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Shantara

Aperto o botão do freio de mão automático do carro, tinha estacionado do outro lado da rua, distante da quadra que acontecia o baba dos caras, a rua estava uma movimentação por conta do jogo.

Olho pelo retrovisor duas moto com dois homem em cada uma, parada atras do meu carro, tava ligado que era os cara da minha contenção, uma moto com dois passou pelo carro indo pra esquina da rua tomando os seus posto, sem alarma nada.

Deixei só esses mesmo na minha contenção, pra não ficar chamando atenção na onde eu chego, o som estrondoso do outro lado da rua, do lado da quadra, tava cheio de envolvido portando fuzil, e as mulheres dançando na frente do porta mala do carro que tava aberta tocando a música alta.

Tô a um tempo aqui parado dentro do carro, mas já tão ligado de quem se trata, por isso não vieram tirar satisfação, tinha vindo na minha outra favela, um bate volta rápido, porque eu to ficando mais pela vila kennedy mesmo, por causa dos b.o que tão surgindo lá.
Respiro fundo vendo meu celular tocando mas uma chamada de voz de Evelyn pra encher minha mente, já tinha mas de dez ligações perdida dela, e vai continuar ligando, não vou atender, querendo vim pra favela fica com comigo, mas hoje eu não tô afim não, to com paciente pra ficar lidando com os surtos dela não. Não quis ir mora em apartamento, ficou enchendo a porra da minha cabeça, querendo sair da favela, então não tem porque fica querendo vim pra favela, pra quando ver uma mulher chegando perto de mim, começa a surta por nada.

Tiro a chave da ignição do carro, abrindo a porta e saindo, travo o carro com a chave, ajeito a blusa preta no meu corpo e encostando no carro, mexo no celular olhando os grupo de mensagem respondendo algumas, sentir alguém chegando perto de mim, levantei a cabeça, franze a sobrancelha olhando pra frente, na direção que baiano tava vindo até mim, com a camisa branca no ombro com o peitoral coberto por tatuagem, segurando um lado da bermuda jeans clara.

Baiano: qual foi meu maridão, tá por cá hoje –. Fez um toque comigo, ainda segurando a bermuda.

Eu: só vim da um bater e volta mesmo – guardei o celular no bolsa da frente no short, ele balançou a cabeça encostando no meu lado ficando de frente pra rua.

Baiano: Aqui tá tudo de boa, Por lá que tá tendo só pica né? – concordei passando a mão no rosto, respirando fundo lembrando.– qual foi da morte do cara por lá?

Eu: eu mesmo matei, tava rondando pela favela, sem mas nem menos, o que tava com ele conseguiu fugir, mas ele eu passei logo.

Baiano: e ele é mesmo sobrinho de policia é?

Eu: a conversa que tá rolando é essa, tá rolando um vídeo da entrevista do tio dele, dizendo que a morte do sobrinho não vai ficar por isso mesmo – passei a língua na boca ressecada.

Baiano: porra.. Como os cara da uma bobeira dessa de deixa esses cara rondando pela favela assim? – falou negando com a cabeça – e vai ficar como essa parada que ele falou no vídeo?

Eu: não da em nada, manda ele bota a cara, de longe todo mundo fala, manda vim bater de frente comigo. – desencostei do carro, ajeitei meu relógio prata no pulso – to puto pra caralho com esse bagulho, já mostrei da seu Léo que a gestão dele tá deixando a desejar – passei a mão no rosto sem paciência. – e eles tavam com liberdade pela favela, só esperando achar um pra derrubar, como fizeram com mano Igor.

Baiano: derrubaram ele na surdina mesmo pô, e quem foi pra mata ele, sabia sai e entra na favela, vacilos dos cara por não tá na visão.

Continuei ali com baiano trocando umas ideias, o baba dos cara já tava no segundo tempo, o dia já tava escurecendo, a rua tava ainda mais movimentada, não demorou muito pros caras encosta perto, com whisky na mão e os caralho a quatro perto de onde eu tava, cruzei os braços na frente do peito, só na visão, vendo eles fazendo a maior fara perto de mim, de cara fechada, olhar serio sem dar muita moral, não gostando dessa movimentação toda perto de mim, tinha ficado longe mesmo pra não chamar atenção, mas esses pau no cu, não aguenta ver ninguém grande dentro do tráfico, que já começa a babação de ovo da porra, e eu odeio pra caralho vim com bajulação pra cima de mim, corto as asinhas na hora.

