Caminho 3.1 - O altruísmo, Emoções.

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Ao atravessarem o portal Blade e Seraphine repararam no novo lugar a sua volta.

Era uma ponte, havia apenas um caminho que levava até uma porta do outro lado que estava fechada. O lugar parecia secreto como se estivessem dentro de uma gruta, ao redor das paredes haviam muitas estatuas de mulheres guerreiras em posições de luta diferentes segurando espadas, lanças e escudos.

Em baixo da ponte só havia escuridão, um abismo sem fim. O que poderia acontecer se caissem ali?

— Ainda não acho que deveriamos ter deixado Miyamoto para traz — Seraphine diz analisando o lugar.

— Miyamoto era uma criação daquela mulher, ele não era humano.

— Como deduziu isso?

— A força sobre-humana, aparência fora da realidade além de habilidades sobrenaturais, ler pensamentos e entender emoções sem a necessidade de explicações.

— De onde tirou toda essa baboseira?

Ele suspirou a conversa estava tomando muito de seu tempo e ele não queria mais explicar o obvio.

— Se pergunte como ele sabia seu nome sem você ao menos te-lo mencionado em nosso pouco tempo juntos, quando chegar a uma conclusão tente entender como ele sabia que você não teve o mesmo sofrimento em vida que ele teve sem você se quer ter mencionado sobre sua própria vida— Eles chegaram ao outro lado da ponte.

Seraphine não tinha se ligado nos fatos anteriores, Miyamoto foi um teste? Era provavel que tenha sido mesmo um, mas para que?

Enquanto refletia sobre tudo aquilo ela observava Blade tentando abrir a porta sem sucesso, não havia uma chave e a porta estava trancada.

Seraphine ficou analisando a porta enquanto Blade se afastou, podiam ter pisado na chave e não terem notado, ele começou a refazer seus passos procurando pelo chão.

Enquanto isso Seraphine observava a porta. Uma porta de ferro com muitas figuras esculpidas, varias guerreiras com lanças em posições diferentes assim como as guerreiras de pedra nas estatuas as redor.

— Estamos presos — Seraphine concluiu — Sera que deveriamos ter pedido uma chave para aquela mulher?

Ao dizer isso um barulho de rochas em atrito começou a se manifestar aos poucos. Blade estava no começo da ponte e Seraphine no final estavam muito longe um do outro.

Algo como um terremoto começou acontecer ali e tudo começou a tremer. Ambos ficaram em alerta.

Ao olhar ao redor tentando entender o que estava acontecendo Blade viu que uma das estátuas das guerreiras começou a se mexer. Logo a que segurava uma lança.

Blade não sabia o que aconteria ali por isso ele tentou correr ate Seraphine a fim de evitar que algo lhe ocorresse, Seraphine estava em choque e não se moveu.

Blade correu o mais rapido que pode mas não foi o suficiente para alcança-la a tempo, a guerreira pulou de onde ela estava e pegou Seraphine em suas mãos segurando-a pela cintura. Ela era enorme de perto.

— O que você quer! Solte a garota!

— Blade... Os boatos sobre vocês são verdadeiros, um Bardo em dupla que peculiar... Sera que o processo poderia te mudar tanto assim? — Ela apertou Seraphine que gritou de dor.

Blade se viu em uma situação complicada, o que ela poderia querer deles. Ele não sabia o que esperar.

— Diga Blade, o que pode realmente importar para você verdadeiramente? A garota ou a saida?

Era de se imaginar que uma hora esse tipo de situação lhe aconteceria. Essa coisa a sua frente o colocaria em uma situação complicada.

— Deixe-a ela não tem nada a ver com tudo isso — Ele diz.

— Não? Ela é a pessoa que mais tem a ver com tudo isso meu caro. O bardo é mais difícil do que você poderia imaginar. Diga-me Blade qual é a sua escolha. Deixe a garota aqui pegue a chave, saia e continue seu caminho sozinho ou salve a garota e fique sem a chave para abrir a porta, ficaram presos aqui para sempre — Ela apertou Seraphine outra vez, ela gritou mais alto.

Blade olhou a situação, era uma escolha dificil. Deixar Seraphine garantiria que passasse pela porta e garantir que ficassem juntos impediria sua jornada. Levando em consideração os acontecimentos anteriores havia uma grande chance de ser um teste. Ou não... Nada garantiria que era um teste.

— Vai! Se escolher me salvar nós dois ficamos presos, ao menos se eu ficar você seguir em frente! — Seraphine gritou.

Ele estava pensando, era uma decisão difícil. Blade estava cansado de pensar. Ele tomou sua decisão.

— Solte-a... — Ele disse com dificuldade.

— Hm? — Ela parecia impressionada — Então para você a vida de seu companheiro é mais importante que sua própria jornada? — Ela riu — Ótimo... Realmente aprendeu muito por aqui — Ela colocou Serapine no chão e cravou sua lança no chão.

Ao fazer isso ela começou a diminuir de tamanho ficando um pouco maior que Blade. Ela estendeu a mão mostrando-lhe a chave que precisavam para atravessar.

— Você se mostrou mais preocupado com os outros que consigo mesmo e isso lhe da o direito de atravessarem a porta.

Seraphine ficou aliviada nessa hora. Foi mais facil do que eles imaginavam. Blade caminhou para pegar a chave quando a estatua disse:

— Mas quando tudo esta em jogo o que realmente pode importar para você — Ela jogou a chave no abismo e esqueda e empurrou Seraphine para o abismo a direita — O que realmente importa Blade?

Seraphine se quer teve tempo de pensar, ela começou a cair no meio da escuridão.

Blade imediatamente correu a uma direção. A direção que ele escolhesse mostraria as verdadeiras intenções de seu coração. O que era mais importante para ele? A chave ou a garota?

Ele viu a chave caindo ao abismo mas pulou do lado direito para salvar Seraphine.

— Hm... Ele sequer hesitou — A estatua concluiu — Como imaginei.

Enquanto caiam no abismo sem fim Blade conseguiu segurar Seraphine. Ela gritava desesperadamente, ela o agarrou com todas as suas forças, a sensação de queda era como num sonho. Parecia que o abismo nunca iria acabar. Não sabiam o que esperar disso. Seraphine estava desesperada.

Uma mão de pedra que saiu da escuridão os pegou no ar.

—Ah fomos salvos! — Ela se agarrou ainda mais forte em Blade — Estou com tanto medo.

A mão que os segurava os levou para cima outra vez. Ela os colocou sobre a ponte. A estatua da guerreira os esperava. Ela parecia ter conseguido o que queria.

Ela jogou a chave na direção de Blade e ele a pegou no ar, ao olhar ao olhar a chave ele viu seu formato em ouro.

Ela não disse mais nada apenas voltou do lugar de onde veio e voltou a sua posição de luta anterior e ficou imovel com sua lança.

Seraphine ainda estava agarrada a Blade, ela ao notar o soltou de imediato.

— Desculpa, eu tenho medo de altura — Ela disse sem jeito.

— Pode se agarrar a mim se tiver medo, garota tola.

Seraphine via a mudança, ele era tão frio e inexpressivo e agora estava conseguindo ser melhor palavras e até mesmo colocou tudo a perder para ajuda-la. De pensar que no começo ele a atirou de um lugar alto para garantir sua própria segurança e agora ele arriscava sua jornada em prol de outra pessoa...

Eles atravessaram a proxima porta, mais uma jornada havia sido concluída..

Honkai Star Rail - Bardo: A saga de Blade contra a maldição da imortalidadeWhere stories live. Discover now