CAPÍTULO 13

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   Depois de ter uma conversa com a professora, Jake havia conseguido sair da escola sem ter apanhado tanto. Isso era algo para se comemorar, se não fosse pelo fato de que aqueles idiotas iriam o seguir pela metade do caminho.

   As ruas estavam quase que vazias e Jake achava que teria pelo menos um pingo de paz antes de ser pego de surpresa por um bando de idiotas.

   — Jake White, que bom encontrá-lo pelo caminho. — Jane surge de repente na frente de Jake.

   — Jane... O que você faz aqui? — Jake parou e sentiu seu coração acelerar. Ele realmente não esperava que eles fossem segui-lo até tão longe da escola.

   — Eu, a Eduarda e os meninos viemos fazer companhia para você. — respondeu ela com um sorriso lindo e traiçoeiro em seu rosto e com um tom de voz um pouco ameaçador. O olhar de Jane dava mais medo em Jake por conta de seus olhos serem tão azuis quanto os de Phillip.

   Era incrível como os olhos azuis de William conseguiam acalmar

  “Mas que merda.” — Jake sabia que isso não era um coisa boa para se ouvir vindo de uma psicopata como Jane.

   — Você nem esperou pela gente. — Phillip chegou por trás e falou no ouvido de Jake. — Você sabe como isso nos deixou triste?

   — Por que você não esperou pela gente? — Perguntou Eduarda.

   — Minha mãe está me esperando em casa. Eu tenho que ir. — Mesmo Jake não tendo tanto medo assim, ele não conseguia evitar que seu coração acelerasse tão facilmente e que seu corpo começasse a tremer.

   Jake já havia passado por tantas coisas nessa droga de mundo que mesmo não sentindo medo, o seu subconsciente reagia as coisas em um nível patético. Sempre que algo acontecia, o corpo de Jake travava e impedia que fizesse qualquer coisas para que pudesse se defender de alguma forma.

   — Olha, ele está com medo. — Brayan consegui perceber que as mãos de Jake estavam tremendo.

   — Não precisa ter medo da gente. — Phillip sorriu — Apenas queremos te levar em casa.

   Essa frase de Phillip sim fez com que Jake ficasse com medo. Mas não medo só de apanhar, o que já era a coisa mais comum de se acontecer. Jake White estava com medo de ter mais alguma parte de seu corpo quebrada e sua mãe ter a pior reação de todas.

   — Não precisa, eu posso ir sozinho. — Jake passou por Eduarda e saiu andando.

   — Calma aí. — Robert segurou Jake pela mochila.

   — Nós estamos de carro. — Phillip balançou as chaves de seu carro — Vem com a gente. Nós iríamos adorar ter sua companhia na nossa festinha.

   Nesse momento ele congelou.

   A última que Phillip disse isso...

   Te um milagre poderia tirar o jovem White de uma situação como essa. E embora Jake não fosse o tipo de garoto que acredita nesse tipo de coisa, ele só precisava sair dessa, mesmo que pra isso ele precisasse rezar para um Deus em que ele tinha certeza que havia o abandonado há anos atrás.

   Nem o jovem Jake tinha como acreditar que a palavra “Deus” veio em sua mente depois de tantos anos sem acreditar em nada que não fosse essa merda de realidade em que os seres humanos vivem.

   Ele não conseguia nem mais imaginar uma vida sem toda essa porra de tortura que ele vivia há tantos anos.

   Jake queria apenas sair correndo sem nem sequer olhar para trás, entretanto, ele não conseguia se mexer direito. Ele até conseguia andar mas sentia que a qualquer momento ele poderia vir ao chão de tanto que suas pernas tremiam.

Jake White: O início de uma história problemáticaWhere stories live. Discover now