Caminho 1.1 - A morte. O encontro.

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Naquele dia como era do costume de Seraphine ela estava parada observando aquele homem na beira do mar, todas as noites ela o via no mesmo lugar e no mesmo horário, sempre parado de frente para o mar enquanto as estrelas brilhavam no céu. Ele ficava horas naquela posição, sem falar sem se mover apenas em um grande silencio enquanto as ondas se encarregavam de produzir todo barulho do lugar.

Mas hoje era diferente, hoje chovia e Seraphine pensou que não encontraria aquele homem a beira do mar como de costume, mas ela se enganou, la estava ele parado enquanto a chuva caia fortemente, o mar não estava calmo como de costume, ele estava agressivo e isso a preocupava pois era perigoso.

— O que ele esta fazendo ali assim — Ela se intrigava com aquilo — Isso é perigoso — Dizia a si mesma.

Ela se assustou ao notar que uma onda grande estava se aproximando, ela provavelmente o engoliria se ele continuasse ali assim, espantada com tudo sua reação foi correr até ele o mais rápido que poderia correr. O que mais a deixou assustada naquela hora foi ver o homem indo de encontro com a grande onda como se esperasse que ela fosse o receber de braços abertos. Ele caminhava lentamente.

Seraphine estava longe mais ainda assim se fosse rápida conseguiria alcança-lo. Ela correu o mais rápido que pode enquanto o homem caminhou devagar em direção a onda, quando estava perto o suficiente ela estendeu sua mão na esperança de alcança-lo e salva-lo dali. Ela não sabia as intenções daquele homem mas ela não deixaria que ele se matasse por isso ela tentou alcança-lo mas nessa hora antes que pudesse toca-lo a onda os engoliu tão rápido que ela sequer teve tempo de fazer alguma coisa.

A onda era agressiva e fazia com que seu corpo fosse de um lado para outro sem poder fazer nada. A sensação de estar dentro daquilo era assustador e nessa hora Seraphine sentiu que havia colocado tudo a perder na sua intenção de salvar esse homem. Ela não conseguia fazer nada a não ser se espernear enquanto ficava cada vez mais sem ar. Seus pulmões não aguentavam mais segurar o ar e por isso ela cedeu deixando que a agua adentrasse seus pulmões e assim tudo virou escuridão.

Ela acorda abruptamente com a respiração ofegante. Ao se dar conta que estava deitada sobre alguém ela se assusta ao olhar viu que era ele, o cara que ela tentou salvar.

Tanto ela quanto ele pareciam confusos com a presença um do outro ali. Seraphine sai de cima dele depressa e se senta, ele faz o mesmo.

— Porque esta aqui? — Pela primeira vez em sua vida ela ouviu a voz dele. Tão fria e sem emoção.

— Eu tentei te ajudar — Ela diz um pouco desesperada.

Seraphine se deu conta de um detalhe nesse momento, a algum tempo atras sabe-se lá quanto tempo ela estava se afogando, ela se lembrava perfeitamente de ter se afogado e agora estava em um lugar completamente desconhecido.

— Você por acaso é meu guia espiritual? — Ele diz sem devaneios.

Ao ouvir a garota sentiu um arrepio adentrar sua espinha, que historia era essa de guia espiritual? Por acaso ela estava morta? A ideia a fez estremecer.

— Guia... Espiritual?

Ele se levantou.

— Guia espiritual uma ova, Porque esta aqui? — Ele mirou sua espada contra Seraphine.

— A gente morreu? — Ela estava prestes a entrar em desespero — A não acredito que isso aconteceu, isso por acaso é o céu? Você pode me explicar?... Por favor tire sua espada da minha cara — Ela afastou a lamina — Sou tão vitima quanto você aqui.

Ela pareceu ter sido convincente, o homem a analisou e depois guardou a espada. Ele não respondeu nenhuma das perguntas apenas ficou em silencio enquanto analisava o lugar.

Honkai Star Rail - Bardo: A saga de Blade contra a maldição da imortalidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora