- Vince - ela o abraça e ele sorrir. Tinha algo de familiar em seu rosto - Genevieve - ela abraça a garota que tinha abaixado o capuz - o que estão fazendo aqui?

- Eu senti o que aconteceu com você - o tal Vince fala.

- E ele foi nos procurar.

- Olá - a voz tensa do Alan interrompe apontando para a Emily e Vince - por que vocês se parecem?

- Alan...

- Somos gêmeos - Vince fala simplesmente - mas só de aparência. Temos uma ligação.

- O que? - ligação? Que porra é essa?

- Não se preocupe, você é meu irmão - ela fala para o Alan

O terceiro encapuzado dá um pequeno riso mas eu vejo quando tanto o Alan quanto a Emily enrigessem. Ele retira o capuz. Parecia uma versão mais nova do Alan.

- E eu? - ele pergunta, divertido.

- Aydan? - Alan pergunta horrorizado.

- Aydan? - Alan pergunta horrorizado

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Emily

Dou um passo para trás batendo no Alan. Ele estava petrificado com o rosto numa máscara de surpresa e perplexidade.

- Aydan? Vo-você está vi-vivo?

- Sim - ele olha para mim com seus olhos amarelos, os mesmos do lobo da floresta - não vai me dar um abraço irmão?

Alan se move para frente, inseguro, mas depois o abraça fortemente.

- E você Emily? Vem cá me dar um abraço!

Ele vem na minha direção e eu me aproximo do Tayler que fica na minha frente por reflexo. Era surreal ter os dois no mesmo espaço depois de séculos. Uma raiva fria percorre o meu corpo.

- Emily? Qual o problema? - Alan pergunta.

- Ele mentiu. Ele mentiu por todos esses séculos e agora simplesmente aparece do nada e quer que o receba de braços abertos? Vá a merda! - eu tremia de raiva.

- Emily!! Ele...

- Não Alan - Aydan interrompe - ela tem o motivo dela.

- Você não parece surpresa de vê-lo - Alan questiona.

- Eu o vi na floresta, no dia do baile - resolvo abrir o jogo

- Por isso não quis falar? - pergunta

- Diria que eu estava louca.

Eles riem. Qual a graça? Olho para o lado e vejo Vince me observando, ele continuava igual à última vez, seus cabelos iguais ao meus estavam bagunçados, seus olhos antes azuis agora estavam negros mostrando sua essência

- Podemos conversar em particular?

- Não - Tayler responde por mim.

- Posso saber o por que? - Vince me pergunta.

- Por que eu sou o Sombra dela.

- Certeza que é só por isso? - Geneviève franzia o rosto. Ela só fazia isso quando queria saber o que os outros sentiam. Suas emoções. Ela era boa em descobrir o que os outro sentiam.

Tayler engole em seco e assente. Peço para me seguirem até o escritório, deixando o Alan e o Aydan conversando. Tayler e Vince estão na minha frente , então puxo Geneviève para se sentar ao meu lado.

- O que o Aydan estava sentindo e como ele veio com vocês?

- Ele sentia culpa, alívio, felicidade. Muitas emoções. Encontramos ele na ilha do Clã, ele nos ajudou a escapar.

- Vocês foram capturados?

- A ilha del Angeles foi invadida, as barreiras caíram e muitos fugiram, outros como eu e o Vince foram capturados.

- Qual o problema com o Vince? - olho para ele que está perdido em pensamentos.

- Ele sentiu você. O que não acontecia antes. Disse que precisávamos vir até você.

- Precisa voltar conosco - Vince fala bruscamente.

- Não posso - balanço a cabeça

- Claro que pode.

- Não - bufo de raiva - eu não posso!

- Não entendo.

Era melhor acabar com isso. Puxo a blusa e mostro minhas costas. Silêncio sufocante preenche o recinto e sinto as mãos do Tayler levantando a blusa. Olho para eles, Vince pálido e ela de boca aberta

- O que houve? - Geneviève pergunta

- Veneno.

- Não é veneno - Vince se levanta e segura minha mão. Uma arma é apontada para sua cabeça.

- Solte-a ou estouro seus miolos

- Preciso conferir algo - ele não se move, mesmo sobre a ameaça - Por favor?

- Tudo bem Tayler - o tanquilizo.

Ele retira a arma. Vince pega uma pequena adaga e fura meu dedo. Uma pequena gota de sangue se forma, ele então põe na boca.

- Como eu pensei. Não é veneno apenas, tem sangue de Demônio Maior misturado. Seu corpo está reagindo a ele, talvez seja por isso que eu tenho sentido você...

- Ow - Tayler interrompe - você é um demônio?

- Achou que fosse um anjinho? - ele fala irônico.

- Chega. O que pode me acontecer?

- Seu corpo vai morrer, sua essência sumir, um monte de coisas. - ele olha o relógio - precisamos ir.

- Tudo bem. Obrigada - abraço ambos.

- Não precisa nos acompanhar. Nos vemos por ai!

Eles saem, fechando a porta suavemente. Tayler está sentado com as mãos na cabeça. Me sento no chão à sua frente e ponho a mão no seu joelho.

- O que foi?

- Você morre no fim - ele sussurra - isso não é justo.

- Talvez seja esse o meu destino - eu já estava conformada.

- Nós fazemos o nosso destino.

Ele não sabia que eu poderia ter uma saída, que eu poderia sobreviver. Eu iria para o Clã, faria o que eles quisessem e descobriria uma maneira de acabar com eles. Tayler tinha um olhar estranho, que não combinava com seu rosto esculpido. Sem perceber, ponho a mão em seu rosto. Ele suspira e enclina a cabeça.

- Deus. Eu sinto muito - parecia que ele travava uma batalha interior.

- Pelo o ... - ele segura meu rosto e cola os lábios no meu, me interrompendo. Levo um segundo para relaxar e retribuir. Coloco minhas mãos em seu cabelo, puxando como eu queria fazer desde o dia do baile, ele geme e aprofunda o beijo, massageando minha língua lentamente. Ele tinha gosto de avelã e cigarros. Ele me levanta e põe em seu colo sem interromper o beijo. Tão rápido como começou, ele nos afasta.

- Desculpa - ele fala ofegante, ele arregala os olhos e me afasta, ficando de pé. Cinco segundos depois o Alan entra e olha de mim para ele.

- Tudo bem aqui? - ele pergunta, inspecionando nós dois. Gostaria de saber como eu deveria estar aparentando.

- Sim. Nada acontecendo - Tayler responde

Nada acontecendo? NADA!? Então o que diabos aconteceu?

- Nada acontecendo - passo pelo Alan e vou para o meu quarto.

A noite havia caído e nem ao menos eu havia percebido. Seria melhor ir hoje, não poderia correr o risco de ser pega pois aí nunca mais me deixariam só.
Está noite eu voltaria para o Clã.


A Marca dos Caídos - Livro I (COMPLETO)Where stories live. Discover now