Capítulo 11 - Continuação

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(RAMON NA FOTO)


Percebendo o clima de "amor com ressentimentos" que ficou, Eduardo deu um jeito de quebrá-lo: — Se quiser continuar aqui importunando minha namorada, a gente pode resolver na mão.

A moça é claro, tratou de impedir esse tal acontecimento: — Não! Vocês não vão brigar, ok? Isso é ridículo! Vamos fazer o seguinte: Edu, vai pra casa, amanhã a gente conversa. E eu e o Ramon vamos ir embora também.

Edu não gostou nada disso e prontamente rebateu: — Vocês vão ir embora juntos?

— Não é isso, amor. - amenizou ela.

— É isso sim. - intrigou Ramon.

— Para, Ramon! – pediu Key, acalmando o "namorado". — Edu, eu vou com ele porque moramos na mesma rua, e você está alterado demais pra ficar dirigindo seu carro pra cima e pra baixo, isso me deixa preocupada. Você sabe que eu só gosto de você e de mais ninguém.

— Mas, amor... – ele tentou contestar, reprovando totalmente essa sugestão.

— Não confia em mim? – perguntou com doçura, aproximando-se pondo as mãos em seus ombros.

— Claro que confio, meu amor.

Ele segurou o rosto dela carinhosamente, deu-lhe um selinho demorado e ela o correspondeu meio surpresa com essa atitude inesperada. Ramon é óbvio, não gostou nada do que viu e bufou olhando para o lado.

Depois do beijinho, Edu despediu-se de sua "namorada".

— Boa noite! Se cuida. – Eduardo beijou sua mão.

— Amanhã eu te ligo. - Keylli disse.

Edu pegou o seu carro que estava estacionado próximo à praça e muitíssimo contrariado, seguiu o seu caminho para casa. Ele só aceitou essa condição, por medo de perder o controle, se envolver em confusão e como consequência perder a confiança de seu pai. Mesmo achando Keylli linda e legal, ele não sentia grandes sentimentos por ela... Ainda.


Enquanto isso, Keylli foi embora caminhando junto com Ramon. Ele, porém, não deixou de tocar no presente assunto.

— É, parece que o amor de vocês está bem forte. Há quanto tempo você me traía?

— Não seja tonto, só namoramos por três dias. - Keylli não conseguia controlar sua revolta.

— E só por isso acha que tem o direito de me trair? - Ramon também estava bem esquentadinho ainda.

— Ramon, quantas vezes eu tenho que dizer que não te traí? - a jovem já estava ficando sem paciência.

— Está falando sério? - eles reduziram os passos, se olharam, e Keylli decidiu:

— Eu vou te contar toda a verdade.

— Sou todo ouvidos. – se dispôs o rapaz.

— Lembra que eu te contei que fui numa entrevista de trabalho, e chegando lá era pra ser namorada de um cara?

— Lembro.

— Então, esse cara é o Eduardo.

— Espera aí Keylli, deixa eu vê se entendi... Você gostou tanto assim dele a ponto de preferir terminar tudo comigo?

— Não é nada disso, Ramon. Deixa eu terminar.

— Então termina, porque eu já não estou entendendo mais nada. – colocou as mãos no bolso da calça.

Meu Conto Não é de Fadas - 2° Edição - COMPLETOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora