harry se afasta com um sorriso, e Louis se vira pra mexer na geladeira. "No seu caminho pra aula hoje, você acha que pode comprar um po-".

"- pouco de leite com morango. Já comprei pra você, amor", Louis lhe lança uma piscadela, decidindo beber um pouco do suco de laranja da jarra que eles têm guardada no fundo da geladeira. "Então... o que Harry fará hoje?"

Harry não olha pra cima de onde ele está fritando os bacons, mas Louis pode ver seu sorrisinho ondulando suas bochechas. "Bem, Harry estará assistindo reprises de Top Gear e estudando pra prova de amanhã, a não ser que Louis tenha algo em mente".

STRAWBERRY MILK FIC [tradução português)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora