Warning!

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– Eu descobri uma pista do meu doador!

Engoli em seco e tentei sorrir, eu não esperava que ela iria descobrir assim tão rápido.

– C-Como você descobriu Camz? – Olhei pra ela e senti meu corpo todo suar frio, eu não estava preparada pra isso.

– Ah... Eu fui no hospital hoje e acabei entrando no banco de dados e encontrei algumas informações sobre ela – Camila sorriu largo e eu senti meu peito se apertar, não suportava mentir pra ela.

– E o que você descobriu? – Dei um meio sorriso e ela suspirou.

– Só descobri o seu sobrenome, no momento que iria ver o seu nome, uma das enfermeiras entrou na sala – Arregalei os olhos, eu iria morrer agora! – O engraçado que ela tem o mesmo sobrenome que você Lolo – Riu mas me olhava fixamente e eu só  sentia minhas mãos tremerem.

– O-O quê? – Ela franziu o cenho.

– Por que você está tão tensa Laur? Existe várias pessoas que tem Morgado como sobrenome, até parece que você iria ser a minha doadora – Camila riu novamente e eu fiquei incomodada.

– E se eu fosse Camz? O que iria acontecer? Ficaria realmente com raiva de mim, como me disse antes? – Ela negou um pouco surpresa.

– Não, não! Eu só ficaria chateada com você por não ter me contado – Me abraçou fortemente, senti que ela escondia algo, mas preferi não perguntar nada. – Você seria capaz de fazer isso por mim Lolo? – Ela se afastou para me olhar e eu sorri largo.

– Isso e muito mais, Camz – Ela me abraçou e escondeu o rosto na curva do meu pescoço.

– Lolo... Se não quiser me ajudar, eu irei entender. Eu só quero conhecer muito a minha doadora – Dei-lhe um beijo em sua cabeça e apertei-a mais contra o meu corpo.

– Eu irei te ajudar, prometi que iria e você sabe como sou com promessas, Camila  – Falei firme, Dinah iria ter um grande trabalho.

– Então amanhã iremos no hospital, ok? – Falou contente e eu continuava desconfiada com essa atitude dela.

Confirmei com a cabeça e Camila se levantou rapidamente indo até o seu quarto, aproveitei para ajeitar a nossa pequena bagunça enquanto ela não descia. Limpei tudo e suspirei.

Por que é tão difícil me declarar pra ela? Parece ser tão fácil mas ao mesmo tempo é tão difícil...

Senti pequenos braços abraçarem minha cintura e sorri começando a fazer um carinho em suas mãos.

– O que você está pensando? – Sussurrou e eu sorri me virando para vê-la.

Me engasguei quando a vi de pijama, Camila usava uma camisola curta, dando uma visão perfeita de suas pernas torneadas, senti meu membro pulsar em minha calça e voltei meu olhar ao seu rosto.

Vi que ela sorria docemente e me abraçou, seu corpo colado ao meu só fazia minha situação piorar, senti ela sorrir ainda mais e me apertar contra ela.

Com certa dificuldade, consegui me afastar dela e sem falar nada corri para o meu quarto, tranquei a porta e fui para o banheiro, precisava urgentemente de um banho.

(...)

Passei cerca de vinte minutos dentro do banheiro, depois de me certificar que não estava mais excitada, saí do quarto e escutei a campainha da nossa casa tocar, e não me importei, esse horário Normani e Ally sempre apareciam para ficar horas conversando com Camila, enquanto eu era obrigada a ficar escutando as três conversarem sobre coisas, dizendo elas, femininas.

Parei no corredor pra mandar uma mensagem para Dinah, teria que avisá-la logo antes que a Camila apareça.

"Dj, Camila e eu vamos ao hospital amanhã, espero que esteja naquela sala antes de nós duas, para iniciarmos o nosso plano."

Não demorou muito para receber uma resposta.

"Camila me contou sobre ter encontrado uma pista. Temos que agir rápido, antes que ela descubra que tem Jauregui no Morgado...Não se preocupe Laur, eu farei tudo o que for preciso....
Boa noite A4!"

