Capítulo 17 - pt. 02

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— Como é que é? – irritou-se o mauricinho. — Repete o que acabou de dizer. – aproximou-se tentando intimidá-lo.

— Não entendeu? – Ramon sorriu erguendo a cabeça, demonstrando que não tinha um pingo de medo dele . — Quer que eu repita palavra por palavra, ou prefere que eu soletre?

Isso foi o suficiente, para começarem os empurrões entre eles.

— Parem, por favor. – implorou a moça entrando no meio deles, deixando seu buquê de flores cair. Só que esse pedido foi em vão.

— Ramon, Edu, parem! – pediu de novo, tentando separá-los do embolo.

De nada adiantaram os seus pedidos, os dois continuaram se atracando com aquela brutalidade masculina.

Sem alternativa, a moça gritou bem alto: — PAREM AGORA!!!

Com esse berro, ambos se assustaram e voltaram seus olhares para ela, que continuou no mesmo tom de voz: — EU AMO O NATAL, CONTO DIA POR DIA PRA CHEGAR ESSA DATA QUE É TÃO ESPECIAL PRA MIM, E OLHA O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO!!!! ESTÃO DESTRUINDO TUDO!

A moça começou a chorar e correu para o meio das muitas árvores que havia por lá.

Diante disso, os rapazes finalmente perceberam que pegaram pesado, mas mesmo assim, não deixaram de trocar farpas.

— A culpa é toda sua seu idiota! É sempre você estragando tudo. – disse Ramon furioso.

— Culpa minha? – apontou para si próprio. — Você que está no lugar errado, na hora errada. – revoltou-se Edu.

— Eu não vou ficar aqui discutindo com você. Vou procurar a Keylli. – Ramon disse decidido.

— Eu vou encontrá-la primeiro e vou levá-la comigo.

— Isso é o que vamos ver.

Ambos entraram por dentro das árvores, gritando pela moça.

— Keylli, onde você está meu amor? – gritou Edu.

— Key, me perdoa. Apareça, por favor. – gritava Ramon.

Essa gritaria toda só não foi ouvida pelos convidados, porque a música estava bem alta, porque se não, uma confusão bem maior estaria formada.

A gritaram, a berraram, a chamaram, a procuraram, mas não se distanciaram um do outro. Nenhum dos dois queria correr o risco de perder a moça de vista. Muitos minutos e minutos depois, a moça finalmente resolveu aparecer.

— Prometem conversar como homens adultos? Sem infantilidade ou briguinhas bestas? – perguntou ela saindo de trás de uma árvore.

— Prometemos. – disse Ramon.

— Ei, não responda por mim. – reclamou Edu.

Keylli revirou os olhos e pensou: "Ai o Edu... Por que ele é sempre tão infantil"?

Ao ver a expressão de descontentamento da jovem, ele resolveu se retratar para não ficar mal na história.

— Tá, tudo bem. I promisse. – levantou a mão esquerda em sinal de juramento.

Ela aproximou-se deles, os olhou por uns segundos e disse ainda meio abalada com tudo o que aconteceu: — Não quero que briguem. Não posso ver vocês desse jeito. Gosto muito dos dois, e tenho consciência de que nunca se darão bem, mas por favor... Respeitem o meu sentimento.

— Tudo bem Key, tem razão. Me perdoa? – pediu Ramon.

A moça retribuiu o pedido com um sorriso.

Meu Conto Não é de Fadas - 2° Edição - COMPLETOWhere stories live. Discover now