A Entrevista

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(Aviso: Linguagem sexual explícita. Se não gosta ou é sensível a isso, não leias.)

1 de outubro 10h00 da manhã

Acordo com os gritos da minha irmã na cozinha, bufo em frustração e levanto da cama em direção ao cômodo. O cheiro de bolo invade a casa toda, os bolos da minha mãe sem dúvida são os melhores do mundo.

"Bom dia mãe" Sorrio e dou-lhe um beijo na sua testa. "Porque a Sofi está gritando?" pergunto sentando-me a mesa.

"Bom dia filha, ela terminou com o namorado, eu não sei o porquê, ela não quis me contar. "Minha mãe coloca um pedacinho de bolo na mesa.

"Vou falar com ela. Onde ela está?"

"No quarto filha."

Subo os pequenos degraus da minha pequena casa em direção ao quarto da minha irmã Sofi.

Bato na porta mas ela não responde, ouço os choros dela por traz da porta.

"Eii, calma me diz o que aconteceu." Chego pertinho dela e a abraço, como eu sempre faço quando ela chora.

"O que não aconteceu." As lágrimas percorrem a todo seu delicado rosto.

"Ele queria aquilo... ele queria que eu me deitasse com ele... mas eu recusei... e ele terminou."

Oh meu deus. Odeio garotos assim, que só namoram por causa de sexo. É errado eu acho. Não sei muito sobre sexo, mas as pessoas agem como se fosse a melhor coisa do mundo. Não deve ser assim tão bom. Os garotos devem respeitar a decisão da menina, e se ela recusar, pelo menos tentar conversar e não ir logo terminando.

"Ei você fez o certo, irmã você só tem quinze anos, é muito nova para isso. Não chora, ele não merece que você derrame lágrimas por causa dele." Sorrio tentando acalma-la.

"Olhe para você. Você é linda Sofi, seus olhos são lindos sua pele é bonita, você tem um corpo lindo, e muitos garotos morrem por você. Não chore por ele, pegue outros e mostre quem é que manda." Ela limpa suas lágrimas e me abraça.

"Kaki, eu queria ser que nem você, você é a pessoa mais linda do mundo. Seus olhos castanhos são tão lindos, o seu sorriso é capaz de curar Câncer, sua pele morena e seu corpo perfeito, e você nem faz esforço. Eu sou só uma garota de olhos pretos. Até seu nome é perfeito, e olha você tem uma bunda de tirar um homem do sério." Ela resmunga e riu.

"Mas quem namorou e tem milhares de garotos atrás não sou eu, pelo contrário sou uma grandalhona virgem e sem ninguém." Riu e limpo um pouco do seu rosto.

"Não exagere, a culpa é sua por ter essa coisa de Irei ter minha primeira vez com a pessoa perfeito e certinha. Esse é muito isso... aquela é muito aquilo" Ela ri e bato-lhe no braço devagar. "E não conta para a mamãe beleza?" Ela estende a mão para que eu possa bater.

"Beleza"

"Obrigada. Vamos descer estou com fome."

(...)

"Querida telefone para você." Ouço minha mãe falar do outro lado da cozinha. Telefone para mim? Pulo do sofá e vou em direção a cozinha.

"Eii princesa, espero que seja uma garota seja uma garota lhe convidando para sair." Sofi grita e bato-me mentalmente por ter uma irmã tão popular.

"Olá, quem fala?" pergunto.

"Boa tarde, desculpe o incômodo, aqui quem fala é Clara Jauregui."

Não faço a mínima ideia de quem seja.

"Você é a Camila?" A que está à procura de um emprego?" A voz da mulher soa simpática pelo telefone. Será que ela vai me oferecer emprego?

The Nanny [Camren] > Cancelada <Onde as histórias ganham vida. Descobre agora