Revirei os olhos e bloqueei a tela do meu celular, logo escutei a voz de Camila.

– Austin?! O que você faz aqui? – Percebi que seu tom era surpreso. Meu corpo ficou tenso e uma raiva se fez presente em meu corpo, cerrei os punhos para tentar me acalmar.

– Volta pra mim Camz, eu te amo e eu errei em fazer aquilo com você! – Sua voz estava arrastada e embargada, sinal que ele estava completamente bêbado.

– Não! Você me traiu e ainda falou que só queria transar comigo – Sua voz saiu firme e sorri de lado, pelo menos uma coisa ela aprendeu comigo – Me solta, Austin! – Desci as escadas praticamente correndo e quando cheguei na sala, vi Austin tentando beijar Camila enquanto ela tentava a todo custo se esquivar.

Andei até onde os dois estavam e puxei-o pela gola da camisa e joguei ele com força contra ao chão.

Olhei para Camila e percebi que seus olhos estavam marejados.

– Olha se não é a aberração Jauregui – Ele riu sarcástico e eu o encarei. – Pessoas como você deveriam morrer, o mundo ficaria melhor! – Me olhou com nojo e eu me aproximei dele dando um soco certeiro em seu rosto, passei a desferir inúmeros socos, fiquei por cima dele e continuei, Austin tentava desviar mas era em vão.

– Eu não me preocupo com o que você diz ou com o que você pensa, eu só me preocupo com a Camila, você a machucou seu merda! – Falei enquanto acertava cada vez mais o seu rosto.

– Você só faz isso, porque a Camila não te ama como você quer que seja, ela só quer ser sua amiga... triste, não é? Você nunca vai ter o amor dela Lauren – Ele gargalhou e acertei o seu rosto com um soco forte, que o fez cuspir sangue. Escutei um grito e me virei ofegante em direção a Camila.

– Lolo, para... Por favor – Ela soluçava e eu corri até ela, esquecendo aquele imbecil no chão – M-Me abraça – Ela segurou a minha blusa com força e me puxou para mais perto dela, sem questionar agarrei o seu corpo e a puxei para mais perto de mim, deixei ela chorar livremente e fiquei ali lhe confortando, depois que parou me afastei dela lhe dando um casto beijo em sua bochecha, o que a fez suspirar.

– Fica aqui, ok? – Ela assentiu com a cabeça baixa e eu me afastei indo em direção ao garoto jogado no chão.
Peguei-o pela blusa de novo e caminhei em direção a porta, abri a mesma e empurrei-o, fazendo ele cair no chão novamente.

– Se eu souber, que você anda cercando a Camz, eu posso ir pra cadeia, mas eu mato você! Está me escutando? – Ele assentiu freneticamente e sorri de lado – Gayzinho! - Fechei a porta imaginando tê-lo deixado com raiva e tranquei-a, me virei e vi que Camila continuava no mesmo lugar, encolhida enquanto tremia levemente, suspirei e fui até ela, carregando-a logo em seguida.

Camila não gostava de me ver brigando, dizendo ela, ela não suportaria em me ver machucada, mas eu não me importava com isso quando a pessoa que amo pode se machucar.

Cheguei na porta de seu quarto e ela me apertou mais, enquanto murmurava alguma coisa.

– O que foi Camz? – Falei preocupada.

– M-Me leva pro seu quarto, e-eu não quero dormir sozinha – Sussurrou e eu assenti, logo indo em direção ao meu, entrei no mesmo e caminhei até a minha cama, deitei ela delicadamente e beijei sua testa. Deitei ao seu lado e a puxei para se aninhar ao meu corpo.

– Lolo...

– Hum?

– É verdade o que o Austin falou?  Sobre você gostar de mim? – Abracei ela e suspirei enquanto fazia um carinho em suas costas.

– Ele estava bêbado Camz, não acredite nele – Ela assentiu suspirando e escondeu o rosto em meu pescoço, fiquei fazendo carinho em sua costa até sentir sua respiração ficar calma. E acabei adormecendo com ela em meus braços.

My Everything (G!P) [Reescrevendo]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora