Arielle foi arrastada para longe sem poder fazer nada.
Por favor...
Por favor!
Ela não queria gritar ou implorar por misericórdia. Seria muito abaixo dela. Se isso não seria na frente daquela mulher, então ela não queria se ajoelhar diante de mais ninguém.
Então, por favor... apareça logo!
O que Arielle tanto desejava não era nada menos que as notificações do sistema. O sistema podia ser um pouco sarcástico às vezes, sim, mas pelo menos estava sempre do lado dela. Ele não a abandonaria de jeito nenhum — especialmente agora, de todos os tempos — e era com esse desespero, não com fúria, que ela orava e orava para que os alertas aparecessem.
Apareça agora, por favor. Você me fez acreditar que tudo o que aconteceu foi um simples evento em uma tela, uma breve dificuldade que sempre levou a recompensas maiores.
Diga-me que ainda é verdade. Diga-me que esta é uma delas. Explique-me o que preciso fazer, quais opções tenho, qual resposta pode me ajudar a vencer!
Mas se não for isso... se você não consegue mais fazer nem isso... então pelo menos me salve!
Uma venda escorregou sobre seus olhos, e seus membros foram amarrados para impedi-la de se mover. Logo, ela foi jogada em algum lugar para sentar. Arielle mordeu o lábio. Ela ouviu passos por um tempo, mas mesmo aqueles desapareceram eventualmente. Deixada sozinha em um silêncio mortal e arrepiante, Arielle pensou suavemente,
Eu sei que você está aí. As palavras não eram direcionadas às pessoas que a trouxeram aqui, nem a quem ordenou o sequestro. Ela estava falando com alguém muito além e muito mais fundamental.
Mas ela não ouviu resposta.
Como sempre.
Teria sido menos solitário, ela pensou, viver em um mundo sem deuses. Arielle começou a choramingar de dor, e seu choramingo rapidamente se transformou em choro, e logo, lágrimas de raiva irromperam dela, altas e apaixonadas. Os soluços a sacudiam tão violentamente que, embora ela estivesse firmemente amarrada e enrolada, seu corpo tremia todo.
Dez dias já haviam se passado desde a última notificação do sistema, como se para dizer a ela que ela não tinha mais utilidade. Ela guardou o segredo deles, fez tudo o que pediram, então por que... Por que os deuses a abandonaram de novo?
Arielle sentiu sua respiração ficar mais lenta, um vazio familiar tomou conta dela, algo que ela sempre enfrentava depois de acessos de raiva.
Boom!
Ao som de algo explodindo, Arielle estremeceu.
O que era aquele som? Seus sentidos se aguçaram instantaneamente. Alguém estava com ela, no mesmo espaço. O que estava acontecendo? Ela estaria mentindo se dissesse que não tinha vergonha de ter derramado lágrimas tão desagradáveis, sem saber que estava na frente de uma companhia... Mas, seja qual for o caso, ela tinha que sair dessa situação.
Arielle limpou a garganta.
"Você sabe quem eu sou?" ela gritou.
Ninguém respondeu. Ela sentiu um movimento contínuo ao seu redor, sutil e inquietante. Algo estava se arrastando pelo chão. Arielle começou a ficar impaciente.
"Quanto eles te pagaram?" ela perguntou.
Esses bandidos contratados obviamente não eram muito importantes. Ninguém com prestígio se envolveria em um plano que agia sem a princesa e, além disso, Arielle não era uma ameaça grande o suficiente para justificar um assassinato ou sequestro. Estava claro que alguém os havia pago sem dar os detalhes da pessoa que eles deveriam matar, e não era difícil descobrir que Robért, aquele bastardo, provavelmente estava por trás de tudo isso. No entanto, ela não esperava que Siger também participasse.
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It Seems Like I Fell into a Reverse Harem Game - Novel (Tradução Pt-Br)
Fantasy**EM BREVE EU VOU RETIRAR, ENTÂO CORRE PRA LER** Eu estava atendendo o telefone quando, de repente, uma voz automatizada pode ser ouvida do outro lado da linha: Redefinir. E jogo definido. Depois disso, tudo ficou escuro, como se algo tivesse deslig...
