Uma nova vida (Romance Gay/Em revisão)

Momento

- Gui! Gui! Cadê você? - Igor gritava loucamente, na frente de casa, procurando por Guilherme. - Pra onde será que ele foi?

Igor vai para dentro de casa, já trêmulo.

- Mãe, a senhora viu Guilherme?

- Aaaaah sim... - Lady se balançava no ritmo da música que tocava no rádio enquanto limpava a sala. - Ele passou quase agora, mas correndo... Deve ter esquecido algo.

- Obrigado! - Igor fechou a porta e saiu.

Agora, Igor que não sabia onde Guilherme estava para poder explicar a situação e devolver seu caderno, corria a fazenda e não o achava.

- Poxa, Gui... Cadê você? - Igor sussurrava consigo mesmo enquanto procurava. - Maldita Lúcia!

O tempo passa, e Igor cansa. Ele estava suado e ofegante, de tanto andar pela fazenda, até que uma suposta localização veio na sua cabeça. Em passos largos, Igor vai para dentro de casa, sobe o porão e vai em direção ao telhado. Lá ele vê Guilherme, encolhido, no mesmo lugar em que os dois se abraçaram pela primeira vez. Igor se aproxima.

- Gui... Eu... Eu...

- Igor. Eu vi. Vocês dois estavam abraçados. - Guilherme diz, mas não vira o rosto para Igor. Continua fixo. - Quer que eu diga o que?

- Foi um mal entendido, Gui. Deixa eu te explicar! - Igor vai se aproximando cuidadosamente

- Tenta. - Guilherme virou o rosto para Igor. Sua expressão era triste. Os olhos estavam vermelhos de tanto chorar. - Se bem que... Né...

- Guilherme. - Igor falou sério. - Eu não estava abraçando a Lúcia, muito pelo contrário, ela que me abraçou. E ali foi por um motivo.

- Qual? O que eu vi não foi o suficiente?

- Calma! Por favor! Eu estava tentando pegar isso! - Igor levanta a mão e mostra o caderno do Guilherme. - Seu caderno. Lúcia estava com ele e eu vi. Resolvi toma-lo mas como ela não queria me dar por bem, ela apelou. Mas eu te digo, Gui em momento algum eu sequer pensei em encostar nela.

- Igor... Eu... - Guilherme chorava. - Eu sou tão burro! Me deixei levar por emoções momentâneas e acabei fazendo mal julgamento de você... A pessoa que eu amo. Pode gritar comigo, chingar, o que quiser! Eu mereço! Eu duvidei de você, Igor!

Igor, que já estava próximo de Guilherme, dá um beijo em sua testa e passa a mão no seu cabelo.

- Tá tudo bem, Gui. Eu entendo. Não estou com raiva, só fiquei desesperado tentando saber onde te achar... Eu ficaria do mesmo jeito numa situação dessas, e bem, levanta, me dá um abraço, vai.

- Igor... - Guilherme se levanta lentamente e o abraça de uma vez. - Me perdoe.

- Relaxa, Gui... - Igor acariciava suas costas naquele abraço. Ele fechou os olhos e sentiu o vento que ali passava.

- Bem, Igor... - Guilherme olha fixamente para ele. - A Lúcia acabou descobrindo tudo, né?

- Sim, e da pior maneira possível. Mas creio que não irá tão longe.

- Como assim?

- Temos o apoio de meus pais, e isso é o que é mais importante. Ela é só um peixinho nesse grande oceano. A pior parte já passou.

- Verdade... Podemos dizer que isso foi bom?

- Sim... Não... Não sei dizer ao certo, mas agora podemos enfrentar tudo juntos. Aliás, isso aqui é seu. - Igor dá o caderninho a Guilherme.

- Sim! - Guilherme sorriu. Igor retribui seu sorriso. Eles descem para a sala.

- Mãe, cadê a Lúcia? - Igor perguntou.