"- Vossas senhorias, que tiveram a oportunidade de presenciar o testemunho dos réus, chegamos a finalidade que, por falta de provas que digam o contrário, concluímos que o réu merece ser condenado pela morte de Lee Sora, de 15 anos, no dia 28 de jun...
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Assim que se puseram a andar apressados pelos corredores em busca da secretaria, não demorou muito para encontrá-la. O mais velho ali já sabia onde encontrar tudo e a todos.
— Qual seu nome garoto? — perguntou uma senhora, com uma voz rouca.
— Jeon Jungkook.
— Huuum... — dizia, vasculhando em seu computador, por detrás do vidro protegido por grades. — Novato, sua sala é essa... — disse, passando um papel por debaixo do vidro. — E essas são suas chaves do armário. — entregou da mesma forma. — Ah, já ia me esquecendo — falou, mexendo no computador novamente e logo em seguida, descendo do banco alto, indo até a impressora, aguardando uma folha que não tardou em sair — Tome, sua grade de aulas.
— Oh... obrigado, senhora — agradeceu, pegando suas coisas.
— Vamos, vamos, vamos! — apressou Jung, começando a correr pelo corredor.
— Se algum monitor nos pegar correndo, estamos ferrados. — o Jeon disse sério.
— Bem, você pode chegar atrasado porque é novato, eu não, então... quando o sinal bater me encontre aqui mesmo, para irmos almoçar. Até mais! — ditou alto e saiu correndo, fazendo o mais novo rir.
Hoseok era sério mas parecia ser uma boa pessoa, o que fez Jeon se perguntar por quais motivos o garoto teria ido parar ali. Por qual crime ele estaria pagando?
Saiu de seus devaneios quando se deu conta que tinha apenas dois minutos para encontrar a sala n°37.
Olhou em sua ficha o mais rápido possível qual aula seria dada no momento, então na velocidade da luz, encontrou seu armário n°77, pegando o livro da aula designada e se controlou para não correr, enquanto virava os corredores, passando os olhos pelas placas numeradas acima das salas.
Quando faltava apenas meio minuto, segundo os relógios em cada esquina dos corredores, avistou sua sala.
Jeon olhou para todos os lados para ver se não era visto por ninguém, e ali quebrou sua primeira regra. Correu o mais rápido possível, conseguindo entrar na sala, poucos segundos antes da sirene tocar e as portas serem fechadas com trancas automáticas.
A afobação era tanta que nem notou que todos na sala o observavam. Recuperando o folego, ajeitou o uniforme e secou uma fina gotícula de suor no canto de seu rosto.
Assim que o professor voltou sua atenção ao moreno parado na porta, o garoto notou que ele também era oriental, não tardando em se curvar rapidamente em cumprimento e ali ficar até o professor se pronunciar.
— Pode se levantar, não precisa disso aqui. Qual o seu nome?
