Capítulo 6 - A inimiga

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Capítulo VI

A Inimiga

Na segunda-feira pela manhã, Keylli estava varrendo a casa quando Malu chegou para perturbá-la.

— Bom dia! E aí, como foram seus supostos passeios com o Ramon? – Malu jogou-se no sofá.

— Normal. – Key respondeu indiferente.

— Normal? Como assim? – indagou a filha de Dolores, levantando-se.

— Normal, como qualquer outro passeio. Por que você está tão interessada em saber sobre nós dois? – Keylli colocou uma mão na cintura, incomodada pelo grande interesse de Malu em querer saber de sua vida.

— Por nada não. Olha, ali tá sujo. - disse ela mudando de assunto e apontando para um canto da sala.

— Mas eu já varri ali. – afirmou Keylli, conferindo seu trabalho.

— Olha de novo. – insistiu.

Malu que estava comendo biscoito de chocolate, despejou todo o pacote no meio da sala e disse bem alto com a voz um pouco alterada: — Vê se aprende a trabalhar direito!

Depois dessa atitude ridícula, ela foi para o seu quarto e Keylli ficou lá reclamando sem entender nada sobre esse ato bizarro.

Em seu quarto, Malu pegou seu notebook, esparramou-se na cama e começou a escrever em seu blog na internet, o seguinte desabafo:

"O maior prazer da minha vida é dar um jeitinho naquelas pessoas indesejáveis que me atormentam".

Ao terminar de escrever isso, ela parou e refletiu:

— Aff! Eu não acredito que estou perdendo meu precioso tempo escrevendo sobre a empregadinha. – apertou a tecla backspace e apagou a frase.

— Acho que vou anunciar meu violão nos classificados da cidade, pra ver se consigo vendê-lo mais rápido.

Malu entrou no site e deu uma olhadinha nos anúncios, até que um lhe chamou atenção.

— Hum... Novo anúncio nos classificados do amor. Vejamos: — "Sou homem branco, bonito (...)". Esse número de celular não me é estranho. – disse verificando sua agenda telefônica no celular.

    — Ah! Já sei! – vibrou ao descobrir. — É o telefone do Edu. Engraçadinho ele! Pra quê quer uma namorada? Para avacalhar, é claro! Eu não estou interessada nele apesar de ser um gato, mas já sei quem está. – Malu mordeu os lábios com um sorriso malicioso.

 Eduardo estava no banho cantarolando o refrão da música de rock "In the end" da banda Linkin Park na maior empolgação, sentindo-se um super guitarrista, quando seu celular (que estava no lavatório) começou a tocar.

— A essa hora da manhã? Só pode ser o Giovanne. – pensou ele, pegando a toalha para se enrolar e atender a chamada.

— Alô, quem fala? – perguntou ao ver o número desconhecido.

— Oi, tudo bem?

— Tudo. – Edu se surpreendeu, quando ouviu a voz feminina do outro lado da linha.

— Quem está falando? - o playboy perguntou.

— É que eu li seu anúncio nos classificados do amor e estou muito interessada em você. - disse com voz manhosa.

— Sério? – Eduardo animou-se. — Legal! Como você se chama?

— Keylli e você?

— Eduardo, mas pode me chamar de Edu.

Meu Conto Não é de Fadas - 2° Edição - COMPLETOKde žijí příběhy. Začni objevovat