Al olhou pra mim, já sabendo que eu não tava gostando dessa agonia toda perto de minha, passei o olhar pela rua movimentada, avistando de longe benjamim vindo em cima da bicicleta que eu tinha dado a ele, apertei o olhar na direção dele, mim perguntando se ele estava sozinho, sai de perto do carro indo em direção a ele, que ainda não tinha mim visto, quando ele olhou pra frente que me viu, se agitou querendo atravessar a rua mais rápido, mas a mãe dele segurou a bicicleta e falou alguma coisa pra ele, que ele apontou na minha direção, quando eu cheguei perto ele saiu da bicicleta e veio mim abraça, carreguei ele no colo, que passou os braços ao redor do meu pescoço, passei a mão alisando as costa dele, enquanto a mãe dele vinha pra perto trazendo a bicicleta.

Eu: qual foi meu parceirinho, o irmão tava com saudades de você - ainda com os braços ao redor do meu pescoço só fez balança a cabeça - ih tá assim porque? - ajeitei ele no meu braço, olhando pro rosto dele - fala pro irmão o que foi?

Ben: você disse que iria mim ver lá na casa da vó, mas não apareceu - disse mexendo na minha corrente fina de ouro no meu pescoço.

Eu: o irmão não foi lá porque tava ocupado, mas eu já não estou aqui? E você não tava com saudade do irmão? - perguntei pra ele que afirmou com a cabeça - então vou levar você pra fica comigo.

Ben: e andar de moto também? - disse na empolgação pra andar de moto, nunca vi uma pessoa mas apaixonado por moto que ele.

Eu: hoje o irmão não tá de moto não, mas eu te levou outro dia pra andar de moto viu? - passei a mão no cabelo dele que estar cortado no estilo americano, todo alinhado, com uma pulseira de ouro fazendo par com a corrente também de oura fininha.

Luiza: bora benjamim pra casa - olhei pra ela que tava segurando a bicicleta dele, e com a mochila dele do homem aranha no ombro - já ficou muito tempo na rua.

Bem: não mamãe... Eu não quero ir pra casa, quero fica com meu irmão, irmão não deixa ela mim levar, eu quero fica com você - apertou os braços em volta do meu pescoço com força, com voz de choro.

Eu: ele vai fica um pouco aqui comigo, deixo ele lá depois - ela balançou a cabeça em negação, já fechei minha cara pra ela.

Luiza: não Shantara, benjamim tá muito rueiro, depois você vai na casa de sua vô fica com ele - coloquei Ben no chão, passei a mão na minha blusa pra não ficar amassado.

Eu: deixa de conversa porra, o menino vai ficar aqui comigo, ele não tá com nenhum estranho não, ele tá com o irmão dele nesse caralho - sentir a vibração da minha voz que saiu rouca.

Luiza: teu mau é esse, fica fazendo a vontade dele.

Eu: que fazendo vontade oque, o menino não quer ir agora pra casa, quando tu tem de deixar o menino o dia todo lá na marta, tu deixa, agora quer vim de conversinha pra cima de mim, negando em deixar o menino aqui comigo, não fode porra - já tava com ódio da cara dela, vim querer negar em deixa o menino aqui comigo.

Luiza: teu mau é sempre achar que tu tá certo, sempre querendo mandar em tudo, mas o filho é meu, e eu mando nele, você querendo ou não - é mesmo um filha da puta, olhei bem pra cara sínica dela.

Eu: sempre tó certo mesmo... que vim dar uma de boa samaritana pra mim uma hora dessa porra, bora acabar com essa conversa aqui mesmo, já tá chamando atenção que nem devia - falei dando por encerrado, ela já tava querendo se exaltar, e tava começando a chamar atenção desnecessária pra cima de mim.

Luiza: teu pai bem que fala que tu quer sempre as coisa do seu jeito - essa filha da puta ainda continua falando, achando que não dar nada pra ela, se confiando no marido fuleiro dela.

Eu: é sempre do meu jeito mesmo, e quem não gostou que se foda.

Luiza: eu venho buscar ele depois - medi ela de cima a baixo, meu santo nunca bateu com o dela.

Eu: não precisa não, eu mesmo deixo ela lá - só fez balançar a cabeça, deu tchau pro benjamim e saiu andando sem falar mais nada.

Uma filha da puta dessa vem querer crescer pra cima de minha uma hora dessa, achando que não dar em nada pra ela ficar querendo bater de frente comigo por causa do marido fudido dela, que nem pra ficar longe da vista da polícia servi, segurei na mão do Ben que até então estava quieto do meu lado segurando a minha mão, atravessei a rua voltado pra perto do meu carro, aonde os cara tava tudo reunido.

Ben: irmão eu fiquei com medo, achei que ela iria mim levar pra casa - falou enquanto tava atravessando a rua.

Eu: que nada pô, não precisa ficar com medo, tu tá com teu irmão, queria ver ela te levar.

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⏰ Last updated: May 11 ⏰

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