17

94 14 5
                                    



Shantara

Paro o carro na esquina da rua da boca, observei a pouca movimentação na rua, os saldados da minha contenção espalhada pela rua, as poucas pessoas que passa olha pro carro branco de vidro fumê em que eu estou dentro, tiro o chapéu da cabeça passando a mão no cabelo que já ta crescendo, coloco o chapéu novamente, respiro fundo, aperto o botão da janela fazendo o vidro descer, olho pelo retrovisor o chefe da minha contenção chegando perto do carro.

AL: avisaram que tinha polícia rondando lá embaixo, na principal – olhei pra ele que tinha se inclinado em direção a janela falando comigo.

EU: qual o proceder? – perguntei não
entendendo que as putas estão na entrada principal da favela.

AL: to esperando chegar até mim – passei a mão na barba que está crescendo, respirei fundo, b.o nesse caralho logo cedo.

EU: vou chegar no QG rápido, visão aí – disse pra ele que saiu de perto do carro o a arma atravessando nas costas. Apertei o botão levando o vidro novamente, ligando o carro e dando partida.

Porra vei o homem não tem um dia de paz, tive uma noite do caralho, só de lembra meu pau da sinal, queria estar com a minha boca naquele corpinho pequeno, que some embaixo de mim, aquela bucetinha apertadinha em volta do meu pau.

Caralho... mesmo com pouca experiencia ela conseguiu me deixar louco

Tinha acabado de deixar ela na casa da amiga, estava toda relutante em eu levar ela na casa da avó dela, queria ver com meus olhos mesmo ela entrando na casa, ela com aquela carinha de menininha inocente acaba comigo, respiro fundo passando a mão por cima do pau na lembrança dela sentando no meu pau até ficar cansadinha.

Toda desconfiada não me deixando levar ela na casa da avó, só pra eu não saber onde é, mas em dois tempos eu descubro onde é a casa da avó dela. Com aquela carinha tentando me passar para trás, achando que ia ser só uma vez, esqueci, depois que provei não largo, mas, até agora lembrando do sabor da bucetinha dela na minha boca.

Saio do carro ajeitando minha arma no suporte preso no short preto, passo a mão na blusa branca no meu corpo que destaca as minhas tatuagens, com a chave na mão paro perto do carro esperando um dos meus da contenção volta, mandei mesmo ele ir levar café pra ela, não tinha comido nada noite toda, passou um bom tempo sentando em mim, puxo o pelo da barba com a mão esquerda, com a lembrança da noite passada, olho pra frente vendo a moto dele virando a esquina da rua.

A moto parou perto de mim, desencostei do carro chegando perto dele esperando ele começa a falar.

LR: entreguei na casa que você mandou – olhei para ele que estava com a camisa no ombro e a tatuagem de caveira se destacando no tórax magro.

EU: tu entregou na mão dela – senti a quentura da moto quando eu cheguei perto dele.

LR: na mão dela mesmo, procurei com o nome que tu tinha dado, mas a mulher que estava com ela chamou ela por outro nome, já maldei ali, mas quando ela chegou perto eu questionei, mas ela só disse que o nome que tu tinha dado era apelido mesmo.

hum... aquela bonequinha safada querendo me passar pra trás, mim dando outro nome, achando que se eu procura-se por ela eu não iria achar, te peguei no pulo minha bonequinha.

EU: qual foi o nome que chamaram ela?

LR: Alelian, nome mo diferente, mas ela disse que Lia era só apelido mesmo.

Alelian nome diferente, mas bonita igual a ela, com aquela carinha de ninfetinha

Dispensei ele que voltou pra posição, entrei no QG vendo os fuzis em cima da mesa de sinuca e as outras espalha em pé encostada na parede, passei direto sem cumprimentar ninguém, entrei na sala encontrado seu Léo sentado na cadeira mexendo no celular fumado um baseado.

EU: qual foi da polícia está rondando na estrada da principal – cheguei já pergunta, ele é o de frente tem que estar a parti de tudo que acontece dentro dessa favela, comigo não tem vez vacilo comigo, se fode depois.

Seu Léo: por causa da morte do cara que você matou ontem. Acharam o corpo dele no matagal. E tudo indica que é sobrinho polícia.

EU: matei mesmo, e se viesse ia tomar bala mesmo – falei bolado – como é que esse filho da puta tava rondando por aqui, e ninguém sabia nessa porra.

Seu Léo: não tinha como saber shantara, tem várias entradas nessa favela tu mesmo sabe porra. – falou abrindo os braços.

EU: tua obrigação é ficar na visão caralho, qual foi porra? Te coloquei de frente só pra ter status pra baile nesse caralho – senti a minha voz sai rouca – tua obrigação é tu fica na espreita nesse caralho, tu ta deixando a deseja nessa porra – senti meu celular vibra no bolso do short na nem atende – peguei a visão na tua caminha, pra não cai igual ao mano igor – apontei pra ele que tava de cabeça baixa, mas levantou pra mim olhar.

Seu Léo: tu ta mim ameaçando?

EU: só estou te passando a visão, como mataram Igor, amanhã pode ser tua vez também – falei e sai da sala indo pra parte de trás do QG que era céu aberto quando eu sentir meu celular vibra novamente, peguei ele vendo o nome de Isadora com o emoji de coração ao lado do nome aparecer no visor do celular.

Isadora ❤️

Eu: fala – disse assim que atende a chamada

Isadora: que demora pra atender um celular.

Eu: diz logo Isadora, não to com paciência agora

Isadora: não sei quando você estar, a vó quer saber quando você vai aparecer aqui que novo.

Eu: vou ver aqui, to cheio de b.o pra resolver – desde quando eu voltei só tinha ido lar quando tinha chegado.

Isadora: você nunca tem tempo, só quer saber de puta e baile – falou, mas uma voz infantil surgiu no fundo da ligação perguntando quem era no telefone – é isaac – depois da fala dela, a voz infantil ficou mais alta – não cara, espere, tu é muito apressado – falou com a pessoa do outro lado – benjamim quer falar com você – despois disso a voz infantil dele surgiu na ligação.

Benjamim: irmão, irmão quando você vem me ver, to com saudades – a voz infantil fez meu coração acelerar

Eu: o irmão também ta com saudade de tu, ta aí na casa da avó aprontando né? – ele soltou uma risada gostosa de se ouvi.

Benjamim: irmão você vai vir aqui hoje? Eu quero andar na sua moto.

Eu: o irmão vai aí, mas tarde pra ver você, mas tu ta ligado que tem que obedecer a sua vó, quando eu chegar aí e ouvi reclamação de você, não vai andar de moto.

Benjamim: ta, ta bom, eu vou ficar quietinho esperando por você – escutei a Isadora pedindo o celular pra ele e ele negando.

Benjamim: irmão, Isadora não quer deixar eu ficar falando com você, tchau te amo – disse quando Isadora ameaçou pega o celular

Eu: o irmão também te amo.

Isadora: venha mesmo, mas tarde que eu quero falar com você.

Eu: e a resposta já é não.

Isadora: você nem sabe o que é, e já ta negando, chato.

Eu: tchau Isadora.

Isadora: tchau chato, te amo

Eu: também.


Benjamim é meu irmão mas novo de parte de pai, mas eu crio como se fosse meu, amo de mais, faço tudo por ele, meu tudo, tem só cinco anos e é esperto pra caralho, orgulho do caralho do meu menino, o mais próximo de um pai que ele tem sou eu, o nosso progenitor deu bobeira e caiu na cadeia, ta lá até hoje, só serviu pra gozar dentro, fuleiro do caralho.


❤️

Além do limiteWhere stories live. Discover now