Amor e Ódio

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🍑 Tainá Costa 🍑

Coringa: Oi, paixão - me abraçou por trás deixando um beijo no meu pescoço

Tainá: Oi, amor - sorri me virando de frente pra ele e lhe dei um selinho - nem ouvi você entrando

Coringa: Tá entretida nesse celular também, é óbvio que não vai escutar mesmo

Tainá: Que isso, virou meu pai agora? - arqueei as sobrancelhas e o Victor riu com a minha indignação

Coringa: Trouxe almoço pra nós, e eu preciso conversar com você

Tainá: Coisa séria? - até me arrepiei agora…

Coringa: Nada de tão preocupante, morena - levantou da espreguiçadeira - vem, vamos almoçar e aí eu falo…

Victor me ajudou a levantar da espreguiçadeira e entramos em casa. Nos sentamos no sofá para comermos as marmitas que ele trouxe.

Tainá: Pode falar, querido - olhei pra ele mastigando a carne

Coringa: Ave, mulher ansiosa - brincou e eu chutei a coxa dele de leve, tirando um risada do Victor

Tainá: Vai, besta - sorri negando com a cabeça

Coringa: Então, seu aniversário é no domingo e eu queria fazer algo especial pra você…

Parei de mastigar por um momento, mas depois voltei mantendo a plenitude.

Coringa: Como o pessoal já queria fazer um baile comemorando a minha volta, eu pensei em não fazer com esse propósito, e sim especialmente pra você.

Tainá: Vai fazer um baile pro meu aniversário?

Coringa: Sim… - deu um gole no suco dele e depois voltou a falar - sei que você não vai poder aproveitar tanto quanto queria, mas eu quero fazer isso pra você, você merece esse evento depois de tudo que aconteceu.

Mordo o lábio inferior, bastante nervosa, e deixo um pouco a comida de lado.

Sinceramente, eu nem estava tão animada pro meu aniversário esse ano.
Vai ser o primeiro onde não terei o meu avô ao meu lado, esse ano foi tudo muito louco, as últimas semanas foram muito conturbadas.

Desde que voltei do hospital nunca mais saí na rua… não sei se voltar assim para um baile seria bom.

Coringa: Tai… dá pra falar alguma coisa?

Tainá: Desculpa… é que… eu queria ficar quietinha em casa sabe, comemorar só com você, os meninos e o meu pai…

Coringa: Você tá com medo de sair de casa. - isso não foi uma pergunta, foi uma afirmação

Tainá: Não é medo, eu só… eu só não estava muito animada pro meu aniversário - voltei a atenção para minha comida e dei uma garfada

Coringa: Paixão, olha pra mim - olhei pra ele que se ajeitou no sofá, sentando de frente pra mim - sei que bate a insegurança de acontecer algo novamente, medo de fazerem algo contra você, mas eu te garanto que não vai.

Coringa: Se você quiser, posso fechar a boate só para as pessoas que você confia e se sente bem para estarem presentes… mas eu queria muito que você tivesse um dia somente pra você, com todas as pessoas te dando a atenção que você merece, até porque você é dona dessa porra toda aqui.

Olho nos olhos dele e vejo o quanto ele quer fazer isso por mim.

Não seria tão ruim assim comemorar meu aniversário na boate, até porque teria meus amigos ao meu lado, meu pai com certeza viria, iríamos ficar no camarote onde é mais seguro…