Apenas o começo

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Passamos a noite conversando. Dona Katy não comentou nada sobre minha mãe, me deixando aliviada . Sabia que cedo ou tarde teria que contar as garotas, mas
esperaria o máximo possível para contar. Dormimos todas na sala, botando colchões ali. Acordo com meu celular tocando. Olho para vê se não acordou ninguém e levanto para atender na cozinha.

- Oi? - digo assim que atendo.

- Filha, saudades! - ouço a voz da minha mãe e me acordo de vez, sorrindo. Nossa, sentia falta dessa
voz.

- Mãe! Que saudades. - digo sorrindo. - Como está a viajem?

- Está ótima, filha. Seu pai está mais calmo. - diz rindo. - Suas irmãs estão amando.

- Que ótimo, mãe! - digo feliz. O que mais queria era o bem estar da minha família e saber que estavam felizes me deixava mais que feliz.

- Falta você aqui filha. -diz em tom baixo. - Mas com está aí meu anjo?

Confesso que queria está lá com minha família. Sinto sua falta mãe.

- Está sendo divertido, mãe. Agora temos mais uma visitante, Dona Katy. Lembra dela? -pergunto a ela.

- Sim, filha. Ótima pessoa. -diz falando sobre Katy.

- Mãe e o papai, onde está? - pergunto. Mas se conheço bem meu pai, devia está dormindo. Ultimamente, seu Joseph não dormia, só se preocupava com minha mãe e sempre me informava de tudo.

- Ah, seu pai está....- mamãe não termina a frase. Escuto um barulho de algo caindo.

- Mãe? - pergunto mais alto, mas não recebo nenhuma resposta. Pergunto novamente e escuto a voz do meu pai. Não entendo o que ele diz e a ligação
é encerrada.

Continuo com o celular no ouvido sem reação. O que aconteceu? Por que não continuaram a ligação? E se
foi o sinal? Meu Deus, preciso de resposta. Preciso saber como minha mãe está.

***********************************
Passei a manhã tentando falar com alguém, mas nada. Liguei para Maxon e pedi que viesse me ajudar, pois estava agoniada. As meninas saíram com Katy para visitar a cidade. Fiquei agradecida, pois não estava nada bem para sair e nem para explicar por que não contei sobre a doença da minha mãe.

Era quase 13:00 da tarde quando Maxon chega no flete. Assim que abro a porta pulo em seus braços chorando. Ele me aperta mais para me acalmar.

- Ela...ela não pode me deixar - digo chorando abraçada a ele.

- Calma. Vai ficar tudo bem! - diz me apertando mais forte.

Me afasto um pouco depois de um tempo e dou passagem para entrar, fechando a porta. Ele me olha e me chama para sentar no sofá. Ainda
chorando deito no sofá com a cabeça nas suas pernas. Maxon faz carinho no meu cabelo e continua.

- O que houve?

Lhe conto como aconteceu e me escuta atentamente. Depois de um tempo faz um chá e traz. Nem havia percebido que tinha entrado na
cozinha, assim que me entrega a xicara e volta a fazer carinho nos meus cabelos. Me sinto pesada, um caco. Meus olhos estão lutando para fechar, faço o possível mas acabo perdendo e o cansaço me ganha.

Seguindo meus extintosWhere stories live. Discover now