— Ah, Edu. – ao constatar o que já sabia, Malu que se passava por Keylli, sussurrou consigo mesma: — Eu sabia!
— O que disse? – quis saber o rapaz sem entender.
— Não é nada não. - desconversou perguntando: — Então Edu, quando podemos nos ver?
— Você pode se encontrar comigo agora?
— Hum... Eu acho que sim.
Nessa hora seu Mauro gritou bem alto chamando Edu, e ele respondeu com um grito: — Já vou!
Logo depois, o playboy finalizou sua conversa no celular: — Olha, eu tenho que desligar. Hoje à tarde, lá pras duas horas você estará disponível?
— Às quatro.
— Quatro horas está ótimo! - ele sorriu. — Vou ficar te esperando, beijos.
— Espera! Você não me disse onde será a entrevista. Me passa o endereço, por favor. É na sua casa?
— Ah é, me desculpa. - Edu deu uma risadinha sem graça. — A entrevista será na casa de um amigo. Vou te passar o endereço...
Edu informou onde era o local e Malu anotou tudinho. A partir daí, ela começou a traçar planos contra Keylli. Falta do que fazer? Só pode ser, né?
Depois que acabou de limpar a casa, Keylli foi até um telefone público telefonar para casa. Ela não telefonou de seu celular, porque estava na pindaíba (sem dinheiro) e ligação de telefone público é bem mais barata.
— Alô mamãe! Como a senhora e os meus irmãos estão?
— Estamos nos virando, mas o mais difícil é viver longe de você, filha. Como você está?
— Estou ótima, mãe. Não se preocupe comigo, tá bom? Eu consegui um bom emprego e estou morando e trabalhando numa casa de família.
— Que bom, meu amor! Quando você volta pra casa?
— Quando eu conseguir o suficiente para todos nós vivermos melhor. E a propósito, isso não vai demorar tanto. Aqui na cidade pagam super bem.
— Tudo vai dar certo, você merece o melhor. Uma filha como você não existe. Obrigada, coraçãozinho!
— Eu que tenho que agradecer a senhora por ser a minha mãe. Saiba que eu te amo demais e não estou fazendo nenhum sacrifício. – Key não aguentou e começou a chorar.
— Não chora amor. Não demonstre sua fraqueza, prove a si mesma que é mais forte do que imagina.
— Estou morrendo de saudades de vocês. Mas tudo vai melhorar, eu prometo. Até breve.
Após despedir-se de sua mãe, Keylli desligou o telefone e estava voltando para casa onde trabalhava, muito cabisbaixa e demasiadamente entristecida, quando no caminho encontrou-se por acaso com Ramon.
— Oi Keylli, aconteceu alguma coisa? – ele perguntou preocupado.
— Não, é que eu telefonei pra minha mãe e me emocionei um pouco. Tenho muitas saudades de casa. - explicou a moça enxugando as lágrimas.
— Não fica assim, tudo vai ficar bem. Quando se sentir triste e sozinha, pode contar comigo sempre. – Ramon consolou-a a abraçando.
— Obrigada! Você é uma das poucas pessoas legais que eu conheço. – Keylli disse engolindo os soluços.
Ramon sorriu ao ouvir essas palavras.
Desfizeram o abraço e seguiram conversando.
— E aí, trabalhando muito? - quis saber Ramon mudando de assunto.
— Bastante! – eles trocaram um sorriso e Keylli perguntou: — Você conhece a Malu?
— Qual? Aquela loirinha de cabelos cacheados, filha da Dolores?
— É essa mesmo.
— Conheço, mas não vou muito com a cara dela. - disse Ramon.
— Então somos dois.
Eles riram combinando a antipatia pela jovem.
— Ela era colega de escola da Letícia e foi lá em casa algumas vezes, mas sempre a achei uma pessoa superficial demais.
— Ela tem se comportado muito mal comigo e eu não entendo o porquê. – ela encolheu os ombros.
— Ignora Key, é o melhor que você pode fazer.
— É, tem razão. Vou seguir seu conselho.
Após alguns metros andados, eles chegaram ao trabalho de Keylli.
— Eu tenho que ir. – despediu-se ela.
— Foi bom te rever. Posso vir aqui à noite pra gente conversar, dar uma volta...?
— Claro, é uma ótima ideia. – Keylli empolgou-se.
— Até mais tarde. – Ramon se despediu acenando.
— Até mais.
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Meu Conto Não é de Fadas - 2° Edição - COMPLETO
Teen FictionESSA OBRA ESTÁ COMPLETA, MAS POSSUI 2 FINAIS. APENAS UM FINAL SERÁ DISPONIBILIZADO. DISPONÍVEL COMPLETO (COM DOIS FINAIS) NO SITE AMAZON. Keylli D'Waise é uma jovem de bom coração, que vê sua vida mudar após a morte inesperada de seu pai. Edu Ferre...
Capítulo 6 - A inimiga
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