Capitulo 4

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Eu respiro e então me viro para quem era o autor daquela voz desconhecida.

-Sim estou sozinha - respondi olhando para os olhos castanhos de cílios grandes.

Ele era mais alto que eu ( qualquer um é maior que você Julieta ) de olhos castanhos cor de mel e com um cílios invejável,seu sorriso era simpático.

-Não querendo ser metido,mas você ia na festa de Grace? -ele pergunta

-Sim,mas não posso entrar,preciso de um acompanhante - respondi olhando para aqueles olhos castanhos.

-E para onde você vai ? - ele pergunta passando a mão em seus cabelos.

-Eu não sei,para falar a verdade não sei nem o nome dessa rua- falei.

-Mas você não é amiga de Grace? Deveria ao menos saber o nome da rua.

-Eu não sou amiga dela-respondi-vim com minha prima,não sabia que tinha que ter acompanhante,ela entrou com seu namorado e eu fiquei para trás- eu estava me explicando para um estranho,estranho.

-E você ficou sozinha?

Sim - respondi - e pretendo ficar, sem ninguém por perto - deixei escapar

-Você está incomodada com a minha presença ?- ele perguntou me encarando com seus olhos castanhos.

-Sim estou,e seria um grande favor de me deixasse sozinha- falei saindo em direção à rua.

-Espere - ele me puxou - Para onde você vai? - ele perguntou ainda segurando meu braço

-Um lugar bem longe daqui - respondi -Agora solte meu braço - ordeno.

-É meio perigoso você sair sozinha esta hora - Ele diz com um tom de preocupado.

Dei de ombros

Continuei caminhando e percebi que ele não me seguia,continuei andando,sem rumo,estava perdida mas não ia voltar e pedir informações para aquele menino que mal conhecia.

Ao dobrar a esquina me deparei com dois homens com a aparência estranha,seguiam em minha direção,meu subconsciente dizia "Calma Julieta são apenas dois homens na rua não irão fazer mal a você " estava errada,os dois estranhos me pararam.

-Onde vai essa moça bonita ? - Um homem barbudo com um bafo horrível me perguntou.

-Acho que ela vai a uma festinha - o outro homem responde.

Eu começo a recuar tentando manter a maior distância possível.

-Me deixem em paz - falei ainda me afastando.

-Está com medinho princesinha? - o homem barbudo pergunta com um sorriso amarelo.

-Eu já disse,me deixem seus babacas - falei tirando minha sapatilha discretamente- Ei olhe aquilo lá - apontei para o outro lado da rua,usando o truque mais velho de todos e assim distraindo os dois.

Aproveitei que os dois estavam distraído e sai correndo.

-Pegue ela - o outro homem apontou para mim correndo.

Corri o mais rápido que pude, ao ver uma casa com um muro pequeno tento pular imediatamente,entro num corredor sem saída é uma pessoa me para,reconhecia aquela jaqueta jeans, ao olhar no seu rosto percebo que é o menino da voz no meu ouvido que dizia se preocupar comigo.

-Calma - ele segura meus dois braços - você está nervosa,precisa ficar calma - eu olho seus olhos cor de mel olhando para o meu,ele tinha o um jeito pela qual me acalmava e fazia me sentir segura mesmo eu não sabendo nem seu nome.

-Eu preciso ir embora -Disse ofegante.

-A única coisa que você precisa é ficar calma- ele disse.

-Você diz isso porque não acabou de escapar de dois homens estranhos.

-Você está falando dos dois mendigos que ficam vagando aqui no bairro? - ele pergunta rindo.

-Sim- respondi.

Eu não estava entendendo o motivo de ele estar rindo,parecia estar rindo de mim, por me assustar por causa de dois mendigos bobos,
Ele tinha o direito de achar graça,minha atitude foi ridícula quanto a isso.

-Você não pode sair sozinha- ele disse.

-Claro que eu posso-teimei - sei muito bem me cuidar.

-Estou vendo como sabe-ele se aproximou de mim-Independente de onde você ir,posso ir com você ? - ele pergunta.

-Não - eu respondo.

-Mesmo assim eu vou.

-Porque você não vai para casa?- eu pergunto colocando o cabelo para trás da orelha.

-Por que você está no meu quintal -ele responde sorrindo.

-Como assim?- eu pergunto confusa não entendendo como eu cheguei lá.

-Você pulou o muro quando estava correndo dos mendigos- ele me explicou rindo,parecia lembrar da cena.

-Santo Deus!

Ele sorri e logo em seguida eu também.

Me sentei no gramado e ele se sentou ao meu lado,logo em seguida percebo que perdi a sapatilha de Natalie e meus pés estavam preto de sujo.
Estávamos em silêncio,e aquilo já estava me irritando,eu não sabia o que dizer o que falar para quebrar o silêncio.

-Eu fugi- falei olhando para ele.

-O que?- ele pergunta confuso,sem entender.

-Eu fugi- repeti - ninguém sabe que eu estou aqui.

-Porque você fugiu?

-Minha tia não iria deixar minha prima vim a festa- expliquei com os olhos fixados no céu

-minha vida é uma droga,nunca provei o gostinho dela,sempre vivi com regras,isso é horrivel.

-você já tentou provar o gostinho dela?-ele pergunta com os seus olhos fixados em mim.

-talvez o gosto seja amargo demais.

Continua...

Julieta vogelmannWhere stories live. Discover now