- O QUÊ??

- Pois é. Pedi para seda-la porque estava causando dor - sua voz fica embargada - ela vai morrer - sussurra.

- Não vou deixar nada acontecer a ela, não vou deixa-la morrer - cerro os punhos

- Não há nada que possamos fazer - ele responde baixinho.

- Você já desistiu? - pergunto incrédulo.

- Não. Mas o Doutor disse que só um milagre.

- Ela é um anjo. Nunca se sabe.

Em algum lugar da casa toca um celular. Alan franze a testa e se levanta e vai para a porta.

- Acho que vem do quarto dela - escutamos um baque alto e um gemido. Corremos até lá e vemos ela no chão. Seus cabelos desgrenhados cobriam o rosto. Ela ergue a mão para não nos aproximarmos.

Ela segura no móvel para tentar se levantar, mas tomba novamente. Olho para o Alan que me encara de volta. Os ombros dela tremem e um pequeno soluço escapa. Meu coração se aperta como sempre ocorria quando a via chorando.

- Emily... Me deixa... - Alan tenta chegar perto.

- NÃO! Minhas asas, o que aconteceu!? Eu só fico sem equilíbrio se algo acontecer a elas - ela tenta se levantar novamente, dessa vez conseguindo e alcança o espelho. Ela abaixa a alça da blusa e um intricado de veias negras aparecem em suas costas.

- Emily - Alan tenta se aproximar novamente - me deixa...

- Não - ela sussura - minhas asas... Estão morrendo.

Ela cai ao chão de novo, dessa vez soluçando. Me abaixo ao seu lado pondo meus braços ao seu redor enquanto ela me abraça fortemente.

- Eu não irei mais voar, Tayler - ele fala contra o meu peito

- Eu sinto tanto - mover céu e inferno para fazê-la sorrir. A pego nos braços, ela estava mais leve, tinha perdido peso. - vamos dar um jeito. Prometo.

- Não faça promessas que não pode cumprir.

- Então eu prometo cuidar de você.

Ela me olha com seus olhos cinzas brilhantes por causa das lágrimas. Meu deus como eu queria beija-la. Alan limpa a garganta. Havia esquecido que ele estava no quarto. Emily ainda treme com os soluços contidos pela minha camisa já encharcada.

- Senhor ... - um bruxo estava parado na porta desconfortável, esperando o Alan

- O que houve?

- Tem três pessoas no portão principal. Querem falar com a Emily.

- O que são? - pergunto.

- Eu não sei. Os vampiros que estavam de guarda não reconhecem o cheiro de dois, mas disse que um é lobismem. São poderosos pois a áurea deles brilham.

Ficamos em silêncio. Ajudo a Emily a se levantar.

- Eu vou ver o que querem - ela fala.

- Você está fraca ainda - ele vira para o bruxo - reúna os sentinelas e traga-os aqui.

Ele corre para repassar as ordens. Emily se afasta de mim e segue atrás do Alan sozinha. Ela me dá um discreto sorriso antes de descer as escadas.
Chegamos na sala e não demora para ouvirmos a porta da frente se abrir , várias vozes acompanhando. Três encapuzados estão a frente do comboio de sentinelas, seus mantos brancos chamando atenção. Emily arfa e passa correndo por mim, se jogando nos braços do encapuzado mais alto que com o choque do corpo dela deixa o capuz escorregar.

A Marca dos Caídos - Livro I (COMPLETO)Where stories live. Discover now