💌 24- The end of love.

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Jimin

A primeira coisa da qual tive consciência foi de um peso quente e familiar em volta da minha cintura. O segundo foi uma dor surda, profunda, em lugares do meu corpo que eu nem sabia que podiam doer. E a terceira... foram as memórias.

Cada beijo. Cada toque. Cada palavra sussurrada em tom de posse.

Meus olhos se abriram para a penumbra suave do chalé. A luz da manhã filtrada pelas persianas pintava listras douradas no chão. E então, tudo veio à tona, num turbilhão de sensações tão vívidas que roubaram meu fôlego. A água quente do chuveiro escorrendo por nossos corpos. A sensação de estar completamente preenchido por ele. Os meus próprios gemidos, altos e sem vergonha, ecoando naquele quarto.

E eu, que sempre me considerei tão no controle, me entregando de uma forma que nem eu mesmo reconhecia.

Com Jungkook.

O rosto dele, relaxado no sono, estava a poucos centímetros do meu. Seus braços me puxavam contra seu peito nu, suas pernas entrelaçadas com as minhas. Ele parecia incrivelmente jovem assim, pacífico. Diferente do predador possessivo que havia me dominado horas antes.

E então, a realidade me atingiu com a força de um trem.

Eu tinha transado. Pela primeira vez. Com Jeon Jungkook.

O garoto que, por anos, eu jurei que odiava. A rivalidade que era tão natural quanto respirar, as provocações constantes, a necessidade infantil de sempre estar um passo à frente... Tudo aquilo levado à obliteração sob o toque das mãos dele, sob a promessa na sua voz.

Um calor que não tinha nada a ver com prazer e tudo a ver com puro e simples constrangimento invadiu meu rosto, subiu pelas minhas orelhas.

Meu Deus. O que eu tinha feito? O que nós tínhamos feito?

As imagens me assaltaram: eu, de joelhos para ele. Eu, suplicando por mais. Eu, gritando o nome dele como um mantra, como se não houvesse mais nada no mundo.

Com um pânico silencioso, me desvencilhei gentilmente do seu braço. Ele resmungou algo no sono, mas não acordou. Eu me encolhi, me afastando alguns centímetros, mas a distância não apagava a verdade que queimava minha pele. Sem pensar duas vezes, puxei o lençol para cima da minha cabeça, me escondendo completamente sob a coberta, criando um pequeno e abafado esconderijo de algodão.

Ali, no escuro, o constrangimento atingiu seu pico. Eu cobri meu rosto quente com as mãos, um gemido mudo escapando dos meus lábios.

Que idiota. Que idiota completo, Jimin. Como eu ia olhar para ele na luz do dia?

Parecia que todos saberiam só de olhar para mim, que eu carregava a marca dele em cada centímetro do meu corpo.

Foi então que senti o movimento na cama. O peso ao meu lado se deslocou, e uma mão grande e quente pousou na curva do meu quadril, por cima do lençol.

— Loirinho..? — a voz dele era áspera de sono, carregada de uma nota de diversão profunda.

Eu congelei, sem responder, torcendo para que ele pensasse que eu ainda estava dormindo.

Ele riu baixinho, um som que vibrou através do colchão. Sua mão começou a traçar círculos lentos nas minhas costas, mesmo através da barreira do lençol.

Anonymous Romantic • PJM + JJKWhere stories live. Discover now