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"Seja Feliz
Foi, fico como todo amor se vai
Sem nem dizer aonde vai
foi e eu fiquei sem ninguém
À espera do que não vem
Que melancolia

Foi, foi só porque eu nada fiz
Como um adeus que nem se deu
pois seja muito feliz
Infeliz já sou eu
Pra sofrer sofro eu."

Vinicius de Moraes

Eu realmente decidi ignorar o Keeho

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Eu realmente decidi ignorar o Keeho. Onde ele estava, eu saía; onde ele era convidado, eu dizia que não iria. Se ele olhava pra mim, eu desviava o olhar. Estou praticamente uma fugitiva na escola e ele é a polícia.

— Para de fazer esse drama! — Na-hyun revirou os olhos, jogando os livros no armário. — Quem foi que disse que essa ideia era boa? Só vai deixar tudo mais estranho!

— Bom... minha família não aceitou muito bem, mas resolveram não opinar — respondi, pegando meus livros.

— Ji-ah... — falando no diabo.

Keeho surgiu, me olhando sério.

— A gente pode conversar um pouquinho?

— Eu? Ah... claro. — Olhei para Na-hyun, pedindo socorro com os olhos.

— Falei... — ela cochichou antes de sair, rindo sozinha.

Fomos andando até as arquibancadas externas. No caminho, ele me olhava, mas não dizia nada — e eu fazia o mesmo. O silêncio parecia pesar no ar.

— Então... — ele finalmente começou quando nos sentamos — por que você tá me evitando?

— Eu? — a voz saiu mais alta do que eu queria. — É coisa da sua cabeça.

— Não, Ji-ah. Não mente pra mim. — Ele desviou o olhar. — O que eu fiz de errado?

— É porque você é meio...

— Você tá assim por causa da minha personalidade? Não quer mais ser minha amiga por isso?

— Não, Keeho. É que você fala uma coisa, mas faz outra. Eu... não sei se quero ser sua amiga por enquanto, até eu esquecer meus sentimentos. Acho que você deveria fazer o mesmo, já que não consegue... você sabe, ser fiel. — Falei tudo rápido, só pra acabar logo.

— Oi? — ele finalmente me olhou. — Sentimento? Fiel? Não entendi nada.

— Oi, amor! — uma garota apareceu, abraçando-o por trás. Era a mesma que eu tinha visto aquele dia. Pelo menos ele estava sendo fiel... eu acho. — O que vocês estão fazendo aqui?

— Nada. — Levantei-me enquanto ela me lançava um olhar mortal. — Tchau, gente.

— Ji-ah... — foi a única coisa que ouvi dele, cada vez mais distante.

˗ˋ ୨ ♡ ୧ ˊ˗

— ...Ele falou “como assim sentimento?” — imitei a voz dele, indignada. — Ah, Seob, o que eu faço?

— E eu vou saber? — ele riu.

Estávamos numa cafeteria, supostamente para fazer o trabalho de geografia, mas nossa cabeça estava longe dali.

— Eu falei que não era ele — Na-hyun comentou, rabiscando a cartolina. — Acho que amanhã é mais importante que esse assunto.

— Amanhã? — eu e Seob perguntamos juntos.

— Meu Deus! — Hyun jogou a caneta na mesa. — O Intak te chamou pra sair!

— Chamou!? — o grito do Seob ecoou. — Vocês tão me excluindo?

— Como assim? Você só faltou um dia, Seob! — falei rindo. — A gente ia contar.

— Se bem que nem você lembrava, né... — ele resmungou.

— Enfim! — Hyun bateu palmas. — Hoje vamos na sua casa te ajudar a arrumar.

— E como eu vou ajudar? Eu sou homem — Seob retrucou.

— Mas tem mais estilo que muita gente — ela sorriu de um jeito suspeito. — E também pode me levar pra casa depois, assim eu não volto sozinha.

Os dois riram, e eu percebi na hora.

— Tão achando que me enganam? — fechei o estojo, enquanto eles me olhavam fingindo confusão.

Já tínhamos terminado o trabalho e, por livre e espontânea pressão, começamos a escolher minha roupa para o “grande dia”, como Na-hyun dizia. Depois de quase uma hora e meia, o look estava decidido: um vestido preto curto da UrbanSheek, uma blusa de frio com botões da Chanel, bolsa preta combinando e uma bota branca. Acessórios para finalizar.

— Vai ficar uma tchutchuca pro Hwang — Na-hyun falou alto demais.

— Eu ouvi isso direito? — como mágica, meus irmãos surgiram na porta.

E lá vamos nós... de novo.

𝗖𝗨𝗣𝗜𝗗 𝗜𝗦 𝗦𝗢 𝗗𝗨𝗠𝗕.  Hwang Intak Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt