O PATRÃO

capítulo 4

Maria Alice

Falta um dia para o meu aniversário, sinto tanta falta dos meu pais.

O dia hoje foi puxado acordei as 5 com a rosa a me chamar, dei café a ela, banho e a levei a escolinha, na cidade

No caminho encontrei o Edu que está trabalhando no mercadinho do pai, ele me convidou para tomar um sorvete, pensei em negar, mas ele sempre foi tão legal comigo e estava tristinho então resolvi aceitar sentamos na praça ali perto,

- e ai Edu você está bem?

- na verdade não muito, Alice posso te fazer uma pergunta?

- claro- respondi.

- você quer sair comigo no domingo? Vou a uma festa na casa de um amigo na faculdade e queria muito que você fosse.

- Edu eu- quando eu ia responder, o Vi chega

- posso saber o que você está fazendo aqui com esse moleque Maria Alice

- eu é-

- estávamos conversando senhor e – responde o Edu.

- caba a boca moleque se não quiser que eu te cale. Vaza daqui.

- como? - pergunta o Edu.

- VAZA- grita o VI

- E você mocinha vai para casa agora

- eu não sei por-

AGORA ALICE- ele grita não deixando eu terminar de falar.

Entro no carro e ele parece bem irritado, paramos em frente à fazenda, quando ele se vira para mim

- se eu pegar você andando perto daquele pirralho novamente Alice, você vai ficar sem sentar por uma semana com as palmadas que eu vou te dar.

- como? Você não é meu pai, não pode me bater e eu posso sair com quem quiser, e para o seu governo eu vou sair no domingo com o Edu seu grosso ele é meu amigo – respondo irritada

- AMIGO UM CARALHO, ELE QUE ENTRAR NA SUA CALCINHA- ele grita passando a mão pelo cabelo

Fico vermelha na hora e abaixo a cabeça

- olha para mim – ele diz

- escuta bem o que eu vou te dizer – ele diz segurando meu queixo

- se eu pegar você perto desse cara, Alice eu não me responsabilizo

- mas ele é me – ele me corta

- CALADA-

- AMIGO UMA MERDA, ESSE FRANGOTE QUER VOCÊ, QUER ENTRAR NA SUA CALCINHA, SÓ QUE O ÚNICO QUE VAI TOCA, ENTRAR E FAZER O QUE QUISER AI SOU EU, FUI CLARO- ELE GRITA

Fico de boca aberta parecendo um pimentão, não respondo nada e saio correndo do carro, vendo ele gritar por mim.