Onde isso vai dar?

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O dia começa chuvoso, deixando a manhã de Sábado fria e preguiçosa. Por mim, passaria o dia na cama. Mas meus pais chegaram hoje e vou busca-los no aeroporto. Vieram duas semanas antes do combinado. Meu pai disse que minha mãe havia desmaiado e que isso aumentou nos dias seguintes. Sinceramente, sabiamos que dona Scar precisava de um médico e rápido, mas a mesma se recusava a estragar as férias e usava o cansaço como desculpa para emcobrir as dores e mal estar que sentia.
Assim que recebi o recado da volta deles, fiz um mutirão de limpeza e deixamos a casa um brinco. Chamei as garotas, Maxon, André e seu irmão. Gregório Renald havia chegado a uma semana e rápido conquistou a todos, principalmente Jenny. Não sei, mas sentir algo entre os dois. E se for preciso até dou uma ajudinha ao cupido.
Maxon continuava sendo o único ali que sabia sobre a doença da minha mãe. Quando saimos na semana passada, ele me mostrou ser uma pessoa confiável. Confesso que irritante, mas nada que uns tapas não resolvam. Não quero que ele tenha esperanças comigo.. Avisei que não estava preparada para nenhum relacionamento e espero que ele tenha entendido. Não posso me ocupar com nada,tendo minha mãe precisando 100% de mim.

Chego no aeroporto uma hora antes, Maxon se ofereceu para me trazer, e com ele ai, acredito que já haverá um pouquinho de animo para minha mãe. Talvez à faça bem vê-lo aqui.

Decidimos esperar pelo avião no desembarque, alguns minutos e nada, pareciam séculos.

- Por que viemos tão cedo? -pergunto pro babaca ao meu lado, que não para de mexer no celular.

- Para evitar o trânsito. Já disse, Jú. - ainda sem olhar pra mim, responde como se eu já tivesse feito essa pergunta várias vezes...tá! É verdade. Mas não gosto de esperar e sem contar a saudade que estou da minha familia.

- Já sei, já sei...Está chovendo -digo a última parte bufando. Sim, ele já havia me dito isso o caminho inteiro;que era bom sairmos cedo pois com a chuva era ruim de dirigir e evitar trânsito é sempre bom. Mas estava ficando entendiada,já fazia 20 minutos que estavamos sentados somente esperando.

- Maxon? -chamo. Ele finalmente tira o olha da tela e olha pra mim.
- O que tanto você mexe ai? -digo apontado para o celular em sua mãe.

Maxon sorrir maliciosamente. Esse cara é babaca mesmo, olha. Ele olha pra mim e balança a cabeça, voltando novamente a atenção pro que fazia antes.

- Qual é Maxon? - falo. Faço menção de puxar o celular, mas ele é mais rápido e distancia o aparelho. Com a vontade que fui de pegar o celular, acabo caindo com as mãos no seu peito. Quando levanto meus olhos, o rosto de Maxon está sério. Seu olhar vai dos meus olhos à minha boca e o mesmo acontece comigo. Antes que perceba ele se aproxima e já bem perto de mim com um olhar de desejo... já sei onde isso vai dá se não fizer nada. Com um movimento super ninja volto pra poltrona ao seu lado.
- É bem safadeza. -comento dando risada. Não era uma piadinha pra ter graça, era apenas uma tentativa de mandar para bem longe o silêncio que provavelmente ficaria entre nós.
Maxon olha meio atordoado, mas acaba sorrindo.

- Ciúmes Jú? -pergunta com a sobrancelha erguida. Sorrindo esperando pela minha reação. Mas não é assim..Eu te conheço Maxon. Se quer jogar, vamos jogar!

- Sou possessiva Maxon. -digo séria. Ele sorrir com minha resposta e se aproxima para me dar o celular.

- Bom saber. -comenta bem próximo do meu ouvido me fazendo arrepiar. Até meu corpo me trai.
Pego o celular e ligo a tela. Não. Só podia vir dele uma coisa dessa. Maxon não deixava de me surpreender.

- Sério? Você estava jogando? -pergunto séria. Ele sorrir meio sem graça, me fazendo cair na gargalhada.

- Jú, para. Estão olhando. -diz me repreendendo por esta rindo alto no aeroporto. Mas não tinha como parar, esse cara é uma piada.Ele estava sério esse tempo todo e isso tudo por conta do jogo. Era o fim.
Estava ficando sem ar, nem conseguia responder a ele de tanto rir. Do nada o mesmo se levanta.

Pocha, ficou chateado?!

Levanto para pedir que o mesmo deixe de ser criança, mas antes que abra a boca, sou surpreendida por seus braços me puxando contra seu corpo. Um sorriso nasce em seu rosto. Em seguida sinto seus lábios nos meus e o que começou com um beijo calmo, termina como um beijo desesperado, como se os meus lábios necessita-se dos dele. Nos afastamos por falta de ar, ainda de olhos fechados, sentindo seus dedos acariciando meu rosto. Seus lábios encontram o meu mais uma vez e logo perco seu contato. Assim que abro os olhos ele está na minha frente sorrindo, talvez tentando que nem eu absorver cada momento. Quando penso em abrir minha boca, ouço alguém me chamando.

- Filha! -mamãe me chama para um abraço de urso.

Desde que haviamos entrado no estacionamento, mamãe não parava de fazer perguntas sobre nós dois. Maxon dizia que estamos nos tornando amigos e eu agradecia mentalmente por cada resposta inteligente que ele dava. Ora, só foram uns beijos, que estavam se repetindo com frequencia.
Não demora muito para chegarmos em casa, Maxon nos deixa e decide ir embora, diz que minha familia estava de volta e que depois conversariamos sobre o que houve no aeroporto. Assim que me despeço de Maxon, nos reunimos para jantar e conversar sobre a viagem. Minhas irmãs comentavam alucinadas sobre como nossos avós estão com saudades e como tudo está lindo. Mas não entendia muito... Será que nossos avós sabem sobre a doença da mamãe?! E minhas irmãs?

Seguindo meus extintosWhere stories live. Discover now