1. Um novo começo

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Fazem mais ou menos 3 anos que a epidemia começou. Fazem mais ou menos 150 dias que eu me perdi do meu antigo grupo e tenho sobrevivido com um taco de baseball e uma faca.
No momento eu estou em uma árvore, com uns sete ou oito mortos abaixo, tentando me pegar.
Uma flecha rasga o ar e acerta a cabeça de um deles. Uma flecha? Existem sobreviventes por perto?
Logo após a flecha, uma mulher negra e um homem aparecem e matam aquelas coisas lá embaixo.

– Oh pirralha – disse o cara – já pode descer!

Vou ou não vou? Qual seria a garantia de confiar neles?

– Não!

– Ah garota, qual é? A gente não vai te matar!

– Daryl... Ela só está assustada – Disse a mulher – Garota, pode descer! Não vamos te machucar!
Foi exatamente isso que disseram para o meu antigo grupo antes de acabarem com tudo.

– Me dêem uma garantia de que posso confiar em vocês! – Gritei

– Temos comida e água aqui, e podemos te dar um abrigo e roupas quentes – A mulher disse por fim. O que eu tenho a perder? A única família que eu conhecia está morta a essa altura.

– Finalmente. – Disse o homem – Você é bem marrenta garota. Sou o Daryl e esta é a Michonne – ele os apresenta – e você, como se chama?

– Aurora, Aurora Greene Wood.

Ambos se entreolharam

– Ok Aurora, vamos te levar até a prisão - Michonne fala e eu tremo.

– Vocês me disseram que iriam me dar um abrigo. – Disse recuando

– A prisão é o abrigo, mas que garota burra!- O homem diz andando e eu os sigo, não posso ficar sozinha.
Entramos em um carro e fomos a caminho da tal prisão. Durante o trajeto fui tendo flashes da vida horrível que tinha, e das pouquíssimos coisas boas que ela me trouxe. Eu tinha pais que me odiavam e só me viam como um meio de ganhar dinheiro, eles me agrediam e me deixavam sem comer por dias. Sinto falta daqueles que me davam abrigo, principalmente dos meus amigos. Tive poucos momentos bons, mas os meus amigos faziam tudo ficar melhor. Fazíamos parte do mesmo "grupo de sobrevivência" antes do Governador chegar oferecendo uma oferta de paz e ajuda, quando na verdade, só queria acabar com tudo e matar todos. Eu sinto falta deles. Eles eram tudo o que eu tinha, me arrependo muito de não ter aproveitado o tempo escasso que eu tinha com eles. Espero que todos tenham sobrevivido.
Meus pensamentos são interrompidos quando vejo as cercas da prisão. Aperto mais minha mochila e meu taco contra mim

– Chegamos – Michonne disse com um sorriso na voz.

Os portões são abertos e o carro entra.

– Bem vinda a prisão, pirralha. – Daryl disse e eu saí do carro, ele me dava calafrios e um pouco de medo.

– Vamos, vou levar essas coisas para Maggie e vou levá-la ao Rick – Michonne disse. Esse nome me era comum. Maggie, minha tia... Por que você veio a minha cabeça? Como eu sinto sua falta.

– MAGGIE – Michonne grita e uma mulher vem ao nosso encontro. A cara de brava e seus olhos claros me eram familiar... Isso logo me entregou quem ela era.

– Aurora?! Aurora é você?! Não pode ser... A minha Aurora está viva – Ela me abraça o mais apertado o possível. Estou em total estado de choque, fazia muito tempo que a eu não a via, ela estava diferente.

– Tia Maggie, você está viva! Eu não acredito! – digo com os olhos marejados

– PAPAI, BETH...– Congelei, eles também estavam aqui. Meu avô está vivo, Beth está viva! Uma parte de mim está aqui comigo, está bem e não há nada que eu queira mais do que estar com eles de volta. Meu avô me abraça apertado entre as lágrimas. Sentia falta dele, mas nunca entendi o por quê dele ter me proibido de ficar na casa dele. Apesar de que Miria, a minha genitora, sempre mentiu pra mim. Ainda vou descobrir isso, mas não agora. Quero muito aproveitar eles o máximo que eu conseguir.
Eles me levaram até o pavilhão que eles ficavam, pois tinha uma cela sobrando entre a cela de Beth e outra pessoa.

The Final Hope || Carl Grimes (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now