Capítulo 5

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O silêncio voltou a reinar, dessa vez eu não iria quebrar o silêncio,queria deixar ele quebrar com sua própria vontade.

-Eu sempre imaginei que dentro da lua teria duas pessoas juntas de mãos dadas,mas eu sei que é apenas uma imaginação minha -Ele disse finalmente quebrando o silêncio.

Seria eu a um segundo atrás a única pessoa que tinha esse imaginação.

Permanecemos olhando para lua,até ele voltar olhar para mim.

-E você ?- ele pergunta.

-O que tem eu ?- pergunto olhando para seus olhos encantadores.

-O que você imagina dentro da lua?

-Eu imagino a mesma coisa que você .

-Que sem criatividade- ele diz achando graça da minha resposta.

-Não tenho culpa que imagino a mesma coisa que você.

-Acho mais fácil admitir que não tem criatividade e que é igual as outras pessoas que acham que a lua é apenas uma bola que ilumina a cidade - ele me provoca.

"Bola que ilumina a cidade" não sei como ele conseguia roubar todos os meus pensamentos,minhas frases e minha imaginação.

-Você não vai admitir que é sem criatividade- ele continua provocando como uma criança.

Dei de ombros,não queria discutir,não aquele momento.

O silêncio volta para o quintal,até eu me lembrar que não havia nenhuma tiara em minha cabeça.

-Minha tiara, perdi ela - disse olhando para os lados para ver se a encontrava.

-Gostava dela - ele continua - combina com você - ele diz sorrindo.

Sorrio e ruborizo por um segundo e então respondo.

-Obrigada!

-Que engraçado- ele diz sorrindo - você aqui no meu quintal,de pés descalços,sozinha e pelas minhas contar já estamos conversando há faz algum tempo - ele faz uma pausa passando a mão em seu cabelo - e tem uma coisa que eu ainda queria saber de você.

O que mais ele quer. Saber? Já não era o bastante saber como eu fui parar ali.

-O que você quer saber? - perguntei.

-o seu nome - ele diz olhando novamente para mim.

Claro,meu nome,como pude ser tão burra,ele queria saber meu nome,e eu o dele,mas não tinha tido a oportunidade de pergunta.

-A perdão - limpei a garganta - Prazer Julieta

Não foi preciso pergunta seu nome.

-Prazer - ele estende a mão - Romeu.

Por mais estranho que pareça ser,meu coração disparou,não tinha certeza se ele estava debochando ou se realmente era seu nome, estendi a mão até a dele.

Engraçado não é mesmo? - ele sorri - Você Julieta e eu Romeu.

-É - corei e senti meu corpo quente,mas por impulso falei - Deve ser legal ficar debochando do nome das pessoas.

-Não entendi- ele diz

-Ah por favor "Romeu" fala sério que seu nome é esse,você só disse pra tirar com a minha cara.

-Você esta sendo Ridícula Julieta.

-Você é que está sendo "Romeu"

-Está parecendo uma criança,você acha mesmo que eu ia trocar meu nome só pra tirar uma com a sua cara?

-Acho.

-eu mereço,vou ter que te mostrar minha identidade agora?

- Sim.

Ele tira a identidade do bolso e então me mostra, Romeu strikes,bonito sobrenome.

-Vai ser difícil me acostumar com isso- falei.

Ele sorri.

-Então Julieta- ele ri ao dizer meu nome - Você pretende passar a noite em meu quintal?

-Acho que sim - falei sorrindo - algum problema? - perguntei brincando.

-Bom,nenhum,quer uma coberta e um travesseiro? - ele brinca.

-Aceito - digo lhe rindo - de verdade,não se preocupe,irei esperar minha prima sair da festa e vou embora.

Ele então apoia seu corpo em sua mão e se levanta ficando de pé em minha frente.

-A senhora Julieta aceita sair comigo enquanto isso? - ele pergunta estendendo a mão para mim levantar.

-Aceito - respondi pegando em sua mão para me levantar.

Ele pega em minha mão,me levando para um lugar onde ele não fazia a maior ideia de onde ser.

De mãos dadas,sua mão abraçando a minha,atravessamos a rua.

-Para onde vamos?- perguntei.

-Você já vai saber - ele me responde com um tom misterioso.

Caminhamos pelas ruas em silêncio de mãos dadas,era estranhos,não sabia se deveria dizer algo ou pergunta algo mais sobre o lugar que ele estava me levando,decidi ficar em silêncio.

-Estamos quase chegando - ele diz abrindo a porta de um prédio antigo mas inteiro.

-O que vamos fazer aqui? - perguntei.

-Calma Julieta, você já vai saber - ele diz empurrando outra porta que dava para uma escada que parecia não ter fim.

A cada andar que subíamos as luzes do corredor ligavam automaticamente,o prédio era velho mas as luzes funcionavam.

-São trinta andares, você vai cansar um pouco - ele me avisa.

-Tudo bem - eu respondo - Espero que valha a pena.

Depois de subir aquelas escadas intermináveis chegamos no último andar.

-Chegamos - ele avisa soltando minha mão e me deixando livre.

Julieta vogelmannWhere stories live. Discover now