- Eu já disse quem era.
- Olha, eu preciso voltar. Você precisa me ajudar!
- E por que - ele ergue uma sobrancelha - você acha que eu teria esse poder? Não gostaria de ficar aqui?
- Não, eu quero voltar e concertar as coisas.
- Saiba que para voltar, a sua essência tem que querer isso. Caso contrário ficará presa entre os mundos eternamente
- Irei correr o risco - por fora eu estava mais segura do que por dentro.
- Ótimo. E quando volta, se voltar, ainda estará com veneno correndo nas veias. Boa sorte!
Ele levanta a mão e uma dor rasga meu peito, tão rápido que grito e tusso muito. Sinto alguém me segurar e me chacoalhar , por instinto empurro a pessoa para longe.
- Tá ficando doido?
- Emily!? - a voz do Alan me desperta de vez, mas me sinto fraca para ter alguma reação. - você está bem?
- Sim e não. Estou com sede.
- Eu pego - Tayler fala.
Tento me levantar mas não consigo, o Alan me ajuda e me apoia no braço do sofá, um copo é posto na minha boca e eu bebo a água avidamente. Levanto o olha e percebo que ambos estavam me encarando assustados, Alan com vestígios das suas lagrimas rubras no rosto. Memórias do encontro com o Aydan e do que a estatua falou me vem a mente, eu estava dando valor ao irmão errado. Se fosse verdade o que eu pensava, o Aydan tinha nos traído e o Alan fôra o único que tinha permanecido do meu lado apesar de tudo.
Por que eu demorei tanto tempo para notar isso?
Um turbilhão de emoções entram em conflito dentro de mim e lágrimas caem livremente, Alan olha para mim assustado. Eu não o culpo, tinha virado uma bebê chorona. O abraço forte mas ele permanece quieto.
- O que? - olho para ele - desaprendeu a abraçar?
Ele olha para mim e me puxa para um abraço de urso.
- O que aconteceu com você hoje? Eu fiquei tão preocupado. Pensei que tinha perdido você também - sua voz fica embargada e mais lágrimas descem.
Abro os olhos e vejo o Tayler nos observando, estico a mão e ele a pega sorrindo. Alan me afasta.
- O que aconteceu?
- Eu fui envenenada.
- O que!? - Tayler se senta no chão próximo a mim.
- Aquela bala que me atingiu, estava envenenado com Roza Negra.
- Roza Negra? - Tayler me encara chocado.
- O que é isso? - Alan o encara.
- Um veneno letal não só para anjos como também para qualquer outro Sobrenatural, produzido por um bruxo que atualmente está no Clã.
- Como sabe disso tudo? - pergunto.
- Um sentinela já foi morto por isso.
- Então não tem antídoto ?
- Não que eu saiba.
- Que ótimo!! - esfrego o resto.
- Emily? - olho na direção do Alan - o que aconteceu na floresta?
Engulo em seco. Falo a verdade? Ou descubro por mim mesmo?
- Acho que ... - minta. A voz da estatua volta a mente - que... Que vi Monroy.
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A Marca dos Caídos - Livro I (COMPLETO)
FantasyO mundo em que vivemos é repleto de mistérios que meros olhos humanos não poderiam compreender. Anjos, demônios e seres distintos que por muito tempo habitaram em mitos e mitologias vivem na realidade de Emily Danver. Diferenciada de todos, Emily é...
CAPÍTULO IX
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