O silêncio voltou a reinar, dessa vez eu não iria quebrar o silêncio,queria deixar ele quebrar com sua própria vontade.
-Eu sempre imaginei que dentro da lua teria duas pessoas juntas de mãos dadas,mas eu sei que é apenas uma imaginação minha -Ele disse finalmente quebrando o silêncio.
Seria eu a um segundo atrás a única pessoa que tinha esse imaginação.
Permanecemos olhando para lua,até ele voltar olhar para mim.
-E você ?- ele pergunta.
-O que tem eu ?- pergunto olhando para seus olhos encantadores.
-O que você imagina dentro da lua?
-Eu imagino a mesma coisa que você .
-Que sem criatividade- ele diz achando graça da minha resposta.
-Não tenho culpa que imagino a mesma coisa que você.
-Acho mais fácil admitir que não tem criatividade e que é igual as outras pessoas que acham que a lua é apenas uma bola que ilumina a cidade - ele me provoca.
"Bola que ilumina a cidade" não sei como ele conseguia roubar todos os meus pensamentos,minhas frases e minha imaginação.
-Você não vai admitir que é sem criatividade- ele continua provocando como uma criança.
Dei de ombros,não queria discutir,não aquele momento.
O silêncio volta para o quintal,até eu me lembrar que não havia nenhuma tiara em minha cabeça.
-Minha tiara, perdi ela - disse olhando para os lados para ver se a encontrava.
-Gostava dela - ele continua - combina com você - ele diz sorrindo.
Sorrio e ruborizo por um segundo e então respondo.
-Obrigada!
-Que engraçado- ele diz sorrindo - você aqui no meu quintal,de pés descalços,sozinha e pelas minhas contar já estamos conversando há faz algum tempo - ele faz uma pausa passando a mão em seu cabelo - e tem uma coisa que eu ainda queria saber de você.
O que mais ele quer. Saber? Já não era o bastante saber como eu fui parar ali.
-O que você quer saber? - perguntei.
-o seu nome - ele diz olhando novamente para mim.
Claro,meu nome,como pude ser tão burra,ele queria saber meu nome,e eu o dele,mas não tinha tido a oportunidade de pergunta.
-A perdão - limpei a garganta - Prazer Julieta
Não foi preciso pergunta seu nome.
-Prazer - ele estende a mão - Romeu.
Por mais estranho que pareça ser,meu coração disparou,não tinha certeza se ele estava debochando ou se realmente era seu nome, estendi a mão até a dele.
Engraçado não é mesmo? - ele sorri - Você Julieta e eu Romeu.
-É - corei e senti meu corpo quente,mas por impulso falei - Deve ser legal ficar debochando do nome das pessoas.
-Não entendi- ele diz
-Ah por favor "Romeu" fala sério que seu nome é esse,você só disse pra tirar com a minha cara.
-Você esta sendo Ridícula Julieta.
-Você é que está sendo "Romeu"
-Está parecendo uma criança,você acha mesmo que eu ia trocar meu nome só pra tirar uma com a sua cara?
-Acho.
-eu mereço,vou ter que te mostrar minha identidade agora?
- Sim.
Ele tira a identidade do bolso e então me mostra, Romeu strikes,bonito sobrenome.
-Vai ser difícil me acostumar com isso- falei.
Ele sorri.
-Então Julieta- ele ri ao dizer meu nome - Você pretende passar a noite em meu quintal?
-Acho que sim - falei sorrindo - algum problema? - perguntei brincando.
-Bom,nenhum,quer uma coberta e um travesseiro? - ele brinca.
-Aceito - digo lhe rindo - de verdade,não se preocupe,irei esperar minha prima sair da festa e vou embora.
Ele então apoia seu corpo em sua mão e se levanta ficando de pé em minha frente.
-A senhora Julieta aceita sair comigo enquanto isso? - ele pergunta estendendo a mão para mim levantar.
-Aceito - respondi pegando em sua mão para me levantar.
Ele pega em minha mão,me levando para um lugar onde ele não fazia a maior ideia de onde ser.
De mãos dadas,sua mão abraçando a minha,atravessamos a rua.
-Para onde vamos?- perguntei.
-Você já vai saber - ele me responde com um tom misterioso.
Caminhamos pelas ruas em silêncio de mãos dadas,era estranhos,não sabia se deveria dizer algo ou pergunta algo mais sobre o lugar que ele estava me levando,decidi ficar em silêncio.
-Estamos quase chegando - ele diz abrindo a porta de um prédio antigo mas inteiro.
-O que vamos fazer aqui? - perguntei.
-Calma Julieta, você já vai saber - ele diz empurrando outra porta que dava para uma escada que parecia não ter fim.
A cada andar que subíamos as luzes do corredor ligavam automaticamente,o prédio era velho mas as luzes funcionavam.
-São trinta andares, você vai cansar um pouco - ele me avisa.
-Tudo bem - eu respondo - Espero que valha a pena.
Depois de subir aquelas escadas intermináveis chegamos no último andar.
-Chegamos - ele avisa soltando minha mão e me deixando livre.
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Julieta vogelmann
RomanceQuando pensam em uma Julieta já lembram de uma história de amor, o que eu não faço a maior ideia do que significa essa palavra. Minha mãe nunca teve tempo para me dizer como funciona o amor. Muito menos minha tia que só queria que eu me casasse com...