Capítulo 13 - O encontro

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— Então vai lá minha filha, bom trabalho. Se cuida!

— Vocês também.

Com a mesma rapidez com que atendeu o celular, Keylli o desligou. Ela queria logo terminar com essa conversa delicada.

— Ufa, essa foi por pouco! – arfou aliviada. — Eu não podia contar a verdade pra minha mãe. O que ela iria pensar de mim? – se justificou na tentativa de sentir-se menos mal. — Acho melhor eu ir arrumando logo essa casa, antes que geral acorde e tumultue o ambiente.

Ela se levantou e pôs as mãos na massa. Queria fazer tudo cedo para ter mais tempo para si mesma.


Um pouco mais tarde, em seu quarto, Edu conversava com Giovanne sobre a noite anterior. O rapaz por sinal ainda estava muito cabisbaixo.

— O que você tem? Tá com uma cara... - perguntou Giovanne acomodando-se na cadeira macia da escrivaninha.

— Estou muito mal, cara. A minha família me fez passar o maior vexame da minha biografia. – reclamou o rapaz sentado na cama.

— O que houve?

— Eles contaram todos os meus podres para a Keylli. Disseram o quanto eu era pegador e perguntaram se ela não tem medo de levar um chifre. – enumerou revoltado.

— Cara, sua família é infernal. Como consegue conviver com eles? Naquele acampamento em que foi geral, eu iria vir embora. Só não parti, porque não tem condução no meio do mato.

— E isso não foi tudo. - lamentou Edu balançando a cabeça.

— O que mais a convenção das bruxas fez?

— Disseram que eu nunca trabalhei e que eu vou ser pra sempre o "filhinho do papai". Isso foi a maior queima de filme.

— Você também podia mudar isso né, Edu?

— É, mas você também nunca trabalhou.

— Isso é, mas eu não tenho uma família infernal que faz questão de me envergonhar na presença de uma gata como a Keylli.

— Ei, mais respeito com a minha namorada. – Edu ordenou indignado.

— Você está levando isso à sério demais. – observou Giovanne.

— Impressão sua.

— E ela? O que fez diante de tudo isso? Deve ter ficado pasma, assustada, horrorizada... – Giovanne contou nos dedos sendo interrompido.

— Ela me defendeu o tempo inteiro e me compreendeu. – o playboyzinho sorriu ainda anestesiado pela aproximação que tiveram.

— Sério? – Giovanne fez cara de surpresa. — Eu no lugar dela jamais voltaria nessa casa. Se bem que nada disso é verdade mesmo...

— Pois é, mas... A Keylli é incrível! Diferente de todas as garotas com quem já estive. – suspirou Edu.

— Peraí, deixe-me ver se eu entendi. – ele enrugou a testa, querendo compreender a situação. — Ela defende você, você elogia ela... Ih, pronto! Estão gamados um no outro. – concluiu o amigo sorrindo.

— Que isso, Giovanne? Nada a vê! – Edu desconversou, desviando o olhar.

— Meu filho, se apaixonar é mais normal do que parece, sabia disso?

— É, mas... É só um trato. – Edu entristeceu-se ao lembrar. — Entre mim e a Keylli não rola nada.

— Por que não? Ela é gatinha, inteligente...

Meu Conto Não é de Fadas - 2° Edição - COMPLETOTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang