It Seems Like I Fell into a Reverse Harem Game - Novel (Tradução Pt-Br)

Capítulo 20 (V7)

O ar estava denso com fumaça enquanto Éclat permanecia ao lado da cama, imóvel como o resto dos móveis. Era quase como se ele fosse parte do quarto, incapaz de ver ou se mover por vontade própria. A luz amarelada das lanternas e as sombras dançavam em seu rosto magro e mandíbula afiada. Em contraste com sua expressão séria, o quarto estava repleto de sons de gemidos eróticos.

A imperatriz estava em sua cama, montando um homem nu que jazia sob ela. Ela se inclinou, aproximando sua testa do rosto ofegante do homem. Parecia que iria beijá-lo, mas, de repente, começou a estrangulá-lo com ambas as mãos, seus lábios se curvando em um sorriso de êxtase.

"Sim..."

"Hrrkr"

Enquanto o rosto do homem se contorcia de dor, a imperatriz começou a se mover com mais impaciência, balançando os quadris para frente e para trás, mantendo as mãos firmes em seu pescoço. Então, justamente quando seus lábios se abriram em um sorriso completo, seu rosto brilhando de suor, ela parou. Seus longos cílios tremeram enquanto ela lentamente inclinava a cabeça para trás, lábios entreabertos e olhos fechados. Depois de se inclinar o suficiente para que seu cabelo pendesse em direção à cama, ela se moveu para frente abruptamente, quase colidindo com o corpo dele.

Quando ela afrouxou o aperto, ele já havia desmaiado.

Um momento depois, ela empurrou seu rosto para o lado com indiferença e se endireitou, seus olhos agora completamente vazios de qualquer sinal de prazer. Sem pudor, limpou entre as pernas com a toalha que Éclat lhe entregou, depois saiu da cama cambaleando. Quando se virou para ele, Éclat ofereceu-lhe um roupão aberto. Durante todo esse evento, uma voz desconhecida ecoava do quarto ao lado.

"Atualmente, estamos posicionados contra as tropas Rothschild no noroeste, divididos pelo território que se estende de Berg a Norman, Vossa Majestade. De acordo com nossos batedores, os reforços inimigos estão a caminho, o que pode levar a uma batalha para proteger nossa fortaleza, e—"

"E?"

O relatório foi abruptamente interrompido.

Quando a imperatriz levou um cigarro à boca, Éclat o acendeu para ela. Ela deu uma longa tragada e soltou outra baforada de fumaça no ar.

"E..."

O homem arriscou sua vida para repetidamente solicitar uma audiência com a imperatriz, pois o relatório era urgente. Eram notícias da linha de frente, e ele foi forçado a transmitir a informação em pequenos intervalos, parando durante os períodos dos gemidos altos da imperatriz. Dois servos entraram e removeram silenciosamente o homem da cama. A imperatriz felizmente havia gostado dele, mas não havia como saber se ele seria poupado ou desapareceria para sempre.

Naquele momento, o homem fez contato visual com Éclat, que balançou a cabeça quase imperceptivelmente, alertando-o para fingir que não havia percebido.

"Vossa Majestade... nossas perdas não se devem a forças em menor número, nem a baixo moral, ou mesmo à ausência de um sistema de comando", continuou ele de joelhos, sua voz agora trêmula e desesperada.

A imperatriz lentamente se virou para encará-lo, sem sequer se preocupar em fechar o roupão.

Fechando os olhos com força, ele gritou: "V-Vossa Majestade! Por favor, permita que Sir Paesus lidere nossas forças!"

Era para isso que ele suportara três horas excruciantes—para dizer isso. Claro, o império não entraria em colapso sem Éclat—ainda havia recursos para sobreviver por mais uma década—, mas sem sua liderança, não haveria como garantir uma vitória esmagadora ou encerrar a guerra rapidamente.