Capítulo 17

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Ele parou de me beijar e começou a passar a não em meus cabelos olhando diretamente aos meus olhos, ficamos assim por um tempo que poderia ser tornar eternidade.

Logo depois, Romeu levanta e estende a mão para mim.

- Para onde vamos? - perguntei.

Ele olhou para mim sorrindo.

- Vamos para praia.

- Aqui existe praia? - perguntei-lhe estendendo minha mão até a sua.

- Sim e com onda - ele diz sorrindo achando graça do que disse.

- Poderia não ter - disse-lhe limpando meu vestido.

- Por que você sempre diz algo para me contrariar?

- A melhor coisa em você é quando você fica irritado.

Pegamos nossas máscaras e fomos até s praia.

- A praia é proxima daqui? - perguntei-lhe

- Duas quadras daqui - ele respondeu jogando sua máscara no lixo - Sou Romeu e não o Zorro.

Em algumas casas que passamos pela frente, havia algumas pranchas outras caiaque, não tinha reparado esse detalhe nas outras residências.

- Essa rua é conhecida como " Esconderijo dos Surfistas" pois aqui moram praticamente todos eles - Romeu me explica.

Caminhos até a outra quadra, que por sinal era menor que a anterior, ao final da rua nos deparamos com o mar.

Havia luzes na calçada e luzes na praia iluminando o mar.

- Chegamos - Romeu avisa.

- Você não tem noção do quando eu amo a praia - disse de repente empolgada - É tão maravilhoso.

Ele sorri admirando os traços de meu rosto. Tiramos os sapatos e jogamos no chão da calçada.

Afundamos nossos pés na areia fofa, que dificultava nossos passos largos de acordada para chegar perto do mar.

Sentamos na areia e ficamos observando o mar, as ondas que chegam até s Beira e se desmancham.

- Esse sol está me deixando com muito calor, preciso me refrescar - ele diz desabituando a camisa.

UAU, não pude evitar de olhá-lo sem camisa, e obviamente não soube disfarçar pois Romeu começou a rir.

- Julieta - Ele diz sorrindo.

- Ai me desculpa - digo-lhe ruborizada - me perdoa, não pude evitar.

Ele caiba gargalhada me deixando constrangida.

- Não precisa ter vergonha - Ele do ainda rindo da situação - Agora pare de me olhar e vamos dar um mergulho.

- Estou de roupa, não dá para mim entrar.

- Isso não é problema, entra de roupa.

- Mas e depois? - perguntei-lhe - Vou embora molhada?

Ele se ajoelha chegando perto de mim.

- Como você pode se ousar a pensar no amanhã secção viveu o presente?

Olhei o fixamente em seus olhos maravilhosos. Ele tinha razão, meus olhos sorriam junto ao dele.

Levantei-me ficando de frente para Romeu.

- Pensando bem, um mergulha iria refrescar-me.

Vou caminhando em direção ao mar, senti uma onda de desmanchar em meus pés, de repente sinto alguém me empurrar para o mar e então Romeu começou atirar água contra mim, não resisti e então comecei s jogar água contra ele também.

Entramos mais para o fundo, ainda com a guerra de água salgadas nos olhos, uma onda nos cobre fazendo nos mergulhar.



Após o mergulho, levantamos e não encontramos um ao outro, até sentir alguém cobrindo meus olhos e então me viro para Romeu.

- Shhhhhh! - Romeu exclamou colocando a mão em minha boca indicando sinal de silêncio.

- O que foi? - Perguntei.

- Não diga nada, apenas escute o mar.

Ouvimos as ondas que passavam por nós como se fôssemos invisíveis e inexistente.

Comecei a caminha em direção à areia saindo do mar.

- Onde você vai? - Romeu pergunta me seguindo.

- Me libertar - Respondo-lhe.

- Como assim Julieta? - ele volta a me perguntar confuso.

- Irei correr.

Enxuguei meu vestido que por sinal estava bem pesado por culpa da água, senti-me um arrepio de frio fora d'Água é uma vontade imensa de correr.

- Espera - ele me puxa - Eu irei correr com você.

- Tudo bem - respondo segurando o vestido com as mãos.

- Pronto?

- Sempre - ele responde.

Então começamos a correr loucamente pela praia vazia, tinhas uma praia só para nós, tínhamos o mundo a explorar, atitudes a tomar, correr fazíamos nos sentir únicos, livre de tudo.

- Estou cansado - Romeu diz meio sem fôlego - vamos parar.

Eu não conseguia parar, queria mais, porém, minhas pernas estavam cansada, então fui diminuindo a velocidade e então sentei-me na areia úmida do mar, Romeu então sentou ao meu lado para descansar com sua respiração acelerada.

- Você já parou para perceber que nós somos atores de uma peça de teatro - digo-lhe deitada na areia olhando para o céu.

- Como assim? - Ele olha para mim confuso.

- Somos atores que estão se preparando para atuar na sua peça mais importante - expliquei.

- E qual peça seria?

- A vida - respondi.

Percebo Romeu em silêncio observando o céu, assim como eu também estava.

- Somos tão insignificantes nesse mundo - Ele completa - Somos apenas mais um ser nesse mundo cheio de comada que nos faz ser dependente dele, você realmente acha que somos o único ser racional?

Olho para seus olhos castanhos que estavam voltados a mim esperando minha resposta.

- Não, o mundo é muito maior do que pensamos, seria meio egoísta, pensar que somos únicos - responde-lhe.

- A gravidade não permite nós visitar as casas dos nossos amigos extraterrestre - ele diz brincando.

Romeu parecia não estar muito interessado em minha resposta, ele me olhava com um sorriso, seus lábios se escondendo entre os dentes.

- Independente de quantas pessoas existe nesse mundo ou quais quer for a possibilidade de alguém existir em outro planeta, eu tenho certeza que você é a única que conseguiu roubar toda s beleza possível - ele diz ainda com seus olhos cor de mel olhando para mim.

Queria dizer tanto coisa a Romeu, talvez esse fosse o momento certo.

- Você não tem noção do quanto você é incrível Romeu, você me fez acreditar que é possível existir o amor fez minhas teorias sobre isso se tornarem clichê, fez com que eu encontrasse a Julieta que nem eu mesma conhecia - pausei não sabendo mais o que falar.

- Então quer dizer que eu - Interrompo ele.

- Você é meu endereço, eu consegui me localizar.

Então Romeu se aproxima de mim me abraçando mas ainda deitados na areia, ficamos ali o resto da noite até adormecemos.

Julieta vogelmannWhere stories live. Discover now