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"Quando amo
Eu devoro
Todo o meu coração
Eu odeio
Eu adoro
Numa mesma oração"

Chico Buarque

Quando cheguei na escola, algumas pessoas me elogiaram, falaram que eu estava mais feliz do que nunca, pele brilhando e tal

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Quando cheguei na escola, algumas pessoas me elogiaram, falaram que eu estava mais feliz do que nunca, pele brilhando e tal. Eu realmente estou feliz — o Keeho sente algo por mim e, se tudo der certo, eu quero chamar ele para um encontro. Ou melhor, imagina se ele me chama pra um? Nossa, eu ia desmaiar. Na-hyun estava com uma cara de quem estava pensando em muita coisa ao mesmo tempo. Eu já até imagino o que seja, mas não quero que ela me faça parar com minhas fanfic’s, então vou fingir que ela está achando que é o Keeho também. Afinal, quem iria escrever uma carta fingindo ser outra pessoa?

— Oi, Ji-ah! — me assustei quando Intak apareceu atrás de mim, colocando a mão em volta dos meus ombros. — Tá tão feliz por quê, hein?

— Ah, nada — falei, e logo meus olhos foram como ímã até os do Keeho, que estava do outro lado do campus. O mesmo sorriu e acenou para nós dois, que retribuímos logo depois.

— Enfim, Ji-ah, você tá mais bonita hoje — Intak falou, e pelo tom ele estava sorrindo.

— Sério? Que isso, só dormi bem mesmo — falei rindo, envergonhada. Mas parei na mesma hora que olhei pro Keeho sem querer e vi uma menina de cabelos longos e negros chegar e dar um selinho nele. — Quem... é aquela?

— Ah, ela é a nova ficante dele, acho que a Soo-jin... Não, a Soo-jin é a de cabelo curto... — ele foi falando e falando, e eu não entendendo nada. Estava com os olhos vidrados nos dois.

— Você sabe se o Keeho gosta de alguém? Quer dizer, vocês são melhores amigos, devem conversar essas coisas — falei, olhando para o Hwang.

— Não sei. Ultimamente a gente não está conversando muito, mas ele é o tipo de garoto que não namora, só fica mesmo — ele afirmou. — Enfim, para de olhar, senão eles vão perceber.

Fomos até a sala de aula e, novamente, fizeram a mesma baderna pelo fato de estarmos juntos.

˗ˋ ୨ ♡ ୧ ˊ˗

— ...Mas amiga, é sério, se o Intak disse isso é porque é, né? — ela disse, depois de falar uns 5 minutos sobre a cena que eu vi. — Então para de ser trouxa. Acho que ele faz tipo automático, sabe? Tipo aquelas mensagens de empresa no WhatsApp.

— Do que vocês estão falando? — Jongseob apareceu de repente por trás, me assustando. — Por que tá tão assombrada, hein?

Depois da Na-hyun explicar tudo pra ele, é óbvio que ele achou estranho, mas ele tem certeza que não entregou a carta errada. Então, provavelmente, o Keeho manda alguém escrever as coisas, mas tem 0,6% de chance de ser realmente ele. É incrível como todo mundo falou pra mim não ir na dele, senão eu vou me machucar — e muito.

— Oi, princesa — tomei um susto quando alguém chegou por trás, então eu deduzi ser o Intak.

— Intak, na moral... — quando olhei pra trás, tomei outro susto e quase caí dura no chão. Era o Keeho; ele me chamou de princesa. — Desculpa, achei que era o Intak...

— Tão namorando por acaso? — ele falou rindo, mas não deu tempo de eu negar. — Mas enfim, o que você, que é mulher, gostaria de ganhar no Dia dos Namorados?

Wow. Essa pergunta realmente me pegou de surpresa. Ele realmente tá me perguntando isso achando que eu sou boba? É claro que esse presente é pra mim. Bobinho, nem sabe perguntar as coisas.

— Ah, eu? Acho que chocolates ou alguma demonstração de amor e tal — falei, escondendo uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Ata, muito obrigada — ele disse com aquele sorriso de derreter o coração. Esse menino é lindo por completo. — Olha seu namorado aí.

— Oi gente — Intak falou quando parou na nossa frente. Ele olhou pro Keeho que, no mesmo instante, tirou a mão ao redor do meu ombro e saiu de lá. Mas acho que foi coisa da minha cabeça. — Ji-ah, tá disponível no final de semana?

— No final de semana...? Mas é Dia dos Namorados. Não tem namorada ou alguém que tá interessado pra passar não?

— Não, Ji-ah, não — ele falou num tom triste.

— Vou ver e te aviso, tá? — falei, indo em direção ao portão para ir embora.

— Eu te acompanho. Já faz tempo que não vejo sua mãe mesmo — ele disse indo atrás de mim, e eu apenas concordei.

Quando chegamos em casa, minha mãe estava irritada com meu irmão, mas ficou feliz na mesma hora que viu o Intak.

— Hwang Intak! Quanto tempo! Como está sua mãe? Já comeu? Eu fiz uma comida deliciosa, por que não janta aqui? — ela disse, abraçando ele.

— Nossa, mãe, pra que sufocar o menino assim — falei, puxando ele pro meu quarto.

Ficamos no meu quarto rindo e conversando por uns 20 minutos, até minha mãe chamar a gente pra comer. Na mesa estava eu, minha mãe, minha irmã, meu irmão e Intak, parecendo uma família — até começarem as perguntas.

— Então, Hwang, tá namorando ou de olho em alguém? — minha mãe perguntou.

— Mãe, por favor, para — falei sussurrando pra ela.

— É, mãe, não tá claro que eles estão namorando escondidos? — meu irmão falou, olhando pra mim com uma cara irritante.

— Melhor ele do que o outro — minha irmã disse, comendo, sem olhar pra ninguém.

— Outro? — Intak perguntou, e todos trocaram olhares cúmplices.

— Não, por favor! — eu sussurrei pra mim mesma.

— O Keeho, né? — ele perguntou, fazendo todos olharem pra ele, confusos. — Fiquem tranquilos, vou fazer ela se apaixonar por mim.

Quando ele disse isso, todos começaram a fazer sons de provocação e risadas. Eu vou matar o Intak por ter falado isso. Ficamos lá na mesa por quase uma hora conversando depois de comer, mas infelizmente já tinha dado a hora do Intak ir pra casa — já estava tarde. Minha mãe falou pra eu ir com ele até a esquina de casa.

— Por que você falou aquilo? — perguntei enquanto andávamos, e ele me olhou confuso. — Ah, você sabe... que ia me conquistar...

— Porque eu vou — ele disse rindo. — Aqui, você sabia que o Keeho mudou pra cá?

— Wow, sério? Que legal — falei, rindo.

— Enfim, chegamos na esquina... — ele disse depois de 3 minutos de conversa. — Tchau, Ji-ah.

— Tchau, Intak — disse, o abraçando e depois me virando pra ir embora.

— Ji-ah — me virei quando ele me chamou. — Eu tenho que disputar com alguém?

— Hm... — na hora me lembrei da carta do Keeho. — Acho que sim. Tchau!

𝗖𝗨𝗣𝗜𝗗 𝗜𝗦 𝗦𝗢 𝗗𝗨𝗠𝗕.  Hwang Intak Where stories live. Discover now