— Eu sei que você está acordado aí embaixo — ele disse, sua voz mais próxima agora. Ele devia ter se inclinado. — O ar deve estar ficando pesado, amor. Quer que eu deixe você sair?
Abanei a cabeça com força, ainda escondido. A ideia de enfrentar aquele olhar maroto e conhecedor era demais para o meu ego dilacerado.
— Jimin... — ele cantarolou, puxando gentilmente a coberta na altura da minha cabeça. Eu a segurei com mais força. — Vamos, solta. Quero ver seu rosto.
— Não — minha resposta foi abafada e petulante.
Ele riu de novo, e eu pude ouvir o sorriso na sua voz. — Tão dramático. Deixa eu adivinhar... a famosa consciência pesada do dia seguinte?
— Pare de falar — gritei, minha voz abafada pelo tecido.
— Por quê? — ele provocou, sua mão deslizando para baixo do lençol, encontrando minha cintura nua. Seus dedos frios me fizeram estremecer. — Foi tão ruim assim?
Eu sabia que ele estava me cutucando. Ele sabia perfeitamente bem que não tinha sido ruim. Tinha sido a coisa mais incrível e avassaladora da minha vida.
E essa era a parte mais humilhante de tudo.
— Você sabe que não — murmurei, incapaz de mentir.
Senti o colchão ceder quando ele se moveu. De repente, seu corpo estava sobre o meu, seu peso me imobilizando através do lençol. Ele se apoiou em seus cotovelos, em cada lado da minha cabeça.
— Então é vergonha — ele declarou, sua voz cheia de deleite. — O poderoso Park Jimin está morrendo de vergonha porque gostou demais.
Eu me contorci debaixo dele. — Saia de cima de mim, seu idiota.
— Não, acho que não — ele respondeu, sua voz um rosnado baixo e divertido. Ele se abaixou, e mesmo através do lençol, eu pude sentir seu hálito quente perto do meu ouvido. — Quero lembrar você de cada segundo. De como você me implorou. De como você gritou o meu nome.
Um calafrio percorreu todo o meu corpo, e um gemado escapou involuntariamente. Ele estava sendo completamente insuportável. E a pior parte era que estava funcionando. O constrangimento estava começando a se transformar em outra coisa, em um calor familiar e insistente no meu baixo-ventre.
— Lembra do que eu disse? — ele sussurrou, seus lábios pressionando o tecido onde meu ouvido estava. — Que você era meu?
Ele pegou a borda do lençol e, desta vez, puxou com firmeza. Eu não lutei. A luz da manhã atingiu meus olhos, e eu piscou, olhando para ele.
Ele estava lânguido sobre mim, seu cabelo uma bagunça adorável, seus olhos escuros brilhando com malícia e algo mais suave, mais profundo. Seu sorriso era um aceno aberto e vitorioso.
— Aí está você — ele disse, sua voz suave. Seu olhar percorreu meu rosto, meus lábios, meu pescoço, onde eu sabia que havia marcas. — Bom dia.
Eu senti um sorriso teimoso querendo se formar nos meus lábios, mas eu o forcei para baixo. — Você é insuportável.
— Eu sei — ele disse, simplesmente, como se estivesse declarando a cor do céu.
Ele então se abaixou e capturou meus lábios em um beijo lento e profundo, que sabia a sono e a promessas renovadas.
E, deitado ali, preso sob seu peso e seu beijo, com o sol da manhã aquecendo minha pele envergonhada, eu percebi que não havia lugar no mundo onde eu preferisse estar.
Mesmo que isso significasse aguentar as provocações do grande Jungkook que, de alguma forma, tinha se tornado dono de todo o meu ser.
— O café deve estar quase acabando — ele comentou, os olhos ainda fixos nos meus lábios inchados.
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Anonymous Romantic • PJM + JJK
FanfictionPark Jimin sempre foi o aluno exemplar: notas impecáveis, comportamento irrepreensível e o tipo de garoto que prefere ficar na dele, longe das confusões da escola. Já Jeon Jungkook é o completo oposto - o popular que todos conhecem, o rebelde que vi...
💌 24- The end of love.
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